quinta-feira, 15 de julho de 2010

O lado B

Anderson Cogo
Ana Marcia Nilson
Marlon Ortiz
Muito se fala das mulheres ocupando seu espaço no mercado de trabalho. Todos os dias vemos crescer o número de advogadas, engenheiras, jogadoras de futebol, skatistas e militares. Mas o contrário não é tão comentado assim, os homens em profissões onde as mulheres predominam.

José Ubaldo Dutra, 58 anos, é artesão e artista plástico, iniciou a carreira nas artes por necessidade: "vivo do meu trabalho e de pequenas ajudas, moro sozinho", afirma. Há mais de dez anos ele trabalha criando colares, brincos e pulseiras, dos mais variados modelos, cores e tamanhos.

Dutra diz que nunca foi discriminado por ser um homem que vende bijouterias, mas que já sofreu preconceito por ser humilde: "já fui discriminado, mas sou limpo, tenho condições para encarar isso".

Outro exemplo de homem numa profissão dominada por mulheres é Amauri Vieira, 63 anos. Agora aposentado, Vieira trabalhou por quatro décadas como costureiro. Aprendeu o ofício com sua mãe e, numa fase ruim de finanças, aderiu à profissão. Nunca mais parou.

Embora tenha sua aposentadoria, Vieira continua costurando, é sua alegria, mesmo com as dificuldades nas juntas: “eu trabalharia bem mais, adoro costurar, mas tenho muita dor nas mãos por causa da artrite, agora no inverno então... Mas sempre que eu posso eu estou costurando!”.

O número de encomendas de roupas é grande, o trabalho de Amauri hoje é reconhecido, apesar de, no começo, ter sido recriminado. “No início, nem minha mulher me apoiava. Porque pouco a gente vê homem costurando, ela tinha medo do que os outros iam falar. No fundo, acho que ela tinha ciúme por eu costurar melhor que ela!”, ele ri e olha pra esposa, dona Joana.

Anderson Lamana, 21 anos, ingressou no curso normal, antigo magistério no ano de 2006. Nesta semana, está terminando seu estágio probatório na Escola Estadual de Ensino Fundamental Tricentenário. A educação infantil é uma das áreas onde as mulheres historicamente predominam.

Atuando em um 3º ano, com crianças na faixa dos 8 anos, ele diz que tudo aconteceu com naturalidade, embora os alunos tenham estranhado no começo. “Elas disseram que esperavam uma estagiária e não um estagiário!”, comenta aos risos.
Apesar de não ser tão corriqueiro um homem lecionando nas séries iniciais, segundo ele, tanto os professores da escola quanto pais o acolheram muito bem.

Outra profissão onde as mulheres predominam é a enfermagem. Alaor Aguiar Wercher atua na área há 8 meses. “Resolvi seguir a profissão por influência da família. Minha mãe era enfermeira e sempre me identifiquei, quis exercer ”.
Para Alaor, o melhor da Enfermagem é a realização profissional: “Esse lado humano que a carreira proporciona, nada substitui.”. Ter atenção, dedicação e carisma com os pacientes para ele é fundamental.

O enfermeiro conta que muitos ainda veem a enfermagem como uma profissão de mulheres por sua origem: “No passado, as primeiras enfermeiras eram prostitutas que cuidavam dos soldados na guerra. Aí pode ter surgido esse senso comum”.

Ele diz que o preconceito hoje com homens na área é menor: “Hoje os centros de enfermagem necessitam da presença masculina por sua força em relação às mulheres. A profissão exige, em muitos casos, carregar pacientes, depende da força bruta que só o homem possui”.

Motocross: o sonho de uma família

Daíse Carvalho
Larissa Lucero
Lenise Morgental

A paixão pelo esporte sempre moveu Getúlio Acosta Júnior. Ainda criança, ele já demonstrava interesse pela velocidade. O incentivo veio de seu pai Getúlio Acosta, que presenteou o menino com uma pequena motinho motorizada ao completar sete anos. A partir daí a união com as motos só se fez mais forte. Hoje, o menino é um jovem de dezesseis anos que coleciona troféus espalhados pela sala, quarto e escritório da casa de seus pais, conquistados representando São Borja em campeonatos estaduais.

