quinta-feira, 30 de abril de 2009

Merenda escolar é garantia de alimentação balanceada em São Borja

Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

A merenda distribuída gratuitamente nas escolas públicas é de fundamental importância para a educação alimentar dos alunos. Na hora do recreio é a melhor opção, já que é feita com produtos menos industrializados do que os vendidos em cantinas, geralmente, anexadas às escolas. A verba destinada às escolas estaduais para a merenda escolar vem do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), sendo estipulada de acordo com o número de alunos da escola, de educação infantil à oitava série do ensino fundamental.

No CESB, Colégio Estadual de São Borja, são recebidas trimestralmente orientações da secretaria estadual de educação sobre cardápio e armazenamento dos alimentos estocados para uso posterior. A Assistente Administrativa do colégio, Cleonice Bernardes, fala sobre as opções que os alunos encontram no colégio na hora do lanche: “os nossos alunos são bem felizes com a merenda, embora nós tenhamos alunos de classe média, classe média-alta que tem condições de adquirir alimentos no bar. Nós pedimos para as pessoas responsáveis que não ofereçam muita frituras ou salgadinhos”, afirma.

Em processo de licitação, o bar do colégio terá novos empreendedores e a direção já fez exigências em relação aos alimentos que serão vendidos: “pretendemos combinar com os vencedores da licitação que não sejam oferecidos chicletes, balas, pirulitos, salgadinhos, bolachinhas recheadas e essas coisas que não contribuem com a saúde dos nossos alunos”, enfatiza Cleonice.

Os atendentes do bar confirmam que os alimentos mais adquiridos são croissants, refrigerantes e doces, apesar de haver outras opções mais saudáveis. Segundo eles, durante algum tempo foram oferecidos sanduíches naturais, mas com a baixa procura deixaram de ser enviados pelos fornecedores. Além disso, alimentos como o croissant, costumam ser mais baratos – o custo é de R$ 0,75 no bar da escola.

Na Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus, o quadro se modifica em relação à verba, já que todo custo da merenda é pago pela prefeitura municipal. A fiscalização nessas escolas é realizada pelo profissional de nutrição, que acompanha o trabalho e as solicitações das merendeiras, faz os pedidos e ainda confere as condições de armazenamento e conservação dos alimentos. Liara Noal, nutricionista da prefeitura, é a responsável pela elaboração dos cardápios de todas as escolas. Segundo ela, a seleção das refeições varia de acordo com a estação do ano e algumas vezes por solicitação das merendeiras, que conhecem os gostos de seus “clientes”. Uma das merendeiras da escola, Susane Fonseca, fala sobre a diferença do alimento do refeitório em relação ao oferecido pelo bar: “a nossa merenda é bem mais saudável, a maioria come. São poucos os que não comem, pelo menos aqui”, garante. A nutricionista, Liara Noal, afirmou ainda que os cardápios têm por objetivo utilizar o máximo de alimentos naturais possível, mas que não são livres de gorduras: “nós tentamos fazer o mais saudável possível, mas claro que não é livre de lipídios e carboidratos, porque isso faz com que haja um equilíbrio. Mas nessas cantinas o que a gente vê mais são gorduras saturadas, gorduras trans. A alimentação dessas crianças que comem em bares não tem um suco ou até mesmo uma fruta”, afirma.

Como a maioria das escolas públicas atende muitas crianças carentes, a alimentação é reforçada, incluindo massas, arroz e feijão. A nutricionista conta que trabalha junto a 34 escolas: 26 municipais, três instituições filantrópicas e cinco instituições de Apoio Sócio-educativo em Meio Aberto (ASEMA). Segundo ela, algumas escolas deixam a desejar em relação à higiene das cozinhas: “tem lugares em que as merendeiras dizem que o serviço é muito, então deixam um pouco a desejar em higiene e conservação. Mas são poucos”, observa.

Existe também a fiscalização feita pela comunidade. O Conselho de Alimentação Escolar, grupo composto por membros da sociedade, como professores e pais de alunos, faz uma vistoria nas escolas. Os alimentos são fiscalizados e é elaborado um relatório de prestação de contas para o controle da verba destinada à merenda nas escolas.

Campus São Borja elege Conselho

Por Luana Raddatz e Kelen Rauber


Na noite de ontem, 29 de abril, a Comissão Eleitoral da UNIPAMPA - Campus São Borja divulgou a nova representação de docentes e discentes do Conselho de Campus. O órgão é normativo, deliberativo e consultivo, que faz a interlocução do campus à outras instâncias da Universidade, como reitoria e outros campus.


As representantes docentes foram eleitas com votos dos colegas de trabalho e técnicos administrativos. Roberta Roos Thier, professora do curso de Publicidade e Propaganda, recebeu 82% dos votos válidos. A professora Mara Regina Rodrigues Ribeiro, de Jornalismo, obteve 71% dos votos válidos.


Para representante da Comissão de Extensão, foi eleito João Gomes Pereira com um voto de diferença da outra candidata Sheila Kocourek.


O professor Flavi Lisboa passa a ser o representante da Comissão de Pesquisa com 74% de aprovação. Com unanimidade, Nilson Levi Zalewski assumirá a representação dos técnicos-administrativos. A acadêmica Giliane Pires Andreola irá compor o Conselho no lugar de destaque da representação discente, sendo aprovada com 84% dos votos válidos.


Além desses, são membros natos de Conselho de Campus a diretora, Denise Teresinha da Silva; o coordenador acadêmico, Marcelo Rocha e o coordenador administrativo, Alex Sander Retamoso.


A decisão, que terá preferência nas pautas do Conselho, será a elaboração do regimento internos do campus São Borja.


Os novos representantes do Conselho assumem seus postos assim que as eleições forem homologadas pelo atual Conselho. Segundo Marcelo Rocha, presidente da comissão de organização, esse processo deverá correr na próxima semana. O tempo de mandato do novo conselho ainda não esta definido.Rocha ainda salienta ter se surpreendido positivamente com a participação dos acadêmicos, principalmente dos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo, pois mesmo alguns não conhecendo a candidata, fizeram seu direito a representação valer. “ Os discentes pareceram reconhecer a necessidade de ser representados no Conselho”, reitera. Já o acadêmico Eduardo Silva considerou que apesar da péssima divulgação, a participação dos alunos foi boa. “Eu até tinha intensão de participar do conselho, mas fiquei sabendo quando o prazo já havia expirado” afirma Eduardo.

Descaso com os Patrimônios Históricos da cidade

Por Ligiane Brondani e Cristiely Lopes



“São Borja é o primeiro dos Sete Povos a ser organizado na segunda fase das missões. Originário da redução de Santo Tomé (Argentina), cerca de 1900 famílias tendo a frente o padre Francisco Garcia, atravessaram o Rio Uruguai para fundar uma colônia de nome São Francisco de Borja”.


O trecho acima reflete um pouco da história do município, fatos resgatados por Eliane Coletto, que em sua Monografia de Especialização no Curso de Arquitetura da Universidade Regional Integrada (URI Santiago), resgata os locais de memória da cidade, que por sua importância, deveriam ser preservados tanto pelos moradores como pelo poder público. São Borja é conhecida como o Primeiro dos Sete Povos das Missões Jesuíticas, possuindo um legado histórico presente nas ruas da cidade. As construções não são tão antigas quanto a época missioneira, mas são do século XIX e representam um momento importante da cidade. O grande contraste desta história é o descaso da população com estes locais historicamente assentados.


Muitos são-borjenses têm a idéia de que a cidade parou no tempo, a julgar por sua aparência, em sua grande maioria antigas, e o fato da cidade ter um apelo histórico. Talvez por este motivo, falte um processo que mude essa mentalidade, para que a desvalorização não tome proporções maiores.


De acordo com Eliane Coletto, arquiteta e funcionária da Prefeitura Municipal da cidade, “estas casas que a gente hoje considera de valor histórico em São Borja são construções da época da primeira República de 1900. São prédios de origem colonial portuguesa com estilo espanhol misturado”, diz, ressaltando a importância dos prédios históricos. Apesar disto, é triste reconhecer que na cidade existem somente vestígios do período missioneiro. Um exemplo é a pedra jesuítica localizada em frente à Igreja Matriz. Essas pedras eram retiradas das construções antigas e utilizadas para novas fundações. “A igreja do centro era jesuítica. Ela foi construída aos poucos, então, por problemas de infiltração ou porque o padre achava que tinha que modernizar, iam alterando, mas acabou sendo demolida em função do desgaste operado pelo tempo. A atual é a quinta construção”, conta Coletto, ilustrando o descaso com a Igreja Matriz.


Por fazer parte dos Sete Povos das Missões, o município ainda carrega traços da época. Mas, muitas vezes, esses traços não são percebidas por grande parte da população. Conforme um estudo feito pela arquiteta, divulgado na revista Cultura e Memória, “a cidade possui o título de 'Cidade Histórica', concedido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em 1994. Este título, que reconhece o valor histórico-cultural do município, não reproduz na comunidade um sentimento de identidade que aproximaria mais a população com a história de São Borja. Observa-se, porém, pela sociedade em geral, certo 'desleixo' em relação ao seu Patrimônio Cultural Tangível”, ressalta Eliane.


Alguns habitantes têm esperança de que haja resquícios materiais da época na Igreja Maria Imaculada, localizada no Bairro Passo, que teria sido construída por jesuítas. Porém, o que há de histórico na Igreja é somente o altar. Ali se encontram pedras, formas características e imagens que são de valor histórico e teriam sido construídos no período missioneiro.


