quinta-feira, 25 de junho de 2009

Última Edição

Prefeito se irrita com alunos de jornalismo
Por Fabio da Silva e Nelson Nicolli

Artesanato de sucesso
Por Mirelli Lersch e Irineu Fontela

Mais prazo para se proteger
Por Cristiely Carvalho, Greice Meireles e Mariele Campos

ÓLEO DE COZINHA USADO: QUAL O DESTINO CORRETO?
Por Aline Donato e Bruna Bueno

Farmácias de São Borja ainda não disponibilizam medicamentos fracionados
Por Chaiane Gomes e Karin Franco

Professora da Unipampa é autora de livro
Por Deise Jeske e Sirlene Kaefer

Unipampa define vagas para 2010 somente pelo Enem
Por Ligiane Brondani e Daiele Tusi

Alunos de São Borja divulgarão a Unipampa num programa de rádio em Alegrete
Por Francis Limberger e Vladson Ajala

Prefeito se irrita com alunos de jornalismo

Por Fabio da Silva e Nelson Nicolli
Após ser convidado para participar de um debate na Unipampa, sobre o tema “A influência da promessa de instalação do frigorífico Guaporé, no resultado das eleições”, o prefeito Mariovane Weis exclamou aos alunos: “Esse assunto eu não falo”, dando as costas para os estudantes.

O debate seria no estúdio de rádio da Universidade, para a disciplina de Laboratório de Radiojornalísmo III, na segunda-feira, dia vinte e um deste mês. Os outros participantes que haviam confirmado presença eram o vereador João Carlos Reolon, do PP, e o ex-vereador do PT, Carmelito do Amaral, ambos representando oposição. Eles representavam os partidos que foram derrotados na eleição de outubro do ano passado e acusam o prefeito de ter cometido estelionato eleitoral, por ter prometido instalação de frigorífico que geraria mil empregos diretos na cidade. Sendo que estes, através de seus representantes, foram embora dois dias após a eleição, desistindo do investimento.

Na última sexta-feira à noite, os alunos do quinto semestre de jornalismo Guilherme Veiga e Leonardo Ávila foram até a sede do partido do prefeito, PDT, fazer o convite a dois representantes da administração, após terem mandado ofício à prefeitura na terça-feira, convidando o executivo para participação. Como não obtiveram resposta foram orientados por um funcionário do partido para que fossem até a sede do PDT este dia, onde aconteceria uma reunião do diretório e que estes falassem pessoalmente com o prefeito.

Os acadêmicos contam que ficaram constrangidos com a atitude do administrador do município. “Ele estava todo sorridente, apertou a nossa mão, quando falei que o assunto do debate era o Guaporé ele fechou a cara de repente e disse de forma ríspida: 'Esse assunto eu não falo e não autorizo ninguém da prefeitura e do partido a falar'. E foi dando as costas. Tentei explicar a ele que o debate seria também para discutir a viabilidade da empresa no município e seus benefícios, mas ele ironizou: 'Vocês vão ficar querendo'”, conta Leonardo. Guilherme que estava presente também protestou: “Achei que ele foi mal educado com a gente”.

Assessores do prefeito tentaram contornar o constrangimento conversando com os alunos. Edson Almeida, Secretário de Gabinete de Weis, disse aos estudantes que o prefeito já avisou a imprensa local que não vai falar desse assunto. “Sugiro que vocês mudem o tema do debate “gurizada”, disse Edson.

O vereador Reolon, que participaria do debate, quando avisado do cancelamento lamentou. “Que pena, eu estava com a pasta pronta, cheia de documentos para questionar eles. Acho que eles sabiam que eu iria, por isso não quiseram vir”, salientou. O outro participante do debate Carmelito do Amaral também lamentou a atitude. Através de seu assessor Cleber Braga disse que ele já esperava por isso. Com o fato ocorrido, os alunos tiveram a sua avaliação prejudicada, pois a resposta veio tarde, não dando tempo para definir outro tema.

Artesanato de sucesso

Por Mirelli Lersch e Irineu Fontela

De um lado, respeito a cultura popular, do outro, gente que entende de mercado e conhece o gosto do consumidor. Assim surgiu o Lã Pura. Para lã que é extraída da ovelha se tornar uma peça de roupa elegante, há um longo processo. O artesanato é feito com técnicas antigas, usando máquinas centenárias, como o tear e a rota, e aos poucos está se modernizando. A artesã que faz os fios de lã, Eva Eli, tem um trabalho cansativo, mas que segundo ela, faz porque o resultado é maravilhoso.

O processo para a fabricação dos fios é simples, mas trabalhoso. Ela torce o fio na rota e faz as meadas, após este processo, é feito o tingimento da lã no fogão a lenha. Tudo artesanal e o mais natural possível. Depois, a bola de lã demora em torno de dois dias para secar, e em seguida vai para o Atelie do Lã Pura, que é onde as idéias são colocadas em prática e transformadas em peças que fazem sucesso nas passarelas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

As 28 artesãs recebem a lã de vários produtores, que as vezes são de pouco valor comercial e são trocadas por produtos, como por exemplo, o bacheiro. O produto chega sujo para as artesãs e é mandado para Santana do Livramento, onde duas mulheres do projeto têm a função de lavar e cardar as lãs, depois de limpo e cardado, o material volta para São Borja para os fios serem confeccionados e tingidos.

O Lã Pura existe desde 2005. Começou como uma associação de artesãs que já trabalhava com este tipo de artesanato. Confeccionou sua primeira coleção com o apoio do Sebrae e teve seu lançamento em 2006 no Rio de Janeiro. O estilista, contratado pelo MDA - Ministério de Desenvolvimento Agrário, Renato Imbroisi, veio a São Borja, e como diz dona Evanildes Brittes, que também é a artesã do grupo, prometeu fazer milagres com o artesanato que elas faziam humildemente, e fez. Ao todo foram lançadas três coleções, 2005/2006, 2007/2008, janeiro de 2009, e a quarta deve sair ainda este ano, com data de lançamento prevista para julho. O Designer da coleção que deve sair este ano é Ronaldo Fraga.

Apresentando um produto de qualidade, o Lã pura vem fazendo cada vez mais sucesso. Suas peças já foram exportadas para vários lugares, Paris, Canadá, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Texas. Os contatos são, muitas vezes, feito nas feiras em que as agricultoras participam expondo o trabalho, localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e no Estado, a Expointer. Dona Cleni Batitas, outra artesã do grupo, conta que os produtos não são valorizados e muito conhecidos em São Borja, tanto por falta de divulgação, quanto por falta de interesse dos moradores desta cidade e conta que a maior parte das vendas é feita para fora do estado.

As pessoas que conhecem as coleções se encantam com o resultado final da matéria prima extraída das ovelhas. O grupo ainda faz parte do “Talentos do Brasil”, que é de onde vem o apoio do MDA. É um conjunto de 15 grupos de artesãs de 12 estados do Brasil que participam de feiras e desfiles organizados pelo MDA. O projeto produziu um catálogo com as coleções dos 15 grupos, dando assim, maior visibilidade ao trabalho.

A produção do grupo é intensa entre os meses de janeiro a julho, e toda a terça-feira as agricultoras fazem reuniões. Dona Eva conta que ainda tem um sonho a realizar dentro do Lã Pura, que é a sede própria. Ela confessa que nunca imaginou que o esse trabalho pudesse chegar onde está, e conta com orgulho da primeira peça que foi desfilar em São Paulo, após este evento, as encomendas aumentaram muito. Para ela, é muito importante a participação nos eventos fora do estado, pois assim o material que produzem tem cada vez mais visibilidade e o resultado final é a valorização pessoal de cada integrante do grupo.