Ao todo, Getulinho, como é conhecido e chamado pelos admiradores, já conquistou mais de duzentos troféus, em diversas categorias pelas quais compete.

Ele sabe da responsabilidade que carrega, pois é patrocinado por empresas são-borjenses que acreditam na vitória e sucesso do garoto. “Para mim, encaro como se eu fosse o combustível da moto, quando corro, acelero pra ganhar distância e manter, além de velocidade, é preciso estar atento”, conta Júnior.

Por ser um adolescente e ter várias tarefas escolares para conciliar com os compromissos correspondentes às corridas, quem sempre o acompanha de perto é sua mãe Gisele Acosta. “Comecei a acompanhar as corridas desde o dia em que ele caiu e machucou o maxilar, desde esse dia ele não se feriu mais. É um ótimo filho, tem uma cabeça muito boa, mas não é nada dedicado aos estudos”, preocupa-se Gisele, que cobra e incentiva o garoto a não descuidar das notas.

As inscrições nos campeonatos, horários e datas são cuidados atentamente por Getulinho, que se responsabiliza por conta própria. Getúlio Jr. possui quatro motos com motores diferentes, seu mecânico é porto-alegrense, mas geralmente quem dá um retoque ou soluciona problemas de emergência é seu pai. O principal incentivador, hoje vibra com cada conquista, com cada pódio e fica ao lado da pista torcendo pelo filho.

Segundo Getúlio (pai),” a vontade dos pais muitas vezes se realiza nos filhos. Eu tinha o sonho de vencer veloterras e campeonatos, mas as coisas não aconteceram assim. É melhor ver meu filho agora conquistando prêmios, é a realização do sonho dele”. Getulinho está regulamentado burocraticamente pra representar a cidade de São Borja, venceu corridas em Santo Ângelo e geralmente nas corridas é um dos mais novos a competir. “Novo em idade não quer dizer inexperiência”, ressalta Marcelo Lopes, que prepara as motos para as corridas e trabalha com Júnior desde o início das competições, em 2006.

O curioso na história é que nem seu pai, nem Júnior, o Getulinho, pensaram em profissionalizar essa paixão. “Corro porque gosto, não para ganhar dinheiro”, explica o guri, que sem presunção afirma levar uma vida tranqüila e feliz ao lado da família que o incentiva sempre.

Eu não penso eu sair daqui e ir correr pelo mundo. Eu quero correr e ganhar cada competição. O que vai acontecer depois eu não sei, ainda é cedo para dizer.

Bebidas que aquecem!

Camila Schmidt
Carmen Costa
Marlova Martin
Rafaela Thevenet

As baixas temperaturas do inverno em São Borja favorecem a busca por bebidas que aquecem e trazem sensação de bem-estar. Se no verão o refrigerante e a cerveja são os mais procurados, na estação mais fria do ano existe um leque muito grande de bebidas que podem ser apreciadas em nossa cidade.

Segundo a nutricionista Carolina Ruzzanti Alves, o organismo, para proteger-se do frio, acelera o metabolismo, necessitando de mais energia para que o corpo se mantenha aquecido. Ela sugere bebidas que aqueçam e que tragam benefícios para a saúde.

Fomos para as ruas saber a opinião de algumas pessoas sobre o que elas preferem beber nesta estação:

O comerciante Valmir Bezpauko, 40 anos, nos conta que sua bebida preferida é o vinho, pois, além de ser saboroso é medicinal.

A estudante Tamara Finardi, 17 anos, diz que gosta do inverno porque pode tomar a sua bebida predileta, o chocolate quente.

Para Joana Saratt, funcionária do serviço de nutrição do hospital Ivan Goulart, o café é indispensável nesta estação, pois além de ser gostoso, tira o sono durante o expediente da manhã.

Natã Nicolli, estudante, 18 anos, afirma que prefere chimarrão. É uma bebida que aquece o corpo.

A partir da enquete, veja abaixo uma lista de bebidas alcoólicas e não alcoólicas que podem ser encontradas em São Borja e também dicas e receitas para aquecer seu inverno com outras bebidas saborosas.