Há ainda o fato de algumas famílias preferirem manter a estrutura antiga de suas casas, por motivo financeiro ou por não querer modernizar. Deixam para depois a idéia de conservar as origens, então os anos passam e as construções se deterioram ainda mais, até ficar inviável a restauração. De acordo com o arquiteto e urbanista, vice-presidente da Sociedade de Engenharia e Arquitetura em São Borja, Roberto Dornelles, a solução está nas formas de incentivos governamentais. “Acho que tem que ser criados incentivos, só que tudo passa pela vontade política, o que é lógico pra gente, a política esquece, porque não vai dar voto ou não surge retorno. Por exemplo, em Porto Alegre se preserva e tem incentivo pra quem o faz, não paga IPTU ou tem um fundo de reserva da cidade que contribui para pintar a casa. É que a cultura daqui nunca teve esta preocupação”, analisa. Ele acredita ainda que, “é como se você tem um álbum de fotografia, e se acontece de perder as fotos, você fica sem passado, sem lembrança de quando era pequeno, fica só na memória. E uma cidade que não tenha as casas antigas, seu passado preservado, é uma cidade sem alma sem história”, afirma o arquiteto.


Outra forma de conservação histórica estaria na exploração turística dos locais históricos. Entretanto, como o turismo local não existe, não há trilhas de acesso com placas e indicações de pontos que lembram o período missioneiro, não havendo até o momento um trabalho focado na parte urbanística da cidade. A questão da identidade visual deveria ser ressaltada para que turistas e até os próprios moradores se sentissem parte integrante da história.


Um bom exemplo de conservação do patrimônio é o Museu Getúlio Vargas, que é mantido pela Prefeitura, e encontra-se em perfeitas condições. A responsável pelo museu Verônica Dutra Krassmann conta com a ajuda de mais duas professoras municipais e estaduais concursadas e com especialização,conservam e cuidam do museu. “Pode haver mudanças durante os anos, mas estaremos enquanto corresponder às expectativas”, relata Verônica.


A importância de manter preservado um Patrimônio Cultural está no que representa para um povo ou uma nação, servindo como ligação entre presente e passado, auxiliando para que história não se perca ao longo dos anos. A preservação da história, pressupõe um projeto de construção do presente, fazendo com que um prédio, monumento ou uma praça faça sentido para os olhos dos cidadãos.


É necessário que a população entenda que conservar o patrimônio é preservar a própria identidade. Cabe ao Poder Público local, usar estas heranças históricas em seu próprio benefício, restaurando áreas degradadas, promovendo o que embeleza a cidade e proporciona melhor qualidade de vida à comunidade.

Acadêmicos procuram formas alternativas de leitura

Por Aline Donato e Bruna Bueno

Em muitas universidades, somente os livros disponibilizados pela biblioteca não são suficientes para satisfazer o interesse de seus acadêmicos. Um exemplo disso, acontece com alguns alunos da Universidade Federal do Pampa - Unipampa, do campus de São Borja, que utilizam outros meios para complementar as temáticas que aprendem nas aulas.

A responsável pela biblioteca do campus, Dilva Carvalho Marques, aponta que toda biblioteca possui alguma área em deficiência. Por esse motivo, ela encara de maneira positiva a procura dos alunos por novas formas de ensino.

Prova disso, é o aluno do curso de Jornalismo, Francis Limberger, que freqüenta a Biblioteca Pública Municipal Getúlio Vargas, do município de São Borja, para realizar pesquisas acadêmicas e outras leituras. “Eu frequento a biblioteca a cada duas semanas e costumo retirar livros que não encontro na biblioteca da faculdade, como os de literatura e assuntos gerais, como cultura e política”, conta Limberger.

Outro meio muito utilizado atualmente como fonte de estudo e pesquisa é a internet. O aluno Filipe Vieira, também do curso de Jornalismo, a utiliza como ferramenta de pesquisa para os estudos. Segundo ele, esse meio está tão difundido que, alguns professores da universidade, chegam a disponibilizar textos para seus alunos através da internet.

“A internet é uma fonte que está disponível a todo o momento, e o acesso a ela não tem restrições. Qualquer pessoa pode usá-la, e em uma biblioteca nem sempre isso funciona. Em algumas universidades, por exemplo, as obras só são disponibilizadas para as pessoas que fazem parte da universidade”, opina Vieira.A bibliotecária Dilva Carvalho Marques ressalta ainda que, no momento, a única deficiência do campus de São Borja, em relação à bibliografia disponibilizada aos alunos, é na área de Ciências Políticas. “Isso ocorre porque é um curso novo. Os professores ainda estão nos passando as sugestões de bibliografia para que elas sejam adquiridas”.

O aluno Francis Limberger, porém, acredita que o acervo da biblioteca pode ser ampliado com, por exemplo, livros de literatura. “Mas não podemos esquecer que frequentemente a biblioteca procura diversificar seu acervo, adquirindo novos títulos”.

Além dos professores indicarem os livros, os alunos da Unipampa também podem recomendar obras bibliográficas através desse link ou na própria biblioteca. Após a sugestão feita pelos acadêmicos, os livros são avaliados pelo coordenador de cada curso para saber se realmente existe a necessidade de suas aquisições.

Campanha de vacinação imunizou 25% da população idosa de São Borja

Por Chaiane Ferrazza e Karin Franco

Começou esta semana a campanha de vacinação contra a gripe, dirigida aos idosos acima de 60 anos. A campanha se estenderá até o dia oito de maio, sexta-feira. As vacinas estão sendo disponibilizadas em 13 pontos fixos espalhados pela cidade e mais um ponto móvel.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de São Borja, até a última segunda-feira, dia 27, apenas 25% da população idosa da cidade foi imunizada. A prioridade está sendo para a população idosa, pois estes estão mais vulneráveis a adquirir o vírus, além de que a gripe pode causar danos mais sérios em pessoas nesta faixa etária, como a pneumonia.

Após o término da campanha serão disponibilizadas, gratuitamente, doses para o restante da população. A vacina também pode ser feita junto com a da febre amarela.

Vale lembrar:

De acordo com a enfermeira Arriete Pereira, a vacina é contra-indicada para pessoas com alergia ao ovo de galinha, que tenham tido alguma reação severa em alguma dose anterior da vacina ou pessoas que possuem problemas neurológicos. Ela lembra que pessoas que tiveram alguma gripe após fazer a vacina, tiveram essa reação, pois a pessoa já estava com o vírus.

A recomendação é de que, antes de se vacinar , a pessoa observe se possui algum sintoma da gripe, como dores no corpo ou febre. Caso sinta algum sintoma, aconselha-se que ela espere que esses sintomas passem, para somente depois fazer a vacina. A enfermeira ressalta que quanto mais se participar da campanha, mais imune a pessoa fica à gripe.

São Borja em Campanha contra febre aftosa

Por Daiele Tusi


A febre aftosa é uma doença contagiosa que ataca todos os animais de casco dividido; como caprinos, ovinos, bubalinos, suínos e bovinos. Animais destas espécies de todas as idades deverão ser vacinados contra a doença. Em São Borja, cerca de 185 mil cabeças de bovinos e bubalinos serão vacinadas até o dia 29 de maio.


Para a compra da vacina, deverá ser retirada na Inspetoria Veterinária uma autorização baseada na quantidade de animais que o produtor possui. A vacina estará disponível em quatro casas agropecuárias: Agropecuária Pára Boi, Barraca Missões, Veterinárias Conesul e Touro Passo.
Já os criadores de até 50 animais e que se enquadram no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) recebem a vacina gratuitamente e poderão retirar na Inspetoria Veterinária, mediante apresentação da carteira de identidade.


Sintomas


Animais infectados tem feridas na boca, nas tetas e entre as unhas. Separam-se dos outros animais, babam, não se alimentam e não bebem.


Transmissão


O vírus pode ser transmitido por animais, leite fresco, carne fresca, couro fresco, forragens, materiais, veículos, equipamentos e pessoas que tiveram contato com o vírus.


Segundo o Inspetor Veterinário, Paulo Alexandre dos Santos, a febre aftosa não ataca o ser humano, é uma doença que atinge os animais. “Parece que existe um único registro provável de infecção de uma pessoa que trabalhava em um laboratório que fazia manipulação de vírus, mas se a pessoa comer carne contaminada, não haverá problema, porque a temperatura superior a 75°c , mata o vírus. Mas é quase impossível isto acontecer”, ressalta.


Esta doença pode se espalhar rapidamente, o que preocupa também aos produtores. “Se houver proliferação da doença, consequentemente haverá também impactos econômicos para nós e para o país; como a redução de produtividade dos rebanhos e queda de exportação dos alimentos, o que afeta diretamente o setor de economia”, descreve o pecuarista João Antônio Alves.


A única maneira de impedir que a febre atinja os animais é a vacinação. Deve-se evitar a compra e a venda de animais que não estão vacinados. Em caso de suspeita da doença as pessoas devem entrar imediatamente em contato com a Inspetoria Veterinária da sua cidade.

Como vacinar?


- Reúna o gado no horário mais fresco do dia;
- a vacina deve estar em caixa térmica com temperatura entre 2° e 8°C. Caso você tenha comprado antes da vacinação, mantenha a vacina na geladeira, mas não no congelador;
- Reúna o gado no horário mais fresco do dia;
- a vacina deve estar em caixa térmica com temperatura entre 2° e 8°C. Caso você tenha comprado antes da vacinação, mantenha a vacina na geladeira, mas não no congelador;
- o local correto de aplicação é a tábua do pescoço;
- a dose é de 5 ml e não deve ser aplicada em menor quantidade;
- a aplicação pode ser intramuscular ou subcutânea, ou seja, no músculo ou embaixo da pele;
- agulhas: intramuscular15x30 e Subcutânea 15x15;
- não vacine animais doentes;

OBS: se a vacina sair da temperatura adequada, ela perde totalmente a capacidade de imunizar.