Mais prazo para se proteger

Por Cristiely Carvalho, Greice Meireles e Mariele Campos.

O Brasil apresentou casos de poliomielite durante muito tempo. Depois da vacina ser licenciada, em 1961, o último caso registrado foi em 1989. Atualmente, é nos países da África e da Ásia que existem casos mais recentes da paralisia. Como a doença não está erradicada do cenário mundial, a vacinação é de suma importância.

Este ano, a campanha de vacinação contra a poliomielite começou no último dia 20 em todo o território nacional. Em São Borja, como na maioria das cidades da região, as metas não foram atingidas. Sábado passado, foi marcado como o dia D, quando haviam 54 postos de vacinação nas áreas urbanas e rurais. O objetivo era imunizar 95% das crianças menores de cinco anos.

As expectativas ficaram abaixo do esperado e, assim, o período de vacinação foi estendido até sexta-feira, dia 26. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o município poderá não alcançar a meta, pois até o momento somente 86,74% foram vacinados.

A enfermeira Traudi Figur observa os índices como consequência da prorrogação: “O povo não faz hoje, o que pode fazer amanhã. Sabem que a campanha vai prorrogada e procuram os postos sempre no último dia”.

Mães como Maria Rosangela Pasini, 35 anos, reconhecem a importância da campanha: “Tenho dois filhos, um com seis meses e outro com um ano e seis meses. Sei o quanto é importante eles se vacinarem e não adquirirem a doença”. Ainda comenta sobre a irresponsabilidade das mães que não levam seus filhos para a prevenção: “Acho um absurdo as mães não dedicarem uns minutos de seu tempo para esse fim, e com isso correr o risco de comprometer a saúde de seu filho por toda vida. Agora é tão fácil, é gratuita e está ao alcance de todos. Levar para vacinar é, acima de tudo, um ato de amor”.

Tão fundamental quanto as mães levarem seus filhos aos postos de vacinação, é as pessoas que se empenham para a campanha acontecer. Mari Sabina Dornelles, agente de saúde, retrata sua função: “É muito gratificante para nós que estamos, com aquelas duas gotinhas, afastando essa doença da vida daquela criança”.

Para os pais que ainda não vacinaram seus filhos é importante lembrar que a campanha irá até amanhã, e ao ir, devem levar a carteira de vacinação da criança. A vacina é gratuita e um direito de todos.

A doença

A poliomielite é uma doença antiga e há indícios que exista desde a pré-história.
Frequentemente, ela atinge crianças menores de cinco anos de idade, mas os adultos não estão imunes a ela. É transmitida pelo poliovirus selvagem, através do contato fecal e oral, por isso, há necessidade de um ambiente higiênico para o convívio humano. Pode ser assintomática e sintomática, apresentando sintomas como febre, dor de garganta, náuseas, vomito, dor abdominais.

Há três tipos de Poliomielite: Poliomielite Abortiva (Apresenta todos os sintomas já citados, mas sem mais complicações sérias); Poliomielite não paralítica com meningite asséptica (Provoca a inflamação das meninges do cérebro com dores de cabeça fortes e espasmos musculares) e Poliomielite Paralítica (Paralisia dos músculos corporais ou faciais, ou ainda de ambos, depende do doente).

A indicação é a vacina Sabin que tem alto grau de eficácia, sendo que possibilidade de contração da doença após a vacina é de apenas um caso em um milhão. Ela não possui contra indicação ou efeitos colaterais. Deve ser feita antes da criança completar cinco anos.

Saiba mais:

Vacinação em São Borja
Vírus da Poliomielite
Campanha contra pólio já vacinou 11,6 milhões de crianças no país
História da Poliomielite

Assista:

Tudo sobre a Poliomielite

ÓLEO DE COZINHA USADO: QUAL O DESTINO CORRETO?


Por Aline Donato e Bruna Bueno

O óleo de cozinha utilizado nas frituras de alimentos é um produto prejudicial ao meio ambiente. Quando despejado diretamente no ralo das pias, o óleo acaba, através do escoamento de esgoto, poluindo os rios das cidades. Ao ser jogado na terra, o produto pode inutilizar o solo.

A melhor alternativa é colocar o óleo usado em vidros ou garrafas pet e entregá-los em postos de coleta. O 2º Pelotão Ambiental da Brigada Militar de São Borja realiza um trabalho de recolhimento do produto no Cais do Porto da cidade. Conforme o sargento Joel da Silva Souza, a arrecadação mensal nos bares é elevada: “Dependendo do mês, a gente arrecada em média de 80 litros a 120 litros de óleo vegetal que foram utilizados pelos proprietários nas frituras”.

O sargento ressalta ainda que, apesar do trabalho estar voltado apenas para o Cais do Porto, qualquer pessoa pode levar o óleo que utilizou em casa até o Pelotão.

“Nós recolhemos o produto para que ele tenha uma condição de reaproveitamento e não prejudique o meio ambiente, pois já houve um caso de mortandade de peixes, em que a água ficou desoxigenada devido à grande quantidade de óleo que foi despejada”, afirma.

O óleo recolhido pelo 2º Pelotão Ambiental é enviado para o município de Santa Rosa, que possui uma fábrica que reaproveita o produto para produzir sabão. A reutilização do óleo de cozinha para a produção desse produto de limpeza é outra alternativa para que não ocorra a degradação do meio ambiente.

Conscientizada sobre os danos que o meio ambiente pode sofrer com o destino incorreto do óleo de cozinha usado, a proprietária de um dos bares do Cais do Porto de São Borja, Salete Fróes, há cinco anos produz sabão para o consumo próprio a partir do óleo utilizado nas fritadeiras do bar.

Segundo a proprietária, a alternativa traz benefícios para ela e para o meio ambiente: “Antes eu não sabia que o óleo das frituras podia ser reaproveitado, mesmo assim não jogava na natureza e doava para uma senhora. Hoje eu faço o sabão e nem preciso comprar outros produtos de limpeza”.

O bar de Salete Fróes possui duas fritadeiras que juntas utilizam mais de trinta litros de óleo: a fritadeira dos pastéis utiliza 7 latas de azeite e a dos peixes, requer 24 latas do produto, que são trocadas quinzenalmente. “Eu penso que se as pessoas tivessem a conscientização de não jogar o produto fora, de não jogar na natureza, tudo seria diferente. Aprendi a fazer sabão com a minha mãe e hoje vejo que o óleo tem um destino bem bom quando é reaproveitado corretamente”.

Farmácias de São Borja ainda não disponibilizam medicamentos fracionados

Por Chaiane Gomes e Karin Franco

Desde 2005, o fracionamento de medicamentos é de responsailidde do farmacêutico, instituída pela RDC nº135/2005, mas somente em 2006 foi regulado o fracionamento e a venda pelas farmácias, a partir da RDC nº80/2006.

A decisão foi tomada para evitar a automedicação, que acontece, em sua maioria, devido às sobras de medicamentos nas embalagens. Agora, os remédios podem ser vendidos individualmente, sem precisar levar comprimidos a mais do que a receita médica prescreve. As farmácias de todo o Brasil já estão autorizadas a fracionar os medicamentos.