CHÁS
Para quem quer se aquecer e ao mesmo tempo cuidar da saúde, uma boa pedida são os chás. A expressão "chá de ervas" ou simplesmente "chá" é freqüentemente usada para qualquer infusão de ervas ou frutas. Os chás mais populares são os de alecrim, alfazema, arnica, camomila, catuaba, erva cidreira e doce, hortelã, jasmim, carqueja, menta, malva, e maracujá. Veja abaixo algumas dicas de que chás procurar para diferentes finalidades:

-Sistema digestivo:
Diminuição da secreção de ácido clorídrico e pepsina: Espinheira Santa, guaçatonga, zedoária e mil em ramas.

Proteção da mucosa gástrica: Alcaçuz, malva, espinheira santa, tanchagem.

Diminuição de dor com analgésicos e espasmolítico: Camomila, melissa, macela, sálvia, hortelã.

Carminativo (contra gases) – Funcho, erva doce, zedoária.

Digestivo: gengibre, pimentas em geral (utilizar com muita moderação), limão, carqueja.

-Sistema nervoso:
Alfazema: tem efeito mais harmonizador, é tônico dos nervos, calmante, indutora do sono, estimulante do cérebro.

Erva Cidreira/ Capim Limão: calmante, sedativa, hipotensora.
Alecrim: Tônico cerebral e digestivo, excitante, antidepressivo. Tônico do Sistema Nervoso Central.

Dica:
Para nós muheres uma boa alternativa para manter a forma são os chamados “chás emagrecedores” que na verdade auxiliam na digestão e inibição de apetite.

-Chá emagrecedor:
Chá verde, Alcachofra, Chapéu de coro e Hibisco

Chimarrão
Há quem prefira se aquecer com a bebida típica dos gaúchos, o bom e velho chimarrão. Além de saboroso, o chimarrão possui propriedades beneficentes para a saúde. Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades nutritivas, fisiológicas e medicinais no produto, o que lhe confere um grande potencial de aproveitamento. Na constituição química da erva-mate são encontradas: cafeína, vitmaminas, proteínas, sais minerais e, segundo especialistas, a erva-mate é considerada um alimento quase completo, pois contém quase todos os nutrientes necessários ao nosso organismo. O chimarrão, segundo institutos de pesquisas internacionais, é um tônico estimulante do coração e do sistema nervoso: elimina os estados depressivos, conferindo ao músculo maior capacidade de resistência a fadiga, sem causar efeitos colaterais.

NÃO ESQUEÇA:
A nutricionista Fernanda Pedron fala da importância da água na nossa vida, e que devemos beber sempre não importa a estação, nem a temperatura. Ela afirma ainda que: ”as pessoas só lembram de bebidas saborosas e calóricas, esquecendo sempre da que é mais importante para nossa saúde”.

São Borja diz NÃO às drogas

Luan Berti
Marcelo Reis
Tâmela Grafolin

A partir do dia 16 de julho, em São Borja, ocorrerá a campanha “São Borja Contra as Drogas”, que visa mobilizar a comunidade para alertar, informar, conscientizar e ajudar na luta contra as drogas. Uma iniciativa do Governo do Estado, em parceria com a prefeitura e com a RBS, que já vem trabalhando com uma campanha estruturada contra o Crack.

No dia 16, haverá durante todo o dia palestras e exibições de vídeos de conscientização contra as drogas nas escolas da cidade. “É pedido para os pais que leiam e expliquem os folders da campanha para as crianças menores, para que elas entendam os riscos do uso das drogas. A droga nas escolas é uma vivência diária, não tem como esconder e dependendo da classe econômica e da educação familiar, se torna mais nítido o contanto com essas substâncias”, ressalta Nídia Severo, orientadora Educacional da 35ª Coordenadoria Regional de Educação.

Segundo Ana Alice Marques, docente do Senac, “a campanha é um trabalho preventivo de orientação, sendo que a principal função é chamar a atenção da sociedade para o esse problema”. Antes do início do projeto, os voluntários receberam cursos e treinamentos para tornar o trabalho de conscientização mais eficaz. “Nós ouvimos relatos de ex-dependentes químicos e tivemos cursos sobre o tema para explicar melhor para a população”, relata Nilza Vieira, auxiliar administrativa do Senac.