Após a vacinação, o produtor deverá comparecer ao escritório da Secretaria da Agricultura e apresentar a nota fiscal da compra da vacina.

Líder religioso mobiliza grande número de pessoas em São Borja

Por Fabio da Silva, Francis Limberger, Vladson Ajala

No dia 28 de abril, terça-feira, esteve presente em São Borja um dos grandes nomes do evangelismo mundial, o fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, Missionário R.R. Soares, que mobilizou aproximadamente 7 mil pessoas no Ginásio Municipal Cléto Dória de Azambuja.

Embora seu nome esteja ligado principalmente ao da Igreja da Graça, várias pessoas que freqüentam outras denominações ou que não praticam nenhuma religião estiveram presentes, prestigiando o culto ministrado por Soares.

Além do Missionário, também se apresentaram Fernandes Lima e Bruna Olly, cantores bastante conhecidos no cenário da música gospel brasileira, que animaram o público com suas canções.
Para organizar o público no interior do Ginásio foram colocados 60 obreiros da Igreja da Graça, além disto, o evento recebeu o apoio da Brigada Militar e dos Fiscais de Trânsito da cidade, que organizaram o fluxo de veículos e pessoas na parte exterior do local.

A chegada de R.R. Soares estava programada para as 19 horas do dia 28 de abril, tendo em vista que no mesmo dia ele estaria presente nas cidades de Uruguaiana e Alegrete participando de eventos semelhantes nas referidas cidades, mas aqui em São Borja o público chegou cedo para garantir um bom lugar dentro do Ginásio, é o caso da senhora Gessi da Silva.

Gessi foi para o local às 17 horas, para poder ver de perto o líder religioso, ela conta que participa da Igreja Internacional da Graça de Deus desde quando ela foi inaugurada em São Borja e que esperava há muito tempo pela vinda do Missionário, “não perderia por nada”. Afirma Gessi da Silva.

O obreiro José Mauro dos Santos Volpato, que ministra cultos e é responsável pela Igreja situada no Bairro do Passo ressalta a importância do evento: “ A importância deste evento é devido ao ministério da Igreja da Graça, reconhecido mundialmente, e para exaltar o nome de Jesus”. Volpato lembra que entrou para a Igreja por meio do programa Show da Fé, o qual é apresentado por R.R. Soares(foto) todos os dias na Rede Bandeirantes. Informa ainda que a Igreja da Graça conta hoje com um canal de televisão somente com programação referente ao ministério, o canal RIT, além de estar lançando mais dois projetos, que são , a Nossa TV e a Nossa Rádio, não esquecendo da editora Graça Editorial, que é responsável pela impressão de livros e da Revista Show da Fé.

O Missionário R.R. Soares realizou um culto de mais ou menos duas horas, com orações e pregou a palavra de Deus, através da leitura da Bíblia Sagrada, agradou o público presente com um culto emocionante e animado, que seguiu os moldes do apresentado na TV.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Última Edição

Incentivo à preservação ambiental
Por Greice Meireles e Mariele Campos

Colesterol: o inimigo silencioso
Por Karin Franco e Chaiane Gomes

Unipampa abre ingresso extravestibular para o 2º semestre de 2009
Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Falta de verba atrasa conclusão do prédio dos bombeiros
Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa

Cultura em destaque no fim de semana em Itaqui
Por Adir Machado e Eduardo Silva

Fast food e alimentos industrializados: elementos básicos da alimentação brasileira
Por Aline Donato e Bruna Bueno

Bairro do Passo em direção ao desenvolvimento
Por Deise Kober e Sirlene Kaefer

Mudanças no código florestal continuam causando polêmicas
Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

Reitora reúne-se com acadêmicos da Unipampa - Campus São Borja
Por Felipe Severo

Mudanças no código florestal continuam causando polêmicas

Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

Ações que visam a preservação do meio ambiente são cada dia mais cobradas. Contudo, ao publicar o decreto Nº 6514, o Ministério do Meio Ambiente entrou em confronto direto com a classe da agropecuária. Após muita pressão das entidades ligadas ao setor primário, alguns pontos do decreto devem ser reavaliados. Mesmo assim ainda há queixas dos produtores rurais, que alegam incoerências no decreto.

Um dos principais pontos do decreto federal Nº 6.514 é a obrigatoriedade de uma reserva legal nas propriedades rurais. Seria uma área que cada proprietário deveria destinar à preservação dos recursos naturais, não podendo assim, explorar o seu solo. Para o estado do Rio Grande do Sul, a legislação prevê que 20% da propriedade deverá ser contemplada com a preservação permanente.

Além disso, caberiam ao proprietário uma série de procedimentos para viabilizar o funcionamento da reserva. Em primeiro lugar, a área deveria ser submetida a uma avaliação especializada de algum orgão ambiental. A aprovação determinaria a viabilidade daquela gleba em servir como campo de preservação. Em seguida, a área deve ser averbada em cartório, o que significa a garantia legal de que aquela área está sob proteção ambiental. Por fim, o proprietário deveria demarcar a área e garantir a sua proteção, o que implica uso de cerca.

Entidades como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se mobilizaram de várias formas para provar a inconstitucionalidade do decreto. Segundo os parlamentares, a destinação de uma área fixa para preservação ambiental provocaria uma redução gigantesca na produção agropecuária brasileira, vista de forma unanime como um dos grandes pilares da economia brasileira.

Há outro ponto que causa grandes discussões. As obrigações que o proprietário teria com a regularização da reserva legal lhe implicariam altas despesas. Os serviços de averbamento, geo-referenciamento, delimitação físicia e avaliação especializada precisariam ser pagas pelo próprio produtor. Tais custos poderiam ir além das condições financeiras da maioria dos proprietário rurais brasileiros, causando assim um grande endividamento no setor.

Com todas as pressões, o ministro do meio ambiente, Carlos Minc admitiu que poderá rever alguns pontos do decreto. Segundo Minc, realmente há algumas questões que precisam ser rediscutidas. A reestruturação do decreto encontra-se hoje em fase de discussões, sendo que alguns pontos já foram alterados. É o caso do prazo para a regularização da reserva legal, que passou de seis meses para um ano.

Reavaliado ou não, o decreto não é consenso. Nem mesmo os ambientalistas concordam totalmente com o decreto. Darci Bergmann, ambientalista e engenheiro agrônomo de São Borja acredita que o decreto poderia ser muito melhor estruturado. O fato da lei ser única para um país com dimensões continentais como o Brasil certamente causaria polêmicas e dificuldades de cumprimento.

“A lei, quando entrou em vigor, criou uma espécie de generalização. Não levou em conta peculiaridades regionais. Este é o problema. A lei não tem mecanismo de flexibilidade, para que estados e municípios se adaptem”.

Ainda, segundo Bergmann, será muito difícil que os brasileiros cumpram totalmente o decreto, visto os altos custos que isso implica e a falta de fiscalização especializada. Até mesmo as áreas rurais pertencentes à União, como os assentamentos da reforma agrária, ainda não regularizaram as suas reservas legais. Para o ambientalista, o Governo deveria dar exemplo, caso contrário, a legislação realmente pode ser questionada. “Eu cito um caso dos assentamentos de são Borja, onde tem áreas que a lei da reserva legal não é cumprida. Então, como é que agora o Governo tem moral de cobrar o cumprimento de uma lei, se ele próprio, através de seus órgãos, não fez o cumprimento desta lei?”.



Darci Bergmann:
“Eu acredito que com toda esta discussão vai surgir um denominador
comum, que vai flexibilizar esta questão, para que o meio ambiente
seja contemplado, mas sem prejuízo para a produção”.

Reitora reúne-se com acadêmicos da Unipampa - Campus São Borja

Por Felipe Severo
Visita faz parte do itinerário pelos dez campi e teve a presença do Presidente do Poder Legislativo Municipal, Farelo Almeida


Na noite desta quarta-feira, 22/4, às 18h30, a Reitora da Universidade Federal do Pampa, Maria Beatriz Luce, em visita ao campus para reunião mensal do conselho de dirigentes, reuniu-se também com os estudantes dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Serviço Social para ouvir as demandas necessárias para suas formações. Os alunos tiveram a oportunidade de expor pessoalmente à reitora os problemas que vem enfrentando diante a falta de laboratórios de foto e TV, bem como a ausência de técnicos especializados para operarem os equipamentos.

Antes mesmo dos estudantes se pronunciarem, o vereador Farelo Almeida (PDT) se mostrou preocupado com a falta de suporte do campus, o que pode atrasar a formação dos acadêmicos das primeiras turmas que ingressaram. A reitora adiantou que não acredita que a formação irá atrasar, embora considere que exista a probabilidade mínima de que isso aconteça.

Os alunos puderam justificar o motivo da manifestação estudantil ocorrida quarta-feira passada, 15/4, em frente ao prédio da Unipampa-São Borja, onde reivindicaram a vinda dos laboratórios, contratação de técnicos e a regulamentação do seguro para os estagiários do curso de Serviço Social. Disseram por que culminou em um protesto de tamanha envergadura, que repercutiu em todo RS. O evento foi uma unanimidade entre os acadêmicos, depois que os e-mails enviados à reitoria apontando suas necessidades não foram respondidos. Mais de 400 mensagens foram emitidas, mas a reitora afirmou que devido a um ataque de hackers no provedor, os e-mails foram deletados. Diante do descaso considerado pelo alunos, foi realizada a manifestação. “A paralisação e o impedimento de que alunos, professores e funcionários entrassem na universidade foi a forma que encontramos de chamar a atenção para os nossos problemas, para que soluções efetivas sejam tomadas”, afirmou a estudante de jornalismo, Analice Azevedo.