Aqui em São Borja, o fracionamento ainda não está disponível nas farmácias. A farmacêutica Tatiane Barcelos acredita que o fato das farmácias ainda não disponibilizarem o fracionamento se deve a fatores ligados tanto a farmácia, quanto ao laboratório. “Não existe adequação nem da farmácia, nem do laboratório, que tem que fornecer o material todo pra gente fracionar. Porque a gente vai tirar da caixinha e vai colocar na embalagem individual”.

Para Rafael Sokolosk, gerente de uma farmácia, acredita que essa adequação de um ambiente próprio para fazer o fracionamento tornaria o custo do produto mais caro. “Pra ter um ambiente, ter um farmacêutico responsável preparado para fazer esse fracionamento, já que ele tem que se desmanchar a caixa, o custo vai se tornar bastante elevado. O custo com medicamentos hoje afeta o orçamento de toda a população, então ainda você vai ter que repassar esse custo de fracionamento, então, fica complicado.”

Além da falta de infra-estrutura, existe também o receio de se perder os medicamentos. “Na verdade no momento que a gente abre o lacre perde totalmente a segurança. No caso do fracionado, tem que comprar uma bula para cada medicamento que eu vou entregar”, esclarece Tatiane.

As farmácias procuradas pela reportagem afirmaram que já vieram pessoas pedindo medicamentos fracionados, porém as farmácias ainda não podem fornecer. “Têm receitas que vêm, por exemplo, 30 comprimidos e têm caixas que vêm com 20, daí a pessoa vai ter que levar duas, porque aquele tipo não tem como fracionar. Não tem como abrir, pois vai ficar sobrando 10, daí vem outra receita e acaba faltando”, justifica a balconista de farmácia Mara Marin.

Já a farmacêutica e proprietária de farmácia, Telma Lúcia Michelon, optou por não comercializar remédios fracionados em seu estabelecimento, pois acredita que isso envolve gastos e perdas, já que a venda isolada de medicamentos exigiria que a farmácia disponibilizasse uma embalagem adicional para os remédios, além de etiquetas de identificação, contendo as informações obrigatórias.

Saiba mais:

RDC nº135/2005
RDC nº80/2006
Lista de medicamentos fracionados
http://www.portalfarmacia.com.br/farmacia/principal/conteudo.asp?id=1912
http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=995

Professora da Unipampa é autora de livro

Por Deise Jeske e Sirlene Kaefer
A professora Sheila Koccourek, do curso de Serviço Social da Unipampa, é autora do livro “Nas dobras da história: Os desafios da Política, da Criança e do Adolescente para a cidadania do século XXI”. A obra teve origem a partir da tese de doutorado da autora, com o mesmo título, defendida no ano de 2006. O livro trata dos Conselhos Municipais de Direito, onde é problematizada a participação popular e a Gestão Democrática das Políticas Sociais.
A obra apresenta um viés histórico, resgatando valores presentes na Constituição Federal, Políticas Administrativas e Códigos amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com Sheila, a não participação da sociedade vem da ligação do Estado com a sociedade civil, que ao determinar o que a sociedade deveria fazer, criou-se uma relação de subjugação. Uma vez que a história do Brasil é marcada pela escravidão e pela exploração, gerando a não participação da sociedade, cria-se uma relação de dicotomia.

Numa abordagem mais complexa, professora da Unipampa utiliza desse aparato histórico para inserir a Criança e o Adolescente na sociedade atual. Segundo ela, a criança e o adolescente estão inscritos num desenvolvimento peculiar, onde são protegidos pelos direitos, mas também devem ser opinativos, ou seja, devem ter deveres. “Qual é a grande preocupação de hoje? É a de que o jovem não se compromete”, completa a professora.

Para o professor Géder Parzianello, o livro representa a confirmação de um trabalho que há muito vinha sendo almejado. De acordo com Parzianello, fica concreto que a tese não será lida apenas pela banca, mas pode ser lida por qualquer pessoa. O livro é “gratificante e estimula outros professores a publicar suas teses”, conclui Parzianello.

O lançamento oficial do livro está previsto para o segundo semestre deste ano, mas o livro já está à disposição na biblioteca da Unipampa.

Unipampa define vagas para 2010 somente pelo Enem

Por Ligiane Brondani e Daiele Tusi

Dia 15 de junho abriram as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Universidade Federal do Pampa é uma das 42 instituições públicas que aderiram a este método avaliativo como única forma de acesso ao ensino superior. Tal inovação traz muitas facilidades para o aluno, conforme explica o coordenador do processo seletivo, professor Carlos Dilli: “o novo Enem 2009 é uma grande possibilidade, um sistema que vai abrir as portas do ensino público e federal de qualidade neste país. A proposta é viabilizar e democratizar o acesso das vagas das Universidades aos estudantes. O Enem vem a facilitar o ingresso às universidades federais brasileiras”.

Outras universidades públicas também aderiram a este método avaliativo, entre elas as instituições gaúchas: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Pelotas (UPFel) e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) com 50% da nota do ENEM e 50% do vestibular.

No ENEM, as disciplinas que antes eram definidas por conteúdos, agora são determinadas por áreas do conhecimento, como Códigos e suas tecnologias, e Ciências da Natureza e suas tecnologias. Isso estimula o raciocínio do candidato e desenvolve competências e afinidades, definindo um perfil mais analítico do aluno, como descreve o coordenador acadêmico do campus São Borja, Marcelo da Silva Rocha: “isso vai implicar em alunos diferentes para o ensino superior, com capacidades muito maiores para fazer relações entre as disciplinas. Um aluno com o perfil que se supõe que seja o do egresso, que é aquele aluno mais generalista e que tem um conhecimento interdisciplinar.”

A aluna do ensino médio Karina Pires deseja cursar agronomia na UNIAMPA, Campus Itaqui, e fala que esse novo processo vai ficar mais difícil em função da concorrência, mas analisa que o ponto positivo são as questões interdisciplinares, pois os alunos compreendem melhor este tipo de questão: “vai ficar mais complicado, quem faria vestibular, vai fazer o ENEM, vai aumentar o número de alunos, mas acho que é mais fácil fazer questões sobre conhecimentos gerais, apesar da minha escola ainda não estar adaptada a este novo processo”, salienta Karina.

Na UNIPAMPA, o número total de vagas é de 2100. As inscrições para quem deseja ingressar ao ensino superior na universidade vão até o dia 17 de julho, sendo gratuitas para quem estudou ou ainda está concluindo o ensino médio em escola pública. Aos demais a taxa é de R$35,00. O formulário de inscrição está disponível no site www.enem.inep.gov/inscrição.

Conforme o professor Rocha, para não haver possíveis problemas relativos à desinformação de como ingressar na universidade e como será o ENEM, o Campus São Borja promove, dia 02 de julho, uma palestra com o coordenador da comissão do processo seletivo, Carlos Gonçalves Dilli. O local e horário ainda não foram definidos, mas serão disponibilizados pelo site http://www.unipampa.edu.br/saoborja.

Alunos de São Borja divulgarão a Unipampa num programa de rádio em Alegrete

Por Francis Limberger e Vladson Ajala


Um grupo de alunos do campus São Borja da Unipampa participa de um programa de rádio na sexta-feira, dia 26, e no sábado, dia 27, na rádio Minuano FM, em Alegrete. Os alunos Andreia Sarmanho, Guilherme Veiga e Ligiane Brondani serão acompanhados pelo professor Géder Parzianello, e orientados pelo radialista local Dariano Moraes.