Nos folders que são distribuídos nas ruas e nas escolas são apresentadas algumas das principais substâncias que são divididas em três tipos: drogas que diminuem a atividade mental (tranquilizantes, álcool etílico, narcóticos e os solventes), drogas que aumentam a atividade mental (anfetaminas, cocaína e o tabaco) e as drogas que produzem distorções da percepção (maconha, alucinógenos e o Ecstasy). Conforme Robson Friedrich, auxiliar administrativo do Senac, “muitos não sabem que o uso inadequado de analgésicos pode levar à dependência química, também o álcool e o fumo, que são substâncias lícitas, mas que devem ser erradicadas do convívio de crianças e adolescentes”.

No dia 18 de julho ocorrerá mateada de encerramento da semana de combate às drogas no Cais do Porto. Nesse evento toda a família está convidada a comparecer, pois também estão previstos shows e conscientização para a população presente.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Radiestesia: a busca do equilíbrio entre as radiações

Camila Schmidt
Carmen Costa
Marlova Martin
Rafaela Thevenet

Radiestesia vem da união de dois termos: a palavra latina radius, que significa radiação, e a palavra grega aisthesis, que significa sensibilidade. Dessa forma, Radiestesia é a arte ou ciência que estuda as radiações naturais dos objetos, ambientes e seres vivos.

A história


Estudos dizem que a técnica é milenar, mas foi no século XVI, com o inicio do período Renascentista, onde Deus deixa de ser o centro das discussões e o homem torna-se o parâmetro do mundo, que a Radiestesia ganhou força e milhares de adeptos pelo mundo.
No Brasil, a Radiestesia teve seu marco inicial com os trabalhos do padre Jean Louis Bourdoux, na cidade de Poconé, Mato Grosso. Ele diagnosticava e prescrevia remédios naturais pela Radiestesia.

O que é a Radiesteia?


A Radiestesia pode ser utilizada para diversas finalidades, como na investigação, localização de objetos e pessoas desaparecidas, ou até mesmo para identificar o melhor local para construir uma casa e identificação de problemas em carros e aparelhos eletrônicos, entre muitos outros.


Mas, é na área da saúde que a Radiestesia tem ganhado notoriedade. Especialistas afirmam que através da técnica é possível descobrir as causas e também o tratamento mais indicado para a pessoa que está com determinada doença.


Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.


Radiestesia em São Borja


Em São Borja, o único especialista na área é o advogado e radiestesista Sani Carpes. Para ele, as radiações emitidas pelo corpo são captadas através de pêndulos que indicam possíveis doenças a serem tratadas posteriormente.


Segundo Carpes, também é possível achar determinados objetos que foram perdidos. Ele afirma que, a primeira experiência que teve como radiestesista foi quando comprou uma fazenda, próxima a São Borja, e descobriu nas terras uma lata com objetos e ouro, que pertenceram ao antigo proprietário do lugar. “A pessoa já nasce com essa vocação, o que eu fiz foi estudar sobre essa minha capacidade, descoberta há 20 anos”, conclui Sani.


O especialista atende, em um único dia, quatro pessoas que fazem tratamentos baseados na radiestesia. Ele cobra cinqüenta reais cada consulta e atende na galeria Presidente Vargas.


Por mais que a radiestesia exista há muitos anos, existem pessoas que acreditam e outras que não. Ana Letícia Valiatti, estudante, 20 anos, afirma não acreditar na radiestesia para diagnosticar doenças e para achar objetos perdidos. “Pra mim, essa técnica não tem nenhum fundamento cientifico, parece impossível um pêndulo ser capaz de detectar uma doença”, afirma.


Já para Filipe Kirinus, 25 anos, dentista, a radiestesia e outras formas de medicina alternativa só trazem benefícios para as pessoas: “Tem muitos amigos meus que se tratam a partir dela e estão muito satisfeitos com o resultado”.