Maria Beatriz reiterou o que estava no documento emitido dia 15/4, que foi solicitado pela manifestação, que as providências estão sendo tomadas e que os editais estarão sendo abertos em breve para aquisição de equipamentos para os minilaboratórios de foto e TV; que o laboratório de foto depende apenas do espaço físico para sua instalação, e que o objetivo é ofertar as disciplinas que dependem desse material no segundo semestre de 2009. Disse ainda que o concurso para a contratação de técnicos será realizado no final do mês de junho próximo, com nomeação e posse previstas para julho ou agosto. E que a burocracia que impedia a regularização do seguro para que os estudantes de Serviço Social pudessem estagiar já está encaminhada e as apólices providenciadas.

Os acadêmicos irão aguardar os prazo estipulados pela reitoria. Entre críticas e elogios pela manifestação, os acadêmicos tem uma certeza: o documento e a palavra da reitora para que as coisas aconteçam em breve. Do contrário, o movimento estudantil pode reclamar novamente.

Bairro do Passo em direção ao desenvolvimento

Por Deise Kober e Sirlene Kaefer
Há tempos, o bairro do Passo vem procurando melhorias. Algumas destas reivindicações já surtiram efeitos para o desenvolvimento econômico e social da comunidade, como: calçamento de ruas de difícil acesso, instalação de uma fábrica de gelo – que beneficia a renda dos pescadores, e como principal elemento de desenvolvimento, a chegada da Universidade Federal do Pampa, Unipampa, que trouxe novos projetos de empreendimentos. Futuramente, novos planos para o desenvolvimento da cidade incluem a participação do bairro do Passo, com a troca de fluxo de veículos no sentido Passo/Rodoviária. Essas mudanças podem melhorar a imagem que o bairro possui em relação ao Centro.

Atualmente, a novidade é a instalação de uma agência de um banco privado situado na Avenida Francisco Miranda. A idéia de abrir uma Unidade de Atendimento no bairro do Passo criou-se através da solicitação da associação dos moradores e de estudos de viabilidade econômica, enxergando nesta comunidade clientes em potencial. Por isso, o ponto foi escolhido estrategicamente. Segundo a Assessoria do banco, “foi dada prioridade para a unidade do bairro do passo e a mesma é menor que a unidade do centro, por isso será inaugurada antes”. A inauguração vai ser no dia oito de maio.

A insatisfação dos moradores era em relação à estrutura do bairro, que por não possuir nenhuma agência bancária, os fazia deslocarem-se até o centro para movimentar suas contas, como diz a correntista e empresária do bairro, Marta Schuquel: “o banco irá trazer benefícios como maior fluxo de pessoas, melhora porque as pessoas não precisam ir até o centro, economizam a passagem e o dinheiro circula no bairro”.

Com a chegada do banco, os moradores valorizarão mais o que é da comunidade, e assim, a cidade estará mais equilibrada economicamente, sem defasagem no desenvolvimento.

Enquete

Em pesquisa realizada, 100% dos entrevistados afirmam que uma agência bancária no bairro do Passo vai ajudar o cotidiano dos moradores. A pesquisa foi realizada no dia 22 de abril.

Unipampa abre ingresso extravestibular para o 2º semestre de 2009

Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

As inscrições para o ingresso extravestibular na Unipampa já estão abertas. Nessa forma de ingresso não há a necessidade de vestibular, tendo por objetivo o preenchimento das vagas remanescentes. Existem quatro modalidades: reingresso, onde o aluno em estado de evasão pode voltar ao seu curso de origem; reopção de curso, na qual o aluno pode trocar de curso dentro da própria universidade; transferência voluntária, para aqueles que fazem o mesmo curso, ou curso na mesma área, em outra instituição de ensino superior e querem a transferência; e portadores de diploma, usado por quem já tem um curso superior completo e quer ingressar na faculdade sem vestibular.

Existem 571 vagas para 41 cursos na Unipampa. No campus São Borja são 54 vagas disponíveis: 18 para Jornalismo, 16 para Publicidade e Propaganda, 15 para Serviço Social e 5 para Ciência Política.

A assistente em administração, Ethiane Roballo, esclarece como podem ser feitas as inscrições: “o edital abre pelo site da Unipampa. Os interessados fazem a inscrição, tem que pagar uma taxinha e depois enviar os documentos. Uma comissão, que é montada em cada campus, analisa os casos. Os critérios já vêm específicos no edital, para cada curso”, explica. Os documentos necessários também variam conforme modalidade e curso.

Transferida para a Unipampa através da modalidade Transferência Voluntária, Catiuce dos Santos Prestes, acadêmica do curso de Serviço Social, conta o que a levou a mudar de universidade: “primeiro por ser federal, e lá era particular. Eu acho que em qualidade de ensino as duas batem”, enfatiza. Ainda segundo Catiuce, apesar de serem vários documentos, não houve muita burocracia e o tempo de espera para a resposta foi curto – aproximadamente um mês.
As inscrições permanecem abertas até o dia 13 de maio. Para conferir o edital e realizar a inscrição, clique aqui.

Falta de verba atrasa conclusão do prédio dos bombeiros

Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa

Localizado na Júlio Tróis, esquina com a Borges do Canto, as novas instalações do quartel dos bombeiros foi uma reivindicação da comunidade samborjense, através de uma consulta popular, ocorrida em 2004. Apesar da construção já ter a primeira parte concluída, não há previsão para término das obras.

A proposta da mudança do quartel dos bombeiros vinha sendo discutida há alguns anos e pôde ser concretizada através de um convênio entre FUREBOM (Fundo Municipal de Recursos dos Bombeiros), a Prefeitura Municipal de São Borja e a União. No entanto, o capital investido até o momento foi disponibilizado somente pelo município. Segundo o secretário de Planejamento, Orçamento e Projetos, Léo Tatsch, o orçamento da construção é de 700 mil reais, sendo que desses, foram gastos aproximadamente 390 mil na primeira etapa.

A construção se constitui de três etapas. A primeira compreende a construção do prédio; a segunda consiste na parte de apoio às atividades desenvolvidas pelos bombeiros; e a terceira é a etapa de paisagismo do local. Apesar da primeira parte do prédio estar concluída, de acordo com Tatsch, a falta de recursos, inclusive os que seriam repassadas pelo Estado, está prejudicando a transferência do quartel dos bombeiros para as novas instalações.

Embora não haja previsão para o término das obras, há grande expectativa quanto aos benefícios para a comunidade com essa mudança, como cita o micro-empresário Flávio Fernandes, que acredita que apesar do atraso nas obras, a mudança irá facilitar o deslocamento dos bombeiros para qualquer área da cidade.

De acordo com o comandante dos bombeiros, Tenente Avilson Sinval, as novas instalações irão possibilitar um atendimento mais eficaz e ágil às ocorrências por se tratar de um local estratégico. Será possível, também, acomodar e distribuir os equipamentos, além de permitir instruir com mais eficiência os vinte e sete homens que compõe o efetivo.

Além de São Borja, atualmente, o corpo de bombeiros realiza atendimentos nas cidades de Maçambará, Garruchos e Itaqui.

Cultura em destaque no fim de semana em Itaqui

Por Adir Machado e Eduardo Silva

O Theatro Prezewodowski recebeu nos dias 17,18 e 19 de abril grupos de teatro amador de várias cidades do Estado, como Uruguaiana, Dom Pedrito, Santo Ângelo, Livramento, Santiago e Gravataí, para participarem da 10ª edição do Festival Itaquiense de Teatro Amador.

A entrada era gratuita, e durante os três dias de apresentações o teatro recebeu lotação máxima de público. Jurados vindos de Porto Alegre e Santa Maria avaliaram as peças, que concorriam a troféus e prêmios em dinheiro nas diversas categorias definidas.

De acordo com os organizadores, o evento tem como objetivo “promover o intercâmbio de Grupos de Teatro do RS, visando incentivar e divulgar as artes cênicas na cidade de Itaqui”.

Os jovens atores do grupo Nóis Gurizada do Pequeno Circo sem Lona de Uruguaiana, Najan Messa e Rubens Gonçalves, que já se apresentaram em outros eventos no Estado, aprovaram a realização do Festival.

Ao final do evento,no domingo, dia 19, foram anunciados os vencedores, que receberam a premiação das autoridades presentes.

A realização do Festival foi da Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer.

Fast food e alimentos industrializados: elementos básicos da alimentação brasileira

Por Aline Donato e Bruna Bueno

Em meio a uma sociedade capitalista e consumista, a população brasileira está incorporando progressivamente novos hábitos alimentares, típicos de países do Primeiro Mundo. Surge, assim, um novo padrão alimentar que exclui, quase que totalmente, os alimentos adequados à boa saúde como, por exemplo, feijão, frutas e verduras, dando preferência aos produtos semiprontos e de fácil preparo.

Um fator responsável pela mudança nos hábitos alimentares é o curto período de tempo que as pessoas têm para se alimentar, transformando a pressa num dos traços da caracterização do modo de comer atual. Os alimentos pré-cozidos, enlatados e congelados reduzem as tarefas de preparo da alimentação e as entregas de fast food, em domicílio, também são opções para o consumo imediato.