A ideia do programa partiu da própria Rádio Minuano FM, que comunicou o interesse aos diretores do campus Alegrete da Unipampa. Segundo o diretor daquele campus, Almir Barros da Silva Santos Neto, os diretores é que decidiram repassar o convite aos acadêmicos de jornalismo de São Borja, já que neste campus funciona a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Pampa. Almir Barros da Silva Santos Neto analisa ainda a importância deste programa para a universidade: “será uma oportunidade de inserção como instituição de ensino, pesquisa e extensão na sociedade, possibilitando também divulgar os trabalhos feitos na academia. O programa deve abranger informações dos outros campus, e até congregar outras universidades da região”.

O programa, que vai divulgar a Unipampa, será apresentado ao vivo pelo radialista da Minuano, Dariano Moraes, e pelos alunos, além do professor Géder Parzianello. Mesmo assim, os acadêmicos de jornalismo passaram a semana gravando boletins que divulgam o trabalho da universidade, e que serão veiculados ao longo do programa. Parzianello comentou a oportunidade dos alunos colocarem em prática o que aprendem na academia. Segundo ele, na universidade a formação teórica precisa estar associada à prática, não é possível uma dissociação. São atividades importantes para a formação, funcionam como laboratório, e até por isso são necessárias que aconteçam com mais frequência, o que deve acontecer no momento em que o campus oferecer maior estrutura.

A aluna Andréia Sarmanho também destacou a oportunidade de produzir um trabalho que vai ir além da universidade e alcançar uma comunidade, mesmo que esta não seja de São Borja. Serão também experiências novas o trabalho em equipe, o dia-a-dia do fazer radiofônico e as participações ao vivo, inéditas para os acadêmicos da Unipampa. Andréia lembra ainda que não há espaços como este na mídia local, onde as matérias veiculadas são sempre gravadas no estúdio da universidade.

Você poderá ouvir as participações dos acadêmicos na sexta a tarde e no sábado de manhã, no site www.minuanofm.com.br

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Última Edição

Artista plástico valoriza a cultura de São Borja
Por Deise Jeske e Sirlene Kaefer

Favos do Sul: o talento das mulheres são-borjenses
Por Chaiane Gomes e Karin Franco

Nova opção de moradia: agora, perto da Unipampa
Por Felipe Severo

Rastreabilidade beneficia produtores em São Borja
Por Aline Donato e Bruna Bueno

EAD desenvolve a educação em São Borja
Por Luana Raddatz e Kelen Rauber

Animais peçonhentos: como prevenir acidentes e tratar
Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Alegria no Hospital Ivan Goulart
Por Elder Junior e Margane Escobar

Alegria no Hospital Ivan Goulart


Por Elder Junior e Margane Escobar

As crianças internadas no Hospital Ivan Goulart ganharam pelo menos um motivo para sorrir, é o Ginga (Grupo Inventando e Garantindo Alegria), que todas as quartas-feiras faz visitas voluntárias, fantasiados de palhaços cantam e objetivam alegrar os pacientes desanimados devido a internação hospitalar.

O grupo criado a três meses, passa em cada quarto convidando as crianças e pacientes que desejam assistir apresentação de teatro e animação com músicas evangélicas. Ainda fazem diversas brincadeiras com as crianças e ensinam através da Bíblia a palavra de Deus. Cerca de 10 crianças e acompanhantes assistem à apresentação, que tem aproximadamente 30 minutos de duração todas as quartas. O grupo é liderado pelo bombeiro aposentado de 47 naos, Carlos Alberto que tem a ajuda de mais dez participantes da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, todos voluntários.

Jocelaine Miranda Lopes, 13 anos, que estava no hospital acompanhando seu avô, internado por derrame, foi uma das primeiras a seguir o Ginga pelos corredores e quartos convidando outras crianças, disse que eles transmitem alegria e esperança, além de fazer por alguns instantes que se esqueçam dos problemas de saúde.

Trabalhos como este, colaboram no tratamento médico e auxiliam para uma recuperação menos dolorosa para as crianças, que são os pacientes mais sensíveis à internação hospitalar, iniciativas como esta, são exemplos de boa vontade e amor ao próximo. Segundo a direção do hospital Ivan Goulart, é de tamanha importância a participação do grupo para a auto-estima e recuperação dos pacientes.

Artista plástico valoriza a cultura de São Borja

Por Deise Jeske e Sirlene Kaefer

A cidade de São Borja, há anos conta com as esculturas do artista plástico samborjense Rossini Rodrigues, que desde os sete anos de idade pratica essa atividade. Por vir de família pobre, não possuía brinquedos, por isso, os produzia com barro.

Seu início profissional foi em mil novecentos e oitenta e oito (1988), ao ser convidado a mostrar, pela primeira vez, suas obras, na exposição do cine arte. Rodrigues passou a fazer parte do centro cultural, inaugurado em mil novecentos e treze (1913), que atualmente, está sem sede própria.

O artista plástico não lembra qual foi, exatamente, sua primeira obra, porém recorda que sua primeira oportunidade de trabalhar com as suas obras lhe foi dada pelo já falecido Gerson Vinha, que na época trabalhava na Antártica, depósito de bebidas. Vinha lhe propôs um salário em troca da confecção de peças. Rodrigues produzia lavadeiras, índias, mulheres catando piolho, descascando mandioca. Então, ele considera essas esculturas como sendo suas primeiras.

O artista já participou de várias exposições e museus, como em Porto Alegre, Brasília, e teve suas obras apresentadas até mesmo fora do Brasil, em países como na Argentina, Buenos Aires, Paraguai e outros. Em Santana do Livramento, participou de uma exposição binacional – Brasil/Uruguai. Há quatro anos, Rodrigues apresentou-se na Bahia, no evento Povos Latinos, que é uma amostra itinerante de línguas latinas. Rodrigues, nessa exposição, ficou entre os dez melhores artistas plásticos com a obra mostrada. Ele afirma: “Então essa foi uma exposição muito marcante para mim. Brasília também foi muito boa”.

O acadêmico de jornalismo Felipe Severo admira o trabalho de Rodrigues e acha que o trabalho dele trás incentivo e valorização para os são-borjense. Severo afirma: “É um trabalho muito original, autêntico, bonitas, retrata a cultura jesuítica missioneira, gaúcha”.

Favos do Sul: o talento das mulheres são-borjenses

Por Chaiane Gomes e Karin Franco

A Favos do Sul é uma cooperativa formada por mulheres artesãs que, inicialmente, não contavam com nenhum apoio financeiro e, atualmente, comercializam seus produtos para todo o país e até para o exterior.

A iniciativa de confeccionar produtos usando favos, como aqueles encontrados nas bombachas dos gaúchos, foi uma idéia do designer Renato Embroisi, com o apoio de uma consultora do Sebrae. O objetivo do designer era transpor a arte e a técnica usada nas bombachas para a decoração, pois detectou que a técnica dos favos de abelha estava sendo esquecida e, no momento, não estava sendo usada em nenhum outro produto, a não ser nas bombachas.