Culto à balança

Por: Andressa Schneider


“Talvez você, para não ter o trabalho de dietas e preocupações, tenha resolvido que não é gorda – é apenas gordinha.
Desculpe, mas é mesmo? Quantos passos além de “gordinha” você já deu? Cada pessoa tem seu próprio tipo. Mas ser gorda não é tipo; é talvez o tipo engordado. E isso não ajuda a ser sedutora.
Será que você não tem nenhum motivo para querer adelgaçar-se? Quero dizer com isso o seguinte: será que não há nada tão precioso para você obter e que a incentive o bastante a ponto de você considerar bem empregado o esforço de afinar-se?
Está bem, suponhamos que você é apenas gordinha. O que não tem mal. No entanto, há o perigo de você ser “ainda gordinha” – o que significa um futuro progressivo rumo ao “gorda”.
Cuidado, pois, enquanto ainda é muito simples tomar cuidado. “Gordota” já não é tão bom como “gordinha”. E “gorda” já piora o engraçadinho de “gordota”.
Clarice Lispector – Só para mulheres

No dia 3 de março deste ano, o estilista Mark Fast causou “furdunço” na semana de moda em Londres – algumas peças de sua nova coleção foram exibidas pela modelo Hayley Morlev, tamanho 48. Consideravelmente maior que as outras modelos, tamanho 32 ou 34. O jargão utilizado no ramo é “modelo pluz size”.

No mesmo dia, a ilustradora e blogueira Garance Dorè fez um comentário em seu blog: “Não deveria ser tanta comoção mostrar mulheres com corpos diferentes, mas às vezes isso é tratado como piada, ou é feito para chocar, como as modelos plus-size extra na passarela da Semana de Moda de Londres. Não é sempre uma coisa boa mostrar modelos plus-size porque não é fisicamente saudável e nem sempre favorece a moda. Seria legal a idéia de corpos diferentes serem tidos como normais em alguns anos, mas ainda não chegamos a esse ponto”.
Mark escreveu sua justificativa em seu próprio site: “Hayley é uma mulher maravilhosa, sexy e incrível. É importante continuar usando modelos mais curvilíneas, pois quero que saibam que minhas roupas vestem todos os tipos de corpos. Há mulheres reais que querem usar roupas de moda como qualquer outra pessoa independentemente do seu tamanho”.
Enquanto isso, na Semana de Moda em Nova York (que acontece nos mesmos dias da Semana de Moda em Londres) a modelo Coco Rocha recorria ao jornal The New York Times alegando ter sido barrada de desfiles por estar acima do peso. O problema teriam sido suas pernas, já que a modelo, que hoje usa tamanho 36, usava 34 no começo da carreira. Ela mede 1,78 e pesa 46kg, não se considera gorda – atribui o aumento no manequim a um simples fato: “Era uma adolescente e agora sou uma mulher, isso é absolutamente normal”. Coco causou comoção e revolta em diversos internautas descrevendo a realidade de outras modelos em seu blog pessoal.
No mesmo mês, a revista Vogue, especializada em moda, colocou no ar um site chamado Vogue Curvy. Feito apenas para modelos e mulheres Pluz Size. O site fala sobre moda, estilo, beleza, entrevistas, celebridades, saúde, dentre outros assuntos do mundo curvilíneo Além de um diferencial, a sessão stories, onde a revista digital busca referências de blogs e sites de mulheres com curvas que já tratavam deste tipo de assunto.
Na mesma semana foram divulgadas as fotos do editorial da revista Elle Francesa, também especializada em moda. Um ensaio de 20 páginas com a modelo Tara Lynn, tamanho 48. A modelo chega a aparecer seminua em algumas fotos.
O editorial veio com justificativa da própria editora chefe, Valérie Toranian:“Como jornalistas de moda, o que nos inspirou foi indagar se poderíamos utilizar modelos acima do peso e falar de moda, só isso. Não queremos desviar a atenção ao fato de que as modelos estão acima do peso. Usamos mulheres realmente gordas e não as que apenas são cheinhas. É muito mais interessante mostrar que as mulheres gordas também podem ser vistas de forma incrivelmente sexy.”
Também na metade de março o blog Love Magazine publicou fotos das modelos que desfilariam para a Louis Vuitton (consagrada marca de bolsas francesa) na Semana de Moda da França– as fotos com as modelos na ordem do desfile acabaram “vazando” na internet. Foram mais de 1800 comentários no blog, os adjetivos mais usados para descrever as modelos foram: anêmicas, cocainômanas, anoréxicas, alienígenas, horrorosas, heroinômanas, ossudas, depressivas e alucinadas. A própria Louis Vuitton teve de intervir para abafar as fortes polêmicas levantadas pelas fotos das meninas sem maquiagem.
Em mais um paralelo de todos esses eventos, durante uma palestra no INTEGRAMODA, que é o maior evento do ramo na Serra Gaúcha, o pesquisador e professor de moda Marco Antônio Hamerski palestrava sobre as macro-tendências mundiais de comportamento. A principal delas era a volta da feminilidade, da sensualidade e das curvas. Esse era um fenômeno mundial, e não apenas de “competição entre magazines”.
Talvez, a citação de Clarice colocada no início do texto, se publicada hoje em um blog qualquer, repercutisse 1800 comentários, igual ao caso da Louis Vuitton. E talvez fossem atribuídos a autora adjetivos como: “alienada” ou “comedora de alface”.