Em entrevista cedida à revista IHU On-line, o professor o Departamento de Ciências dos Alimentos da Universidade Federal da Bahia, José Ângelo Góes, diz que outros fatores também são responsáveis por essas mudanças: urbanização, intensificação do trabalho feminino, evolução das formas de distribuição dos alimentos e do marketing. “Tudo isso gera a evolução do consumo de produtos industrializados, alimentação fora do domicílio, preferência pelos supermercados para a compra de alimentos, busca de praticidade e economia de tempo”, afirma.

Com o aumento do consumo desses alimentos, houve uma transformação nos tipos de produtos comercializados. Ao ser questionado a respeito dos produtos que a população mais consume, o gerente do supermercado Rede Vivo de São Borja, Lindomar Fernandez, aponta que as pessoas consomem em maior quantidade os produtos industrializados devido a uma questão de cultura do país. O gerente ainda fez uma pequena comparação: “Se são vendidos um milhão de produtos em um mês, apenas 100 mil são orgânicos”, conta.

A respeito da mudança ocorrida na forma como cada pessoa se alimenta, a professora de Educação Física, Karlize Rizzatti, afirma: “Isso foi ruim, pois esses produtos consumidos atualmente contêm conservantes maléficos à saúde. As pessoas devem se conscientizar e tentar uma reeducação alimentar”.

Os indivíduos que preferem alimentos industrializados, em sua maioria, não sabem os benefícios e a importância dos componentes dos alimentos naturais para a saúde, como os carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais. Para a nutricionista da Secretaria de Saúde de São Borja, Alcione Fátima Assmann, hábitos alimentares saudáveis consistem em manter uma alimentação preventiva e promotora de saúde. “A principal e mais alarmante conseqüência do consumo de alimentos indevidos é a preferência das crianças e jovens por produtos ricos em carboidratos e pobres em proteínas”, ressalta.

Uma conseqüência grave causada pela má alimentação ocorreu com a jovem Adrielli Vieira Girelli, 18 anos, que adquiriu uma doença detectada geralmente em pessoas adultas. “Antigamente comia produtos fortes e industrializados, que continham glutamato monossódico, como salgadinhos e condimentos. Através desse ingrediente, adquiri uma pedra na vesícula, que me causava fortes dores abdominais e vertigens. Me arrependo dos meus antigos hábitos, pois não tinha consciência do mal que esses produtos poderiam me causar”.

Colesterol: o inimigo silencioso

Por Karin Franco e Chaiane Gomes

Levamos uma vida agitada e com isso acabamos esquecendo de ter uma alimentação saudável e, também, de praticar exercícios físicos. Enquanto isso, em nosso corpo, age algo que poderá nos prejudicar intensamente e que poucos conhecem: o colesterol.

Entendendo o Colesterol

As gorduras presentes no nosso corpo são chamadas de lipídios. O colesterol faz parte dos lipídios e é um dos vários tipos de gordura que há no sangue. As principais gorduras são compostas pelo Colesterol, o HDL Colesterol (chamado de “bom” colesterol), o LDL Colesterol (o chamado “mau” colesterol) e os Triglicerídeos. Todas essas gorduras ajudam no funcionamento do nosso corpo, principalmente, o funcionamento do intestino.

O que faz com que uma das gorduras seja boa e a outra não é o fato de como ela age no nosso corpo. A HDL, ou o “bom” colesterol, ajuda a reduzir os níveis de LDL (o “mau” colesterol) no corpo. Isto significa que se ingerirmos alimentos que ajudem a produzir a HDL, isso pode fazer com que o nível desse tipo de gordura possa diminuir.

Para saber os níveis dessas gorduras no nosso sangue é feito um exame de sangue, onde aparecem os níveis considerados normais e os níveis do seu corpo. A partir do resultado desse exame, o médico indicará o tratamento, que poderá ser feito apenas com uma alimentação saudável e exercícios físicos, ou então, através de medicamentos.

Por que entender o colesterol?

O aumento do nível dessas gorduras podem trazer conseqüências graves, e quase todas ligadas ao coração. “Se não houver cuidado com os níveis de gorduras, há muitas chances de ter um AVC, um derrame ou infarto”, alerta o médico cardiologista José Joaquim Dias Freire. Ele explica porque isso ocorre: “acontece um progressivo entupimento nas artérias. A gordura se deposita nos vasos sanguíneos podendo levar a um infarto”.

Como controlar?

A alimentação tem de ser controlada. O recomendável é substituir as gorduras saturadas e as gorduras trans por alimento que contenham gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas. Essas informações estão nos rótulos dos alimentos, quase sempre na tabela com as informações nutricionais.

Outro detalhe que deve ser visto é a ingestão de alimentos com as gorduras colesterol e triglicérides. Essas duas gorduras, quando consumidas em excesso, fazem com que sejam alterados os níveis de gordura no sangue.

O exercício físico é outro fator que pode contribuir não só na hora de controlar os níveis de gordura, como também, ajuda na prevenção. Para a professora de educação física Fernanda dos Santos Jornada, a caminhada é um dos exercícios mais completos. Além de ser um exercício cardiorrespiratório, ajuda na prevenção de qualquer outra doença ligada ao coração.

Entretanto, a professora lembra que é importante procurar a orientação de um profissional antes de começar um exercício físico. Para pessoas que não possuem uma renda que possa contratar um profissional, Fernanda dá a dica de procurar um familiar amigo, ou conhecido, que seja formado em educação física, ou até mesmo se tiver um filho que estude, procurar conversar com o professor de educação física do filho para ter uma orientação.



Prevenção

Para o cardiologista José Freire, a principal atitude é visitar o médico periodicamente, para poder ter noção de como estão os níveis das gorduras no sangue. Além disso, ele recomenda evitar o stress, o sedentarismo, o fumo, a má alimentação e a automedicação.

De acordo com a nutricionista Alessandra Azevedo, adotar uma dieta balanceada é fundamental para o controle e a prevenção do colesterol. Por isso, uma alimentação rica em fibras, ou seja, composta por verduras, legumes e alimentos integrais (pão, arroz, macarrão) é imprescindível.
Do mesmo modo, deve-se evitar o consumo de gorduras, frituras e alimentos gordurosos. Diminuir a carne vermelha, retirar a pele do frango e consumir peixe são regras fundamentais para o controle da doença. Também é preciso trocar alimentos que contenham farinha branca por alimentos integrais.

As fibras também cumprem um importante papel no controle do colesterol, pois elas exercem a função de “varrer” as gorduras que ficam depositadas nas artérias. Diante disso, aconselha-se a consumir uma ou duas colheres de aveia por dia, conjuntamente com frutas, sopas ou iogurtes.

Muitas pessoas adotam, por si próprias, algum tipo de alimentação, acreditando ser eficaz no controle do colesterol, por exemplo, consumir berinjela pela manhã. Segundo a nutricionista, alimentos como a berinjela ajudam no controle da doença, contudo, assim como qualquer outra medida, ela deve ser adotada conjuntamente com outros, tais como: hábito de alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.


O que muitos não sabem é que o óleo usado para frituras não contém colesterol, pois eles são de origem vegetal. Eles só vão se tornar gordurosos à medida que forem aquecidos, pois assim eles tornam-se saturados. Por isso, é aconselhável, para quem ainda não possui os níveis de gorduras alterados, que se use apenas uma vez, pois quanto mais vezes ele for reaproveitado, mais saturado e rico em gordura ele ficará, sendo que essa gordura será absorvida pelo alimento.

Cada vez mais cedo...

José Freire alerta para o aparecimento precoce do aumento desses níveis em crianças. “Hoje, procuram os médicos aos 20 anos, mas provavelmente, o problema vem desde quando era criança”, analisa ele. O fator para que haja esse aumento é o sedentarismo. Hoje, crianças assistem mais TV e jogam mais no computador do que antigamente.

Outro detalhe é a alimentação, onde muitas vezes possui muita gordura. Alimentos fritos e industrializados fazem com que a obesidade aumente, e na maioria das vezes, esses casos são os que possuem os níveis mais altos de gorduras no sangue.

Segundo o cardiologista, é a partir das escolas que haverá uma educação alimentar. Para ele, com a criança aprendendo a alimentar-se bem, logo levará isso aos pais, e então, esses níveis poderão diminuir, e conseqüentemente, a criança não terá problemas cardíacos tão cedo.

Incentivo à preservação ambiental

Por Greice Meireles e Mariele Campos
Preservação ambiental é um tema muito discutido atualmente. Cada vez mais, há necessidade de conscientização para realizar os cuidados com o meio ambiente. Mesmo em cidades pequenas, como São Borja, é visível os descuidos a natureza.

Visando melhores condições para o meio ambiente e com a intenção de incentivar a preservação, surgem, no município, projetos para esse fim. Empresas promovem, entre funcionários e clientes, projetos de preservação.

O gerente de uma das empresas que trouxe ao município, há dois meses, um projeto de sustentabilidade enfatiza que o fator mais importante do projeto é a conscientização do problema ambiental e que cada cidadão pode fazer a sua parte. Diz que incentiva a sociedade adquirir o hábito de separar os lixos de acordo com a categoria adequada. Porém, lamenta por São Borja não ter um sistema de coleta seletiva: “a gente incentiva e faz a separação, mas no fim, na coleta dos lixos, eles são colocados todos juntos e depois esmagados”.

Nessa empresa, é proposto a cada funcionário promover um meio de reduzir a degradação da natureza dentro de sua casa. Além desse projeto de reciclagem, a empresa pretende plantar pela cidade 30.000 árvores, mas ainda não tem previsão de quando se iniciará a campanha.