Após convocar reunião com todas as artesãs são-borjenses, descobriu que a grande maioria sabia trabalhar na confecção de favos. Assim, em 2002, surge a Favos do Sul que, inicialmente, era um grupo e recebia apoio da Prefeitura, da Associação Comercial de São Borja (Acisb) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que ministravam cursos às artesãs. Somente em 2006 foi constituída como cooperativa, passando a ser administrada pelas próprias participantes.
As artesãs confeccionam colchas, almofadas, cortinas e acessórios (bolsas, cachecóis) usando essa técnica. Recentemente, começaram a produzir para a coleção do famoso estilista, Ronaldo Fraga. A divisão das tarefas é feita igualmente entre as mulheres, sendo que as funções são distribuídas conforme as habilidades de cada uma. Além disso, as artesãs têm a possibilidade de trabalhar em casa, pois todas possuem suas responsabilidades do lar. “Então a artesã pega o tecido, leva para casa e vai usar o seu tempo como ela melhor conseguir”, explica a artesã e presidente da Favos do Sul, Marisete Bernardi.

Segundo Marisete, no início, o grupo contava com uma média de 40 artesãs, porém muitas desistiram logo no início, já que o primeiro ano serviu apenas para treinamento, não havendo assim remuneração. “As mulheres saiam de casa, faziam cursos, treinavam o ponto e chegavam em casa sem dinheiro”, afirma a artesã. Hoje, a cooperativa possui 22 artesãs trabalhando: “Ficaram apenas as mais persistentes, as que acreditaram que o projeto iria dar certo”.

De acordo com Marisete, os maiores obstáculos enfrentados pela cooperativa é o de se manter no mercado e a falta de capital de giro, pois acredita que, atualmente, o artesanato está sendo bem valorizado e consiste em uma fonte de renda, por isso é preciso estar sempre inovando: “Você tem que sempre inovar e inovar é difícil. Quando a gente vai para alguma feira, por exemplo, em São Paulo, a primeira coisa que eles perguntam é: o que tem de novidade? Eles querem saber da novidade”, afirma.

A cooperativa não possui consultoria de designer, assim, na maioria das vezes, elas mesmas criam as peças: “Às vezes conseguimos consultoria com o Sebrae e a Acisb, mas,muitas vezes, nós mesmos criamos, pois não temos dinheiro para contratar um designer”, declara a presidente.
Além de São Borja, os produtos confeccionados são comercializados em Porto Alegre e estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, dentre outros. Também exportam, sendo que a meta da cooperativa é justamente a exportação em larga escala, porém a falta de mercado ainda é um empecilho, pois “eles querem que o preço seja bem acessível, daí tem impostos e outras despesas...”, justifica Marisete.

Os produtos com a marca Favos do Sul participam de feiras, sendo a mais importante a “Paralela Gift”, que acontece em São Paulo, duas vezes ao ano e que as artesãs fazem questão em participar, pois a feira recebe visitas de lojistas de todo o país. No mês de maio, a Favos do Sul ganhou o prêmio Top 100, no Rio de Janeiro, um prêmio de abrangência nacional que contempla as 100 melhores unidades de produção de artesanato. Isso dá o direito da cooperativa usar o selo Top 100 até o ano 2010.

A artesã Neisa da Cruz sente orgulho ao relembrar a trajetória do grupo. “No começou a gente lutou, batalhou e acreditou, a gente chorou, a gente sorriu. Muitas vezes, a gente chorou achando que não iria dar certo. Muitas vezes, a gente madrugava para terminar alguns produtos, para mostrar no outro dia. Aprendemos muita coisa”, desabafa.

Muito mais do que um local de trabalho, a Favos do Sul é um local para as artesãs se divertirem e saírem da rotina doméstica. “Aqui é, ao mesmo tempo, é um local de trabalho e lazer, de se distrair, porque ser dona de casa é uma rotina. E quando a gente vem para as reuniões, é uma distração; ao mesmo tempo que a gente trabalha, a gente se diverte”, afirma a artesã Cláudia Peixe. “Nós nos consideramos vitoriosas, pois éramos apenas donas de casa e a gente consegue fazer a gestão do negócio”, completa Neisa.

Nova opção de moradia: agora, perto da Unipampa

Por Felipe Severo

Um condomínio para estudantes universitários de São Borja está sendo construído no Bairro do Passo, na Travessa Olimpio Matheus, que dá acesso à Universidade Federal do Pampa

O projeto, de autoria do engenheiro José Domingos Moretti Lima, contará com 52 apartamentos quitinetes de 16m², distribuídos em dois pavilhões paralelos com dois andares, praça de alimentação, farmácia, lan house e segurança 24 horas. O proprietário Paulo Vanderlei Siqueira, que resolveu construir nos arredores da Universidade, disse que há tempos investe em construção civil, e agora decidiu fazer esse condomínio para os estudantes, principalmente os que vem de fora.

Siqueira, aposentado do Exército Brasileiro, disse ainda que as obras custarão em torno de R$ 330 mil, e que pretende finalizá-las até o final de 2009, para que os calouros de 2010 já tenham opção de moradia. Adiantou que o valor do aluguel será de 1 (um) salário mínimo nacional, com isenção ao pagamento de água e luz, e que irá ampliar a área conforme a demanda.

A obra, pré-batizada de “Condomínio Acadêmico”, não restringe outras pessoas que não sejam estudantes de morarem lá. Os apartamentos são destinados para acadêmicos, mas não exclusivos para eles.

Sendo um dos maiores problemas para o estudantes de outras cidades, a falta de opção de moradia será amenizada com essa nova proposta, mas não resolvida. São Borja nitidamente ainda está despreparada para a recepção deste público específico.

Interessados devem entrar em contato diretamente com o proprietário, através do telefone (55) 8433-2888 ou (55) 3431-5045.

Rastreabilidade beneficia produtores em São Borja

Por Aline Donato e Bruna Bueno

Grande parte dos pecuaristas visa a exportação de seus animais para o mercado externo, em especial, para a União Européia. Para que isso aconteça, no entanto, é necessário que a propriedade rural faça o rastreamento de seus animais. Este processo está sendo adotado por alguns pecuaristas do município de São Borja.

A rastreabilidade é um procedimento exigido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e é realizada por empresas certificadoras. Estas empresas fazem uma vistoria nas propriedades e avaliam se elas estão aptas ou não a receber o certificado do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV).

Após a aprovação, o pecuarista tem seu rebanho brincado, ou seja, são colocados brincos identificadores nas orelhas dos animais. Ao mesmo tempo, a propriedade recebe a denominação de Estabelecimento Rural Aprovado SISBOV – ERAS.

O processo de rastreabilidade compreende a identificação individualizada dos animais, garantindo um controle do rebanho, desde o nascimento dos animais até o abate dos mesmos. Além disso, ocorre um acompanhamento de todos os eventos relacionados à produção como, por exemplo, a vacinação, o controle de insumos, transferências e movimentações.

Conforme a gerente operacional de uma das maiores certificadoras que oferece o serviço no estado, Danúbia Moreira Alves, o município de São Borja apresenta um elevado número de fazendas que possuem o sistema de rastreamento: “Aqui em São Borja temos uma média de 12 produtores cadastrados e nenhum deles foi rejeitado pela União Européia”.

A gerente aponta ainda que o diferencial entre uma propriedade que tem seus animais rastreados de uma que não conta com os serviços está no fato de que o preço de venda no mercado é bem mais elevado. “O mercado paga um valor bem acima para quem rastreia, pois o controle é muito maior e são as certificadores que fazem essa monitoração”, conta.

Em São Borja, a adesão se dá, segundo Danúbia Alves, por uma visão empreendedora dos produtores da cidade: “A princípio o produtor sempre se assusta com o preço, mas depois entende que o retorno para quem consegue exportar é muito rápido”.