Doenças respiratórias se acentuam no inverno

Ana Marcia Nilson
Anderson Cogo
Marlon Trindade Ortiz

Rinite alérgica, resfriado, asma, gripe. São inúmeras as complicações causadas pelo frio. O inverno chegou e os cuidados com a saúde devem ser redobrados. É neste período que a procura por antibióticos e antitérmicos aumenta. Crianças e idosos são os mais afetados, geralmente por decorrência de seu sistema imunológico mais delicado.

Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia Cérvico-Facial, a cada sete pessoas no mundo, uma sofre com problemas respiratórios. Com dados da ABO, no inverno cada pessoa tem uma reação, que varia muito conforme as condições do organismo. Nosso sistema respiratório fica mais vulnerável, e as defesas do corpo operam com menos eficácia devido às baixas temperaturas.

A atenção deve ser redobrada com as crianças: “O pediatra recomendou para ela muita água, chazinho caseiro, frutas e verduras, para o organismo ter resistência”, conta Marizane Soares, mãe de Mariana, nove meses.

“O inverno pra mim é a pior estação, por causa da rinite alérgica. A todo o momento tenho dores de cabeça em função da alergia. Fiz a vacina da gripe A e melhorei uns 15%, mas ainda não estou normal”, conta Tiago Weis, que sofre da alergia há alguns anos.

O problema gera aumento no atendimento dos hospitais e também a procura de medicamentos nas farmácias e postos de saúde. Farmacêuticos confirmam que no inverno cresce a demanda por antibióticos e antigripais: “A procura por esses medicamentos aumentou 60% em relação a outro período do ano”, conta a farmacêutica Mara Munhoz.

As crianças e os idosos são os que mais buscam prevenção através dos antibióticos: “A gente observa uma presença maior deles. Pois possuem o sistema imunológico mais sensível e os remédios auxiliam no tratamento e ajuda a evitar os sintomas, que fazem muito bem. É melhor prevenir”, completa Mara.

Infelizmente, a poluição atmosférica se maximiza em ritmo acelerado, trazendo uma série de complicações respiratórias, causando transtornos para a população que vive em zonas urbanas. É comum conhecer alguém que tenha alergias como a rinite e bronquite.

Vacinação contra a paralisia infantil foi prorrogada em São Borja

Liane Godoi
Michel Benites
Pricila Bicca

“Vacinou é Gol”. O slogan da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, conhecida popularmente como Paralisia Infantil, não foi seguido a risca em São Borja. Com apenas 65% das crianças vacinadas, a Secretária Municipal da Saúde prorrogou, por tempo indeterminado a vacinação na cidade. A meta estabelecida é de imunizar pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos.