Outra iniciativa pioneira no Rio Grande do Sul é o projeto das sacolas de mercado retornáveis. Os clientes ganham uma sacola de material mais resistente, feitas de bolsas de lona, assim trazem a mesma sacola quando voltam às compras. Um supermercado de São Borja implantou a incentiva em outubro de 2007 e, desde então, a idéia tem dado certo e os consumidores têm aceitado e ajudado a manter. Conforme o gerente, João Protásio, os clientes que mais colaboram são, em geral, os de idade avançada. “O projeto, mais do que diminuir os gastos com as sacolas plásticas, pretende reduzir o impacto ambiental”, ressalta.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Última Edição

Automedicação: um hábito comum entre a população
Por Aline Donato e Bruna Bueno

Cerca de 200 alunos protestam em frente à UNIPAMPA
Por Daiele Ramos Tusi

Diretores de escolas estaduais preocupam-se com o trânsito
Por Adir Machado e Eduardo Silva

Diretores de escolas estaduais preocupam-se com o trânsito

Por Adir Machado e Eduardo Silva

O intenso fluxo de trânsito na entrada e saída das escolas estaduais de São Borja é motivo de preocupação para os diretores dos educandários. O diretor da Escola Estadual de 1º e 2º graus Getúlio Vargas, Jorge Lopes, relata a sua apreensão: “O trânsito não é seguro. Além de ser uma rua bastante movimentada, ainda tem o fluxo de ambulâncias do hospital [Ivan Goulart]”. Lopes afirma que seria necessário um responsável permanente para orientar a saída dos alunos.

Vice-diretor do turno da tarde do Colégio Estadual São Borja (CESB), Luis Carlos Alves diz que a questão “nos preocupa muito, porque na rua aqui da frente [Engenheiro Manuel Luis Fagundes] o trânsito é muito intenso”. Alves acrescenta a poluição sonora como outro fator problemático do trânsito. Segundo o diretor, o policial militar que efetuava há anos o serviço de monitoramento do trânsito foi trocado, e o novo encarregado ainda não está familiarizado com os alunos.

Vera Diton, vice-diretora do turno da tarde da Escola Estadual de 1º Grau Tricentenário, confessa que “é como se mandássemos nossos filhos para a morte”. De acordo com Vera, nem sempre o policial militar responsável cumpre o seu horário correspondente.

A responsabilidade pela segurança no trânsito na saída das escolas da rede estadual é da Brigada Militar. Segundo informações do órgão, os policiais militares que ingressaram no Corpo de Voluntários Militares Inativos (CVMI) são indicados para orientação do trânsito nas escolas de acordo com a solicitação dos diretores, e estes definem quais são os horários em que os policiais devem prestar o serviço de monitoramento do trânsito.

Cerca de 200 alunos protestam em frente à UNIPAMPA

Por Daiele Ramos Tusi



A precariedade de estrutura levou os alunos a realizarem manifestações ontem, 15 de abril, em frente ao prédio da UNPAMPA - Campus São Borja. Os acadêmicos trancaram a porta do prédio com cadeado, impedindo a entrada de professores e funcionários. As aulas foram suspensas enquanto os alunos exigiam que uma resposta oficial e viável relativa às reivindicações fosse enviada pela Reitoria da Universidade.

Reivindicações

Os alunos de Comunicação Social não possuem laboratório de televisão nem de fotografia, o que praticamente inviabiliza a realização de algumas disciplinas que deveriam ser oferecidas pelo curso.

Os alunos do curso de Serviço Social pediam por seguro de estágio. Os alunos do sexto semestre do curso já estavam com o estágio em andamento, mas foi interrompido por falta de documentação necessária.

“...Essas 60h que já fizemos não valeu de nada e o campo de estágio, vale ressaltar, foi aberto com muito sacrifício e, infelizmente, chega a esse ponto. E os estágios são suspensos e nós ficamos completamente consternados e entristecidos com esse tipo de descaso por parte da reitoria...”, salienta o acadêmico de Serviço Social, Alan Carvalho

Pais, professores, vereadores e, também, o coordenador administrativo do Campus, Alex Sander Retamoso, são favoráveis às reivindicações: “A manifestação deveria ter acontecido há mais tempo; é uma batalha extremamente justa... todo processo de implantação tem suas dificuldades, mas a desculpa de implantação não exime a administração central de responsabilidades perante às execuções... não sei qual é a realidade específica deles lá, mas essa realidade tem que ser resolvida, porque as demandas de cá vão e elas geralmente não são resolvidas. Isso deve ter alguma causa, agora mapear e resolver essa causa é uma questão de quantificar o problema e atacá-lo, não só ter como desculpa a implantação... participação e comunicação interna são essenciais e acho que a gente peca muito nisso”, analisa Alex.

Contato com reitoria

Em negociação entre a diretora do campus, professora Denise Silva, e os estudantes, houve a possibilidade do representante discente, Felipe Severo, juntamente com professores conversarem por telefone com a reitora, que se encontrava em Bagé. A primeira proposta foi a realização de uma reunião com Maria Beatriz Luce, na qual ela exigiu um convite formal para a sua presença na cidade. O documento foi enviado ontem pela Câmara de Vereadores, mas a audiência pública solicitada ainda não tem data definida.

Como resposta à manifestação, por volta das 17h30 foi enviado um documento com comprometimentos da reitora e prazos para a solução dos problemas do campus. Dentre eles, a disponibilidade do mini laboratório de televisão para o 2º semestre de 2009 e o de fotografia deve ser instalado no período de recesso acadêmico. O pessoal técnico-administrativo deve ser concursado até o final do mês de junho próximo, com nomeação e posse previstas para julho ou agosto.

Afirma Maria Beatriz que o contrato dos seguros para os estagiários do curso de Serviço Social já foi assinado e que a apólice deveria ser emitida até o dia de ontem, conforme combinado com o corretor.

Automedicação: um hábito comum entre a população

Por Aline Donato e Bruna Bueno

O ato de se medicar sem o acompanhamento de um profissional de saúde pode agravar os efeitos colaterais de alguns remédios. O principal fator que leva as pessoas a praticarem essa ação é que, quando o sintoma aparenta ser simples, torna-se comum recorrer aos parentes ou amigos que já tiveram o problema e tomar o mesmo remédio utilizado por eles.

Um item relevante para que essa situação ocorra é o baixo poder aquisitivo dos indivíduos: uma vez que não possuem as condições necessárias de ter um plano de saúde ou de consultar com um médico particular, eles são levados a praticar a automedicação. A falta de dinheiro e a precária organização do sistema público de saúde não podem, unicamente, esclarecer o problema, pois ele também está presente nas camadas mais desenvolvidas da sociedade.

O clínico geral do Centro Municipal de Atendimento Especializado (CEMAE), de São Borja, Jorge Alberto Corrêa, considera que a deficiência do sistema público de saúde, o qual ainda conta com grandes filas para se conseguir uma consulta, não é o fator determinante da automedicação. “A questão da fila para consultar é um problema mundial, não é um problema brasileiro. Assim, a questão do tempo de espera não é o fator que determina isso. Eu acho que é por uma questão de hábito mesmo”, afirma o clínico.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), diversos são os riscos a que está exposto quem pratica a automedicação como, por exemplo, diagnosticar a doença incorretamente; usar uma dosagem insuficiente ou excessiva; utilizar o medicamento em tempo errado; tornar-se dependente e, principalmente, desconhecer as possíveis interações com outros medicamentos.

A universitária Vanessa Espindola conta que já praticou a automedicação. “Eu fiz isso porque estava com muitas espinhas. Um dermatologista me disse que, como eu não tive espinhas na adolescência, isso estava acontecendo agora e um anticoncepcional ajudaria a minimizar o problema. No lugar de ir a um ginecologista, conversei com minhas amigas e comecei a tomar um anticoncepcional que uma delas usava. A conseqüência de eu ter me automedicado foi ficar com meu ciclo menstrual desregulado por um período”, declara a jovem.

A presença de um farmacêutico nas farmácias também é importante, mas os profissionais não podem realizar uma prescrição, conforme ressalta o farmacêutico Lissandro Mendes Leães. “Em situação nenhuma nós podemos fazer isso. A prescrição de medicamento é somente realizada pela classe médica”.

O médico Jorge Alberto Corrêa acredita que a presença de um farmacêutico nas farmácias minimiza a prática da automedicação. “O farmacêutico, na verdade, não está ali para medicar. Ele está ali para orientar a venda do medicamento. É melhor ser atendido pelo farmacêutico do que pelo balconista, que não entende nada de medicação”.

Desde 2005, o Ministério da Saúde adota uma medida para auxiliar no combate à automedicação. Trata-se do fracionamento, onde o paciente leva para casa apenas a quantidade necessária para seu tratamento.

Na opinião da farmacêutica Fabiane da Silveira Olea, a medicação deveria ser vendida sob a dose, ou seja, de acordo com o número de comprimidos que o médico indicou. “Não deveria sobrar medicação. Compra uma caixa com vinte e toma dez. Outra pessoa está com alguma coisa parecida já vai lá e toma. As pessoas tinham que se conscientizar que o medicamento é droga e que a droga também tem seus efeitos, milhares de efeitos colaterais”, afirma.

Tanto o médico quanto os farmacêuticos acreditam que, a conscientização da população para que não utilize medicamentos sem a orientação adequada, pode ser feita através de campanhas informativas e pela presença de mais médicos nos postos de saúde. “Têm várias formas: com folder’s, cartazes, até através do teatro, fazendo uma apresentação e explicando o porquê da não automedicação, que é um assunto muito sério”, indica o farmacêutico Marcos Barbosa Malgarin

SAIBA ALGUMAS DICAS:
  • Guardar o medicamento em um local que não tenha muita umidade;

  • Conservá-lo na embalagem original;

  • Verificar o prazo de validade e a data de fabricação;

  • Ao ir a uma farmácia, converse com o farmacêutico responsável;

  • Nunca tome remédios sem a orientação de um médico.