EAD desenvolve a educação em São Borja

Por Luana Raddatz e Kelen Rauber

Ontem, dia 16, aconteceu na Escola Municipal Ubaldo Sorrilha da Costa, o primeiro encontro presencial dos cursos técnicos de educação à distância do programa E-Tec Brasil em São Borja. O município é pólo presencial do curso, onde se realizam aulas e as avaliações mensais, junto com outras seis cidades do Rio Grande do Sul.

Os cursos técnicos oferecidos são gratuitos, de Agroindústria e Agricultura com ênfase em fruticultura. A duração é de dois anos com aulas à distância e presenciais, provas e estágios.

Vicente Fuhrmann, morador das proximidades da Escola Ubaldo, comenta que o programa desenvolverá a educação profissional, pois, sendo gratuito, possibilita a educação para quem não tem oportunidade.

O pré-requisito para ingressar é estar cursando ou ter concluído o ensino médio. A parceria é entre Governo Federal, Municipal e Instituto Federal Farroupilha, IFF, de Alegrete.

Serão abertos novos pólos em 2010. A condição é que as sedes tenham recursos de tecnologias como rádio, TV, hipermídia-interativa, internet, laboratórios de informática, data show que permite romper as barreiras da distância entre educação e comunidade.

Segundo Liliana Loebler, Coordenadora do EAD do IFF Alegrete, pelas perguntas que os alunos fizeram sobre os conteúdos nessa aula presencial, eles estão adquirindo conhecimento das aulas à distância.

Essa nova forma de ensino assegura a jovens e adultos trabalhadores, excluídos do sistema formal de educação, oportunizando uma alternativa de aprender buscando autonomia com estudo individualizado e independente.

A Coordenadora do Pólo de São Borja, Dalva Velasque, afirma que o público que procura os cursos é prefere o noturno. “Temos alunos donos de propriedades rurais e trabalhadores em geral”.

Animais peçonhentos: como prevenir acidentes e tratar

Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Nos grandes centros, os casos de acidentes com animais peçonhentos são raros, mas em cidades de economia rural, como é o caso de São Borja, a freqüência aumenta.

Cobras, aranhas e escorpiões são os animais mais comuns nesse tipo de acidente. Podem ser de várias espécies, mas são considerados peçonhentos apenas aqueles que produzem veneno e o liberam ativamente por dentes ocos, ferrões ou aguilhões.

Os acidentes geralmente ocorrem na zona rural, habitat natural desses animais, em especial a cobra. Assim, o principal obstáculo de quem é vítima de um acidente com esse tipo de animal é a distância, já que as pessoas devem deslocar-se o mais rápido possível para o hospital. O tratamento é feito com soro antiofídico (ou antibotrópico).

A enfermeira do Hospital Ivan Goulart, Aparecida Trindade, explica o procedimento realizado na pessoa encaminhada ao hospital: “dependendo do tipo de cobra, o paciente é atendido na emergência e internado para a aplicação do soro. São vários tipos de soro, se for uma cobra de um tipo é feito um soro daquele tipo, específico para a picada de cada cobra”. A enfermeira conta que muitas vezes as pessoas não sabem identificar o animal, mas as características ajudam o profissional da saúde a reconhecê-lo. “O médico acaba sabendo pela descrição da cobra. Mas a grande maioria mata e traz”, acrescenta.

A Diretora da Vigilância Sanitária, Janaína Leivas, conta que no ano passado houve vários registros de acidentes com animais peçonhentos na cidade. Nesse ano, mesmo com a seca, que ajuda na propagação desses casos, nenhum lhe foi relatado ainda. Mas ela alerta: “o fundamental é procurar imediatamente o plantão, porque se procurar soro antiofídico na unidade básica não tem. Só o hospital possui”.

Contudo, a frequência das picadas de cobras é maior nos animais, como vacas, cavalos e principalmente cães, do que no homem. “Se a cobra estiver com toda a quantidade de veneno, o animal não resiste. O diagnóstico é muito rápido porque as presas ficam no animal, geralmente no pescoço porque é quando ele vai pastar”, explica Janaína, sobre acidentes com animais em propriedades rurais. “O bom seria que cada propriedade tivesse um kit que contém o soro, vendido nas veterinárias, porque até que venham na cidade e voltem, demora muito. Além disso, no final de semana dificilmente uma veterinária abre”, adverte.

A maior incidência de animais peçonhentos e de acidentes na região Sul é durante épocas de calor e chuva, de dezembro a março. Para prevenir essas ocorrências, cuidados básicos são necessários, como usar luvas nas atividades rurais e de jardinagem e não andar descalço. Sapatos, botinas sem elásticos e botas evitam 80% dos acidentes, mas caso ocorra, os procedimentos indicados são a lavagem do local atingido apenas com água e sabão e deitar imediatamente a vítima para que o veneno não se espalhe pelo corpo, encaminhando-a imediatamente para o hospital mais próximo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Última Edição

Patrimônio missioneiro: a história esquecida em São Borja
Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Campanha incentiva o parto normal
Por Karin Franco e Chaiane Gomes

Os desafios da redação do vestibular
Por Adir Machado, Eduardo Silva e Francieli Keller.

Professora da Unipampa tem seu artigo aprovado em Seminário do Intercom
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Previna-se no inverno
Por Ligiane Brondani e Daiele Tusi

Atenção Motociclistas!
Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

O perigo joga ao lado
Por Leonardo Ávila e Rafael Balbueno

Patrimônio missioneiro: a história esquecida em São Borja


Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

São Borja possui o título de cidade histórica. Muitas imagens pertencentes à época das missões jesuíticas, datadas a partir do século XVII, estão localizadas no município. Muitas ainda estão sob posse de famílias que as mantêm desde a demolição da primeira igreja, mas várias delas encontram-se no Museu Municipal Apparício Silva Rillo, que passou por reformas em 2006. Dentre outras melhorias, foi feito o hall com expositores em vidro temperado, onde estão expostos os artefatos missioneiros, entre eles um quadro pintado a óleo, que é considerado uma relíquia por ser o único encontrado nos povos missioneiros.

Mesmo com a modernização do museu, a visitação ainda não é a ideal. Ainda assim, apresenta melhora, conforme o Orientador Educacional do museu, Cláudio Lúcio Gay Krieger: “a visitação tem sido maior de uns dois anos pra cá devido ao Departamento de Atividades Culturais ter despertado o interesse de resgatar a nossa identidade cultural, porque antes de ser a Terra dos Presidentes, aqui é terra missioneira”.

A desinformação sobre o patrimônio missioneiro já virou até caso de polícia em São Borja. No ano de 2007 repercutiu na mídia nacional o caso do pastor da Igreja Universal, Fábio Guimarães da Silva Pereira, que se apossou de duas imagens pertencentes a uma família da cidade. Uma delas foi queimada em um culto da igreja e a outra desapareceu. O pastor alegou não saber que as imagens, datadas de aproximadamente 300 anos atrás, eram oriundas da época das reduções e tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Hoje, a imagem queimada encontra-se no Museu Municipal.

Mas ao contrário do que se pensa, nem todas as heranças desse período se encontram no museu. Na Igreja Imaculada Conceição, localizada no bairro do Passo, encontra-se uma das maiores relíquias das missões: um altar entalhado em madeira. “As pessoas de fora vêm especialmente para conhecer o altar, já que é o primeiro altar missioneiro dessa região das missões. Talvez não seja tão divulgado, porque o pessoal daqui vem, acha bonito, mas não é a mesma coisa, não aprecia da mesma maneira que os de fora”, conta a secretária paroquial Ruti Lopes. A paróquia pretende fazer uma restauração do altar, mas é preciso autorização do órgão responsável pelo tombamento do artefato. O pedido foi feito à Câmara Municipal, mas os paroquianos ainda não obtiveram resposta.