A campanha foi finalizada oficialmente no sábado, dia 12 de junho, em todo o país. Uma semana após o encerramento, o Ministério da Saúde fez um balanço geral de todos os municípios do Brasil. Ao checar os dados de São Borja, deparou-se com um número considerado inferior ao que foi estabelecido como meta oficial. Segundo o Secretário da Saúde e Vice-Prefeito, Jefferson Homrich, o resultado demonstra a necessidade de se aumentar a divulgação na cidade. “Infelizmente foi baixa a procura nesta faixa etária, por isso vamos intensificar a campanha para atingir, ou quem sabe até ultrapassar a meta”, falou Homrich.

Apesar da meta não ter sido alcançada, muitos pais já levaram seus filhos para receber a sua dose na Central de Vacinas. Joseane Pereira é uma delas. A empregada doméstica já levou sua filha, Raiana, de 2 anos, para receber a primeira dose da vacina. “Com certeza, já levei sim. Isso é muito importante para nossa saúde, afinal, devemos ter o máximo de cuidados com os nossos filhos”, disse Joseane.

A vacinação prossegue na Central de Vacinas, que funciona no antigo Hospital São Francisco de Borja, de segunda a sexta, das 7h às 20h. Até o momento, 7, 3 milhões de crianças foram vacinadas no Brasil. A meta é vacinar 14, 8 milhões. Dia 14 de agosto será aplicada a segunda dose da vacina.

Projeto de Lei Municipal visa segurança para a construção civil

Luan Berti
Marcelo Reis
Tamela Grafolin

A Câmara Municipal de Vereadores, em parceria com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), criou um projeto de lei que torna obrigatória a realização de vistorias periódicas nas edificações da cidade. O Projeto de Lei foi proposto com a finalidade de evitar que acidentes ou desabamentos ocorram no município.

O Engenheiro Civil e Membro da Comissão de Engenharia Civil da Inspetoria do CREA-RS de Uruguaiana, Edi Pessano, explica que as normas para a vistoria dos prédios foram criadas pelo CREA e servem para todas as cidades. De acordo com o Engenheiro Civil, a fiscalização feita por um profissional habilitado junto ao Conselho deve ser feita da seguinte maneira: “O fiscal, habilitado pelo CREA, apresenta uma notificação ao proprietário, ou representante legal do prédio, estipulando um prazo de 30 dias para que seja apresentado um Laudo Técnico e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do laudo. Se não cumprido esse prazo, o fiscal retorna ao local e entrega um auto de infração ao proprietário e, em seguida, ele receberá uma multa.”

Mesmo sendo uma cidade com prédios antigos, São Borja não possuía uma lei que salientasse a importância da fiscalização tanto das novas construções como de edifícios mais antigos. A fiscalização e manutenção dessas edificações são uma forma de precaução para que não ocorram casos como o do desabamento de uma boate em Porto Alegre, há um ano, onde 94 pessoas ficaram feridas.

Se aprovada, a lei prevê que todos os edifícios da cidade apresentem um Laudo Técnico de Inspeção Predial. Através do laudo serão verificadas as condições de estabilidade, segurança, salubridade, desempenho e habitalidade dos prédios. O Laudo Técnico deve ser elaborado e fornecido por um engenheiro ou arquiteto habilitado e com registro junto ao CREA-RS para ser apresentado à Prefeitura. Se for constatado, através da vistoria, que o prédio precisa de reparos, o seu proprietário ou representante legal possui 90 dias para efetuar as modificações necessárias.

Semana de Prevenção contra Incêndios

Ana Paula Kemerich
Luciano Costa

O Corpo de Bombeiros de São Borja iniciou neste sábado, 26 de junho, a Semana de Prevenção Contra Incêndios. A programação se estenderá até sexta-feira, dia 2 de julho, dia do bombeiro.

O comandante da corporação, sargento Adilson Araújo, atenta para as diversas atividades programadas. Ele lembra que o Corpo de Bombeiros realiza ações de prevenção durante todo o ano, sendo intensificada ainda mais durante o decorrer desta semana.

“Serão ofertadas palestras nas escolas, exposição de materiais e equipamentos na praça XV de Novembro, distribuição de material educativo, entre outros, e no fim da semana serão desenvolvidas atividades internas da corporação, atividades esportivas e confraternização, com almoço, da 3º Seção de Combate a Incêndio”, conta o sargento.