  • Leia a bula antes de tomar um medicamento. Assim você fica sabendo quais as possíveis reações que o seu remédio pode lhe causar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Última Edição

Feira de chocolate movimenta Páscoa São-Borjense
Por Deise Kober e Sirlene Kaefer

Grupo de pesquisa da Unipampa organiza palestra na Câmara
Por Adir Machado e Eduardo Silva

Licitação buscará aperfeiçoamento do saneamento básico em São Borja
Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

Professor da Unipampa participa de evento internacional
Por Silvana Paiva

UNIPAMPA terá concurso público para professores e servidores
Por Nelson Nicolli e Renato Ferigollo

Unipampa possui dois Programas de Bolsa
Por Ligiane Brondani Lopes

Torneio intercursos movimenta Unipampa
Por Luana Raddatz

Último cinema não é bem recebido em São Borja
Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Sala de aula em crise
Por Karin Franco e Chaiane Gomes

Maus tratos a uma cachorrinha indigna moradores
Por Mariana Vargas

UNIPAMPA terá concurso público para professores e servidores


Por Nelson Nicolli e Renato Ferigollo
Concurso público, ainda sem data definida, será realizado este semestre para agregar novos professores e servidores para a UNIPAMPA. Segundo o Coordenador Acadêmico do campus de São Borja, Marcelo Rocha, para o campus local serão ofertadas oito vagas para docentes.

Rocha especifica o número de vagas ofertadas: “São professores que vão suprir vagas, por exemplo: uma vaga para Jornalismo, uma vaga pra Serviço Social, três vagas pra Ciências Políticas, duas vagas pra Publicidade e Propaganda e uma vaga para um professor com perfil generalista (professor que pode dar aula em vários cursos)”. O coordenador afirma que a graduação exigida para os candidatos às vagas é de doutorado, salvo em casos especiais de algumas áreas, onde a exigência é somente mestrado. O candidato aprovado deve ter ainda dedicação exclusiva ao trabalho.

Quanto às provas, o coordenador explica a forma de avaliação dos candidatos: “O candidato passa por uma prova escrita, por uma prova didática, por um memorial, onde ali ele explica sua trajetória acadêmica e pela contagem de pontos do currículo (currículo Lattes). São nessas quatro etapas que podemos observar que é um concurso bem criterioso”, afirma Rocha.

Já em relação ao concurso para servidores o edital sairá esta semana, informando oficialmente o número de vagas que serão ofertadas, os requisitos necessários e as datas das provas. A diretora do campus da UNIPAMPA – São Borja, Denise Silva, explica que o concurso para servidores haverá 180 vagas para todos os campi, sendo uma pequena parcela destas destinadas para São Borja. “Nós temos dez vagas. A questão que está sendo discutida é a distribuição desse pessoal em quais funções deverão atuar”, afirma Denise. Para a maioria dos cargos ofertados aos servidores, a graduação exigida é de ensino médio completo e apenas algumas vagas necessitam de formação superior.

Após aprovados, os professores e servidores começam a trabalhar no segundo semestre deste ano. A Diretora do campus de São Borja acredita que com este concurso será suprida a carência de docentes e técnicos.

Licitação buscará aperfeiçoamento do saneamento básico em São Borja

Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

Mesmo tendo contrato até 2015 com a Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), a Prefeitura Municipal deve realizar uma licitação para fechar um novo contrato com uma companhia de saneamento básico. Isso porque no contrato em vigor há alguns pontos que o tornam vulnerável, como por exemplo, a falta de licitação pública para a escolha da empresa e o descumprimento de algumas cláusulas por parte desta.

Assinado em 1995, o contrato foi amparado por uma lei municipal. A lei federal n° 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, já previa a necessidade de licitação para concessão de serviços públicos a pessoas jurídicas ou consórcios de empresas. Mas, a Câmara de Vereadores de São Borja aprovou a lei n° 2330, de 03 de agosto de 1995, autorizando o executivo a celebrar contrato com a CORSAN, sem licitação.

No contrato estão as especificações sobre a prestação de serviços, entre elas:

a) Administrar o serviço de fornecimento de água. Coletar, transportar, tratar e dar destino final ao esgoto. Tudo isso com direito de exclusividade.
b) O contrato tem validade de 20 anos, portanto até 2015.
c) As tarifas serão elaboradas pela CORSAN conforme uma série de estudos de custos e viabilidades.
d) A coleta de esgoto deveria abranger 50% da população de São Borja, no prazo máximo de 54 meses.

Essa última especificação é a grande polêmica desde os anos 90, e serve de condição legal de rescisão de contrato. Mas o grande ponto de discussão se deve a lei federal n° 11.445, de 05 de abril de 2007, que deixa claro a necessidade de licitação e consulta popular para firmar contrato. A lei acima citada invalida o contrato atual da Prefeitura Municipal com a CORSAN. O prazo é até 2010, para se fazer uma licitação e uma consulta popular.

Vereador comenta a situação

Compete ao Poder Legislativo a tarefa de estabelecer as condições que regularizem a situação. Portanto, cabe aos vereadores discutir e a analisar a atual situação, bem como auxiliar o Poder Executivo nas futuras decisões. E, de fato, o “caso CORSAN” já toma parte das pautas de discussão do plenário da Câmara.

O vereador Celso Lopes, do PDT, faz duras críticas ao serviço prestado pela Corsan ao município de São Borja. Para Lopes, a Corsan tem fornecido água de boa qualidade, embora também existam algumas reclamações a respeito. Contudo, a companhia deixa a desejar no que diz respeito aos investimentos na rede de esgotos, previsto em contrato: “a nossa queixa é que o contrato que a prefeitura fez com a Corsan, em 1995, não está sendo cumprido, por que este contrato diz que a Corsan teria que investir na malha de esgoto, para que São Borja fosse privilegiado”, argumenta o vereador.

Ainda segundo o vereador, o município tem uma das menores malhas de esgoto do Rio Grande do Sul. Dados confessos pela própria Corsan dão conta de que menos de 20% da área urbana é contemplada com serviço de recolhimento de esgoto. Esta estimativa, entretanto, já esta sendo re-calculada e pode ser reduzida a 12% segundo a avaliação de alguns técnicos (engenheiros e arquitetos), o que é comparável às cidades da região Nordeste do Brasil. Celso Lopes condena o descaso com o saneamento básico: “se fala em saúde pública, se fala em leishmaniose, em febre amarela e dengue, que depende, acima de tudo do recolhimento de esgoto, deste esgoto ser tratado”. E na sequência, esclarece: “nós queremos um discussão, nós não somos contra, em absoluto, à Corsan. Nós queremos é que a Corsan invista em São Borja”.

Professor da Unipampa participa de evento internacional

Por Silvana Paiva

No dia quatro de abril, Miro Baccin, professor e coordenador do curso de jornalismo da Unipampa, estará participando da IV Jornada Internacional de Jornalismo, em Portugal.

Cinco trabalhos de professores da Unipampa foram selecionados para esta quarta edição das jornadas. “Cada trabalho que foi aprovado para esse evento carrega a produção de cada professor e, isso, com certeza, vai acarretar uma repercussão no curso”, afirma Miro.

Em seu artigo “Novas práticas do jornalismo cidadão: a fonte amadora na construção de realidades pelo telejornalismo”, é feita uma análise sobre a participação da fonte amadora na construção das notícias para o jornalismo televisivo e é lançada a discussão sobre a interferência do cidadão no mundo do jornalismo.

O artigo, resultado de uma tese de doutorado, exigiu três anos de coleta, sistematização e análise de dados. Agora será apreciado no próximo sábado por pesquisadores galegos, brasileiros, portugueses e hispânicos.

Unipampa possui dois Programas de Bolsa


Por Ligiane Brondani Lopes

O ano acadêmico traz inovações no Programa de Bolsas da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Em sua segunda edição, tem como novidade o Programa de Permanência Acadêmica (PPA), que visa manter o aluno dentro da Universidade com uma ajuda de custo que terá seus valores definidos no final deste mês. Segundo a Pró-Reitora de assuntos estudantis da UNIPAMPA, Scheila Kocourek, antes da seleção dos alunos será feito um rigoroso estudo sócio econômico, para que sejam beneficiados os acadêmicos que realmente necessitam da ajuda. Ainda dentro da seleção, haverá avaliação do desempenho do aluno candidato, que servirá de caráter eliminatório.

Além do PPA, a Universidade vai selecionar estudantes para o Programa de Bolsa para o Desenvolvimento Acadêmico (PBDA), que já contou com a participação de 430 alunos no primeiro ano. O Programa tem como idéia principal proporcionar aos acadêmicos conhecimento e experiência, a fim de uma formação mais qualificada. O PBDA possui quatro modalidades: pesquisa, trabalho, ensino e extensão, e suas carga horárias são de 12, 16 e 20 horas, com os benefícios respectivos a R$120, R$160, R$200.

Conforme a bolsista de trabalho da Assessoria de Comunicação, Mirelli Lersch, a experiência é positiva, pois vai contribuir para sua formação acadêmica. “No começo meus textos eram podres, mas com o tempo fui aprendendo. E me senti mais preparada para exercer a função, quando fiz a cobertura do vestibular deste ano.”, conta a acadêmica de jornalismo.

