quinta-feira, 21 de maio de 2009

O sonho da casa própria chegou a São Borja

Por Elder Jr e Margane Escobar

A falta de habitação em São Borja é um problema que há anos só aumenta, mas quem aguarda por esta oportunidade de realizar o sonho da casa própria, pode estar mais próximo de conseguir, graças ao programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida, que contemplou São Borja para ser uma das beneficiadas em receber casas populares com parceria entre a Prefeitura Municipal e Caixa Econômica Federal.

É o caso de seu Antônio dos Santos, 54 anos, que mora com a família dentro da carcaça de um ônibus no bairro Paraboi. Sem condições de trabalhar, pois perdeu os movimentos do braço direito durante o trabalho, a única renda da família são os R$ 300 reais que dona Maria, sua esposa, recebe como faxineira. Antônio aguarda há dez anos por uma casa, mas ele não perde a esperança de ser beneficiado com o programa Minha Casa Minha Vida.

A secretaria de Habitação de São Borja estima que quase mil famílias aguardam por moradia popular. Já que essa promessa foi o carro-chefe da campanha que reelegeu o prefeito Mariovane Weis, afirmou o diretor de programas habitacionais, Rogério Aguirre. Ele diz que o cadastramento das famílias está sendo feito e estudado para que famílias que já receberam benefício não recebam de novo. Aguirre considera como o maior problema as famílias que recebem casas populares e depois de alguns meses as vendem ou repassam para terceiros de forma ilegal, problema que causa a demora na entrega das casas a quem realmente precisa.

O programa Minha Casa Minha Vida foi planejado para as cidades com mais de 100 mil habitantes e, estendido para municípios com mais de 50 mil que tenham déficit habitacional, assim, São Borja foi enquadrado no programa, explicou o diretor da secretaria de habitação, Luis Emílio, na sexta-feira (15). O número de casas destinadas à cidade, ainda não foi divulgado pelo Governo Federal, mas a prefeitura espera construir 600 casas populares durante os quatro anos de governo.

O gerente da Caixa Econômica Federal de São Borja, Nelson Castro, explica como serão distribuídas as moradias populares: O programa beneficiará, principalmente, famílias com renda superior a três salários mínimos. Para quem tem esse perfil, serão construídas 600 mil casas e, tanto o cadastramento quanto a liberação é diretamente na Caixa. Já para as famílias com renda de um a três salários, são destinadas 400 mil habitações em todo o Brasil, e os cadastramentos são feitos nas prefeituras, onde distribuirão as moradias, conforme seus critérios.

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