Outros dois locais históricos remanescentes da época missioneira são as fontes utilizadas na época pelos índios e jesuítas. A fonte São João Batista encontra-se em bom estado de preservação e todos os anos é o ponto de chegada da procissão realizada durante a festa de “São Joãozinho Batista”, como chamam os populares. A colaboração dos moradores é fundamental para a preservação da fonte, já que muitas pessoas estabeleceram residência no terreno de acesso ao local. Por outro lado, a situação da fonte São Pedro é bem diferente. Por ser localizada em um terreno aberto ela não recebe o mesmo cuidado, e apesar de ter ligação com os fundos de várias residências ao redor do terreno, a fonte está aparentemente abandonada e sem nenhuma placa de identificação da prefeitura municipal. Segundo o diretor do DAC, Sidnei Fenerharmel, a prefeitura faz a limpeza da fonte a cada dois meses, mas ele concorda que é difícil preservar o local principalmente por ser um ambiente aberto. “É preciso ter o apoio da comunidade, não adianta a prefeitura fazer a manutenção se as pessoas continuam jogando lixo”, declara.

O historiador Rodrigo Maurer, que pesquisa sobre a história missioneira de São Borja, acredita que a pesquisa deve ser um instrumento de conscientização das pessoas. “A única saída é a pesquisa, são as universidades enquanto formadoras sociais e enquanto formadoras do cotidiano”, salienta. Ele também diz que o trabalho precisa ser divulgado em um âmbito maior: “é muito fácil falar e ficar arquivado. Não, eu acho que deve ter uma finalidade, uma função pra aquilo que tu vai falar”, finaliza.

Campanha incentiva o parto normal

Por Karin Franco e Chaiane Gomes

Desde o dia 11 de maio, está sendo realizada a campanha “Natural é o Parto Normal”, no Hospital Ivan Goulart, em São Borja. A campanha visa incentivar o parto normal, já que a percentagem de cesarianas é elevada no Hospital. Cerca de 52% dos partos realizados no último trimestre foram de cesarianas.
A meta da campanha é reduzir os partos por cesária em 27%. A todas as mulheres que optam pelo parto normal é distribuido um kit, contendo fraldas, contonetes e outros objetos doados pela comunidade.
Segundo a assistente social Aline Henrich, a maioria das mães não optam pelo parto normal porque têm medo da dor e, também, acham mais cômodo marcar o dia do parto.

Para a enfermeira Cristina Rodrigues, o que também faz com que as cesárias aumentem é o desconhecimento do parto normal. Segundo ela, dentre as vantagens do parto normal está o fato da amamentação ocorrer logo depois do parto, dentro da própria sala de parto. Na cesária, o leite pode demorar para “descer”, e assim a mãe e o bebê demoram para estabelecer um vínculo.

“É uma cirúrgia como qualquer outra cirúrgia (..), com riscos como qualquer outra cirúrgia, até mais, porque é uma modificação orgânica na mulher. Na gravidez, ela muda toda a estrutura orgânica e fisiológica, então, ela tem que se recuperar daquela fase que ela passou da gravidez, e mais a recuperação para repor as estruturas agredidas durante a cirúrgia.”, esclare o médico Odil Pereira.
Outra vantagem é o fato de que na hora do parto normal, durante sua passagem, a criança é massageada no canal de parto: “[o parto normal] ajuda, durante o trabalho de parto, para o amadurecimento do bebê”, conta o médico.

Dentre as mães que optaram pelo parto normal está Alessandra Rodrigues, 31 anos. Ela acredita que a mãe que possui um bom pré-natal e um bom acompanhamento sente-se mais segura para o dia do parto. Nos dois filhos que teve, optou pelo parto normal, pois a recuperação é bem mais rápida e ela tinha medo da cirúrgia. “Deus deu um dom, porque não usá-lo?”, finaliza Alessandra.

Programa Tudo Limpo recomeça em São Borja


Por Aline Donato e Bruna Bueno

Desde a última segunda-feira, 18 de maio, a comunidade são-borjense é beneficiada com as ações do Programa Tudo Limpo. Agentes da Prefeitura Municipal, equipados com o maquinário necessário, realizam um mutirão de limpeza pelos bairros da cidade.

Entre as principais atividades desenvolvidas pelos integrantes do Programa estão: retirada de entulhos, lixos e vegetação alta; limpeza nos bueiros e valas; podagem de árvores e conservação dos meios-fios.
O Programa Tudo Limpo, que teve início na administração municipal anterior, é uma parceria entre as Secretarias de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e de Serviços Urbanos, Obras e Trânsito, da Prefeitura de São Borja.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Odilon Bilhalva, o Tudo Limpo tem duas funções: “Em primeiro lugar, o programa pretende fazer uma limpeza em nossa cidade. Junto a isso, visamos diminuir a incidência de insetos que causam doenças como a leishmaniose e a dengue”.

Bilhalva aponta ainda que as ações do Programa começaram no Bairro do Passo, mas que toda a cidade será beneficiada: “Também contamos com a colaboração das pessoas para que mantenham a cidade limpa, pois, assim, elas vão estar ajudando a si próprias”.

A organização do projeto orienta que a comunidade faça a limpeza nos pátios e terrenos e deposite o entulho recolhido na frente de suas casas. Dessa forma, o trabalho da equipe, ao realizar a coleta dos materiais, será facilitado.

Para Nara Saraiva Pimentel, moradora da Rua Alberto Benevenuto, no Bairro do Passo, o Programa Tudo Limpo é benéfico para a sociedade. “Este projeto é bastante positivo, mas eu sempre digo que depende de cada morador, de cada um de nós, manter seu pátio ou a frente de sua casa limpa”, opina.

Os desafios da redação do vestibular

Por Adir Machado, Eduardo Silva e Francieli Keller.

A cada ano, a redação do vestibular possui mais importância no ingresso à universidade. Enquanto decai o incentivo à leitura e boa escrita na escola. Nos últimos tempos, as escolas vêm perdendo a qualidade de ensino, principalmente quando se trata de preparação para vestibular. Não é em vão que muitos jovens reprovam nos vestibulares na fase da redação.

A maioria dos vestibulandos reclama de ser a parte mais difícil para a aprovação, alegando serem muito complexos os temas solicitados na prova.

Para a professora de língua portuguesa do Colégio Estadual de São Borja (CESB), Rita de Cássia Gay, os alunos da escola concluem o ensino médio preparados para enfrentar a avaliação. É o caso de Wilian Kirinus e Francine Carvalho Mendes, que concordam com a professora, revelando sentirem-se prontos para a redação.

Segundo Rita, o CESB não possui um projeto específico para o vestibular, mas durante o período são disponibilizados textos específicos para os alunos interessados testar os seus conhecimentos.

O professor doutor da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Géder Parzianello, que já foi professor de língua portuguesa em escolas, analisa o formato tradicional de redação: “O formato condiciona o estudante a escrever em uma retórica vazia. Apenas a forma é valorizada. Corrige-se a estrutura, a ortografia, mas não corrigi-se conteúdo”.

Parzianello acrescenta que a construção argumentativa não vem recebendo a devida atenção que deveria: “A escola dá nota dez para redação de bom título, com um parágrafo de introdução bem feito, um desenvolvimento e uma conclusão bonita. Agora, se alguém pichar em um muro uma tese sociológica fantástica ainda assim será condenado”, conclui.