Os alunos que se inscreverem para o Programa de Permanência Acadêmica também podem se candidatar a uma bolsa para o Desenvolvimento Acadêmico. As escolhas para o PBDA serão feitas por professores orientandos de projetos e por técnicos administrativos, através de entrevistas com os candidatos. O edital para a escolha dos bolsistas será publicado entre os meses de abril e maio. “Nossa intenção é ter as bolsas aprovadas em 2010 já no mês de março, e futuramente a implantação da bolsa intermitente, mas isto depende da gestão orçamentária da Universidade”, ressalta a Pró-Reitora.

Maus tratos a uma cachorrinha indigna moradores

Por Mariana Vargas

Na última sexta-feira, dia 27, uma moradora da Rua Serafim Dornelles Vargas encontrou uma cachorrinha adulta, aparentemente da raça pincher, na Rua Soldado Mancias Alves, esquina com a Rua João Manoel, dentro de um saco, com as patas amarradas e colocada ainda viva em cima de um formigueiro. A moradora Carmem Vargas recolheu a cachorrinha e deu os primeiros socorros ao animal, que, de tão fraco, não conseguia nem mesmo parar em pé. Carmem conta que com ajuda do marido e de uma vizinha compraram remédios para tratar dos ferimentos do animal. Logo depois, comunicaram a secretaria de saúde, que trouxe um veterinário, que constatou que os ferimentos foram causados por maus tratos e não por nenhum tipo de doença.
A diretora da Secretaria da Saúde Janaina Leivas ficou chocada com a história da cadelinha. Dona Carmem conta ainda que pediu para o quartel, que está trabalhando na extermínio dos animais doentes, que recolhesse a cachorrinha, mas foi informada que os animais que estavam com ele seriam sacrificados. Dessa maneira, a cadelinha continua aos cuidados dos moradores da Rua Serafim Dornelles Vargas, que já a batizaram de Vitória e fazem fila para vê-la. Candidatos para adotá-la não faltam.

Dona Carmem fica feliz ao falar da recuperação da cachorrinha, que aos poucos volta a comer, mas se entristece ao perceber a crueldade das pessoas: “não sei como alguém pode ter tanta maldade dentro do coração..”. Ela também mandou e-mails para os amigos contando a história do bichinho com fotos anexadas. “Fiz esse e-mail como uma forma de chamar atenção das pessoas para esse tipo de crueldade com os animais”

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, art. 2°, deixa claro que o homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los, violando esse direito. A pena para esse tipo de crime chega à detenção de três meses a um ano, e multa. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos,quando existirem recursos alternativos e a pena ainda é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Último cinema não é bem recebido em São Borja

Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Depois de alguns anos sem cinema, os São Borjenses tiveram a oportunidade de desfrutar do encanto da sétima arte novamente. No entanto, poucos têm demonstrado interesse em prestigiar a iniciativa.

Inaugurada há oito meses, a sala de cinema da JR Entretenimentos pausou suas atividades no final de fevereiro, pouco antes do carnaval. A sala é situada junto à locadora de DVDs e lancheria, que têm sustentado o empreendimento. A proprietária, Jussara Radiske, conta que a proposta era oferecer uma nova alternativa de entretenimento para a comunidade, mas o retorno não foi o esperado: “eu acho que o pessoal não valoriza o que tem na cidade, e não só o cinema”, lamenta a empresária. O investimento foi de aproximadamente 70 mil reais.

O estudante Cristian da Cruz, 18 anos, assistiu três filmes na sala de cinema do estabelecimento, mas acredita que o aluguel de filmes em DVD impede o seu desenvolvimento. “Mesmo com preço equivalente ao do DVD, o cinema não tem como competir. Acho que já passou a moda”, opina.

Ex-proprietário de vários cinemas em diversas cidades do interior do estado, entre elas São Borja, Oneron da Rocha concorda que a popularização do DVD dificultou sobrevivência do cinema, sobretudo no interior. “O que quebrou o cinema do interior foi o DVD. Quando eu comecei a sentir o problema, fechei. Mas hoje, o que o ser humano quer? Facilidade e praticidade”, afirma o empresário. Experiente no ramo, acredita que nas grandes cidades os cinemas continuam atraindo público em decorrência de outros fatores: “o cinema no grande centro é imortal, principalmente por causa do shopping”. Seu último empreendimento no ramo, o Cine Teatro Municipal, ao contrário do cinema atual, foi bem aceito nos primeiros anos: “Em um ano, eu tirei o meu investimento”.

A proprietária do cinema atual conta que as pessoas telefonam sugerindo filmes para exibição, mas o recesso deve continuar por mais algum tempo. “Vamos deixar eles sentirem a falta mais um pouco”, brinca Jussara Radiske. A expectativa é de que, com a chegada do inverno, o cinema retome as atividades e a procura seja maior.

Sala de aula em crise

Por Karin Franco e Chaiane Gomes
Nos últimos dias, casos de violência em escolas fazem parte da pauta dos noticiários gaúchos. O último deles foi com duas alunas de Passo Fundo que brigaram a socos em plena sala de aula. O mais grave foi com a professora que ficou com traumatismo craniano após ter um desentendimento com uma aluna.

De acordo com o jornal Zero Hora, uma pesquisa ainda em fase de compilação de dados, com 123 professores entrevistados, somente da região de Porto Alegre e Santa Maria, aponta que mais de 50% dos professores já viram ou presenciaram algum tipo de violência dentro da escola. Em São Borja, de acordo com o Conselho Tutelar, só no mês de março, as escolas comunicaram oito casos de violência entre alunos, sendo somente relacionados a crianças de até 12 anos.

Casos de brigas entre alunos são repassados ao Conselho Tutelar. As escolas públicas tentam solucionar o problema com reuniões e palestras, além de conversas com os envolvidos, mas o diretor da Escola Estadual Getúlio Vargas, Jorge Alberto Lago Fonseca fala que a escola, na maioria das vezes, não recebe apoio. “A escola está sozinha para resolver esses casos. Tentamos resolver aqui dentro mesmo”. Outra Escola de São Borja que enfrenta dificuldades é a Arneldo Matter. “Existe alguns casos de falta de cultura (...) e aí proporciona isso aí, de dizer: se meu filho bateu em alguém é porque fizeram alguma coisa para ele. Não procuram (os pais) saber por que bateu”, salienta o diretor Joicimar Ribeiro.

Escola sem apoio, professor sem amparo

Ofensas e ameaças são as formas de violência que geralmente ocorrem nas escolas de São Borja. Quando acontece, o professor comunica para a direção, e juntamente com ela, tenta resolver o caso com conversas.

Porém, alguns professores acabam por fazer vista grossa, já que muitas crianças continuam com as ofensas e ameaças. “Eu faço de conta que não escuto, porque a gente sabe que levar adiante não tem nenhuma lei que ampare a gente ou coisa assim que ampare (...)”, diz a professora Joaninha de Paula Trindade, que dá aulas há 10 anos.

“Lidar com o stress é complicado”, como fala a professora Ludmila Durão, que dá aulas há 12 anos. Sem ajuda psicológica, apenas com o apoio da escola. Muitos acabam por tentar lidar com o stress falando dele com outras pessoas, e outros tentam procurar profissionais particulares. E através de ajuda profissional muitos descobriram estar em depressão, como no caso da professora Nazir Schimidt, que dá aulas há 18 anos. O tratamento é totalmente particular, sem nenhum convênio com o Estado ou o município.

O problema está em casa

Os professores e as escolas apontam causas para que a violência esteja cada vez mais rotineira. Desenhos animados, videogames, desestrutura familiar, desigualdade social, falta de limites e desemprego dos pais estão nas causas citadas.

“Eles tem a violência em casa, no bairro onde eles moram, eles trazem tudo aquilo para a escola, aquela revolta que eles têm”, diz a professora Joaninha. Para a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tusnelda, Eliane Cristina Andrade, a maneira de como são tratados na família influencia no comportamento da criança na escola.

Outro problema apontado pela diretora Eliane é a falta de disciplina das crianças: “a criança não sabe como se portar nas escolas, onde há regras para que se possa fazer a aprendizagem, então, se torna difícil”.

A psicóloga Juliane Guerreiro do Amaral diz que por conta da falta de limites em casa, a criança procura fazer na escola aquilo que faz em casa: “Os pais não conseguem usar da sua autoridade, e aí as crianças chegam na escola onde é um ambiente diferente do familiar e querem fazer de tudo um pouco”. A partir daí, viriam os problemas de violência.

Outros fatores, de acordo com a psicóloga, são desvios de conduta e crianças com psicopatia severa, além da desestrutura familiar.

Os jogos e a televisão se tornam problemas quando também não são limitados. “A gente sempre orienta que não é para deixar a criança mais de uma hora na frente da TV, não deixar jogar mais de meia hora por turno”, orienta a psicóloga.


A solução existe

De acordo com a psicóloga Juliane, os pais precisam desde cedo explicar as coisas aos filhos. A angústia de não ter respostar pode causar algum transtorno anos depois. Outro conselho é conversar sobre tudo o que a criança tem feito, além de também dar o bom exemplo.

“As crianças não tem atitudes muito diferente daquilo que elas têm em casa. Se ela tem falta de respeito com o professor na escola, é porque ela tem muita falta de respeito com os pais em casa”, afirma a psicóloga.

A escola também tem papel importante na educação da criança. Ela deve dar importância à história de vida da criança, saber suas angústias e dúvidas. Além disso, a psicóloga chama atenção que muitos pais não conseguem enxergar sinais de uma possível violência, e assim, a escola acaba por ser um meio de chamar a atenção dos pais com a criança.

Os pais devem fazer “combinados” com a criança. Conversar com ela, falar o que está errado, e caso o erro se repita, tirar algo que a criança goste, por algum tempo. A diretora Eliane, resume em uma frase todas as responsabilidades: “a escola ensina, a família educa”.