Professora da Unipampa tem seu artigo aprovado em Seminário do Intercom

Por Margane Escobar e Elder Jr.

O Seminário Temático da Globo/ Intercom que acontece de 01 a 04 de julho de 2009, no Rio de Janeiro tem como base esse ano a criação e produção dos programas de jornalismo da TV Globo, analisando estratégias de programação e agendamento; interação editorial redes-afiliadas; hotnews e softnews; coberturas especiais e repórteres emblemáticos.

A professora Cárlida Emerim, docente do curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo da Unipampa, campus São Borja, teve seu texto aprovado para participar do Seminário. Ela, que desenvolve pesquisas sobre Imagem, Televisão e Jornalismo e tem grande parte de sua experiência profissional na televisão, analisou no seu texto as mudanças no formato do jornalismo devido às novas tecnologias. E, em um diagnóstico crítico, apresentou os desafios do ensino em uma universidade em implantação, como é o caso da Unipampa.

Para a professora, a sua participação é uma oportunidade de ser avaliada e receber sugestões de profissionais conceituados na área de comunicação, como por exemplo: Antônio Hohfeld, Iluska Coutinho e José Marques de Melo, que constituem o comitê de seleção dos candidatos. Também considera importante o fato de representar a Unipampa e poder destacar a universidade fora do Estado. Trazendo para a comunidade acadêmica as novas discussões sobre jornalismo televisivo.
Logo após o seminário, a professora pretende ministrar uma palestra na Unipampa para os acadêmicos do curso de Jornalismo, com o objetivo de apresentar seu artigo e debater sobre sua experiência no Seminário.

A Intercom fornece certificado de Estudos Avançados aos participantes que encaminharem artigo sobre “Telejornalismo no Brasil”, até 60 dias após o seminário. A professora Cárlida pretende enviar um artigo, pois, considera a experiência importante para sua vida profissional.

Previna-se no inverno

Por Ligiane Brondani e Daiele Tusi

Doenças respiratórias se agravam e deixam pessoas debilitadas nesta época do ano.

As doenças respiratórias costumam ser mais frequentes no inverno, podendo ser transmitidas e provocando sintomas desagradáveis. O que leva ao aumento de até 40% nas consultas médicas em clínicas especializadas. A doença mais comum nesta época do ano é a gripe, que geralmente é transmitida porque as pessoas se encerram dentro de suas casas em pequenas peças, não permitindo que o ar circule, assim como em creches e transportes coletivos.

Estas doenças podem ser diagnosticadas através de uma consulta médica especializada, contudo, a tosse, a rouquidão, o nariz entupido, dores no peito, dores de garganta, garganta irritada, febre, dificuldade em respirar quando não está a fazer esforço (ao subir escadas, andar e fazer exercício) são alguns sintomas das doenças respiratórias. O tratamento mais aconselhável nem sempre é o farmacêutico, como ressalta o médico pediátra Luiz Carlos Porto: “O tratamento sintomático é o grande mercado da indústria farmacêutica. É só ver na TV o que tem de remédio para tosse e gripe. E ainda são corajosos a ponto de dizer: ‘Se não melhorou consulte seu medico’, só nesse país mesmo. A maioria dos remédios que aparecem na TV é desnecessária, tem muitos xaropes que é a mesma coisa, só mudam o nome e não são indicados pela medicina”, salienta Porto.

Acrescenta ainda, que o melhor tratamento é tomar bastante líquido para hidratar e o melhor expectorante é fazer nebulização com soro, que substitui o xarope.

O médico da Junta Militar do 3º Regimento de Cavalaria Mecanizada, Tiago Blanco Vieira, reforça formas de contração e prevenção de algumas dessas doenças mais freqüentes no inverno:
Asma: parar de fumar, evitar o acúmulo de ácaros em tapetes e carpetes, lavar agasalhos guardados por muito tempo antes de usá-los , promover a ventilação do ambiente

Pneumonia: em idosos com vacinas anti-gripais, e nas crianças com as vacinas dos calendários.

Rinite: Existem dois tipos de rinite: a viral e a alérgica. A viral é uma gripe mais acentuada, e a alérgica pode ser hereditária. A pessoa tem espirros frequentes e sequenciais, coriza o tempo todo, nariz e olhos avermelhados. Um modo de aliviar estes sintomas é diminuir a presença de agentes alérgicos e irritantes no nariz e em sua casa, como os poluentes e as substâncias químicas.

Sinusite: A sinusite é causada por uma inflamação dos seios da face. A pessoas sente dor de cabeça, febre, congestão nasal e dor nos seios da face. Para garantir uma boa função nasal basta fazer uma drenagem adequada das cavidades.

Atenção Motociclistas!

Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala
As motocicletas tem locais próprios para estacionar em São Borja. A mudança deve-se ao grande fluxo de veículos e ao aumento do número de automóveis e motos nas vias da cidade. Foram delimitados espaços para a colocação deste tipo de veículo em determinados dias da semana e horários. A sinalização destes locais é feita por meio de placas informativas e sinalização horizontal (no asfalto) e se localizam em esquinas, para facilitar a visibilidade dos condutores enquanto trafegam tanto de motos quanto de carros, assim evitando acidentes. Este novo tipo de estacionamento na cidade está valendo desde o dia vinte de abril, e só vale no centro, onde foram feitos oito destes locais.

Para estacionar motocicletas agora, durante determinados horários, não pode ser em qualquer lugar. Veja: em dias úteis, das sete até as dezoito horas, somente pode-se deixar a motocicleta nos locais sinalizados, próprios para elas; aos sábados das sete às treze horas, da mesma forma; aos domingos e feriados não existem restrições quanto ao estacionamento, pode estacionar em qualquer lugar delimitado como “permitido estacionar”.

Punições

Sobre as punições para o motociclista que não respeita esta nova forma de estacionar, o fiscal de trânsito Flávio da Silveira explica: “O motociclista que não respeitar, será penalizado com multa de caráter leve, terá de pagar o valor de R$ 85,12 e perderá de um a quatro pontos na carteira”. Silveira fala também sobre o caso de carro estacionar onde somente é permito o estacionamento de motos: “Se o carro estacionar onde só podem ficar as motos, o caso é diferente, porque aí a multa passa a ser de caráter grave, com perda de cinco a oito pontos na carteira e o valor a ser pago é de R$ 127,00.”

Lei divide opiniões

Entretanto a opinião dos condutores de motos divide-se. Osmar Oliveira, 48 anos, fala que anda de motocicleta há mais de cinco anos, e não acha necessário este tipo de estacionamento, segundo ele “a moto é um veículo pequeno e não atrapalha”. Opinião distinta de João de Assis, 35anos, que vê este fato de duas formas. A primeiro diz respeito à organização: “Com um lugar próprio para as motos, fica melhor e mais seguro de estacionar no centro”, argumenta Assis. Ele conta que também é proprietário de um carro, e como motorista achou a idéia muito boa. “Com estes estacionamentos vai acabar com aquelas motos que estacionam num lugar onde cabem dois carros e impossibilitam que outros carros estacionem”, conclui João de Assis.

Para quem deseja saber mais sobre o assunto é só entrar em contato com o Departamento Municipal de Trânsito (DMT), pelo telefone (55) 3431-4455 ou pedir informações para os fiscais de trânsito (azuizinhos) que trabalham nas ruas da cidade.