Segundo a professora da rede municipal de ensino, Tereza Marques, 55, promoções como estas “estimulam a população, e principalmente os aluno, a reverem suas atitudes diárias em casa, principal local onde ocorrem incêndios por descuido”.

O corpo de bombeiros ainda promove visita de estudantes às instalações do quartel, exposição da rotina da corporação, desde o chamado de atendimento de ocorrências, procedimento de locomoção e atuação em incêndios.

Além disso, intensificam-se as atividades da Campanha do Agasalho 2010, com recolhimento de donativos, que serão encaminhados à Secretaria de Assistência Social do Município.

Unhas coloridas: beleza e personalidade

Ana Camila Costa
Gabriella Oliveira
Marcia Solares


O costume de pintar as unhas surgiu provavelmente na China há aproximadamente 3000 anos a.C e as cores estavam relacionadas à posição social do individuo. Os primeiros esmaltes eram feitos de uma mistura de goma arábica, cera de abelha, clara de ovo e gelatina. Na época não havia muitas opções de cores.


Hoje, sem pretensões históricas, as cores azul, amarelo, verde, rosa e laranja, com variações nos tons e combinações, são as marcas registradas da moda e da beleza nas mãos.


Em São Borja, os esmaltes coloridos foram aderidos pelas mulheres. A acadêmica de jornalismo Suelen Soares, que tem o hábito de pintar suas unhas, mudou o tom da cores que costumava usar. “Eu sempre gostei de esmaltes mais claros e discretos, mas no verão passado veio esta tendência dos coloridos, então eu resolvi testar, até porque não é toda cor que fica bem para pele negra e acabei gostando. Eles combinam com as minhas roupas e com o meu estado de espírito”, afirma a acadêmica.



As manicures tiveram que variar suas opções de tons para agradar as clientes. Por ser frequentadora assídua dos salões, a auxiliar administrativa Daniele Balbueno é um exemplo de jovem que gosta da variar as cores. “Gosto de estar com as mãos bem feitinhas, me sinto bem. Faço uma vez por semana com manicure, tenho horário fixo com ela, as minhas cores preferidas são o vermelho e o rosa, mas agora, com a Copa do Mundo, o verde e amarelo são as que eu mais uso”, conclui.


O colorido das unhas não está só associado à beleza para mulheres, mas também é sinônimo de personalidade e auto-afirmação em alguns grupos de adolescentes ou “tribos”. Quem ganha com tudo isso são os fabricantes, que laçam no mercado novas cores ou tons para a felicidade daquelas que sempre procuram estar na moda.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fora de cena?

Anderson Cogo
Ana Marcia Nilson
Marlon Ortiz


Nesta sexta-feira completa um ano da morte do ícone da música pop, Michael Jackson. Em 25 de junho de 2009, na cidade de Los Angeles, o cantor sofreu uma parada cardíaca por causa de uma overdose de medicamentos. Apesar dos socorros médicos, o cantor morreu às 18h26min, horário de Brasília.

Conhecido por suas excentricidades, Jackson representou não só as dores da fama como grandes revoluções no mundo dos espetáculos. Mesmo um ano após sua morte, o legado do cantor mantém-se forte em seus fãs e naqueles que se inspiram no seu trabalho.

“Jackson foi um ídolo da geração dos anos 80, ultrapassando as barreiras do tempo. Representou uma nova forma de música, expressão corporal e musical. A partir dele foi possível iniciar uma nova cultura no mundo da dança”, lembra o administrador de empresas Adriano Zanela, fã do artista desde a juventude.

O aclamado “Rei do Pop” trouxe novos moldes para a indústria da música, mas também acresceu muito nas coreografias, segundo a professora de dança Mara Cabral. “Michael fez toda uma revolução, com novos movimentos e, principalmente, mostrando que a dança não era apenas para as mulheres. Hoje, quando se fala em dançar Michael Jackson aqui na academia, os meninos gritam e começam a fazer os passos dele”, acrescenta Mara.

Longe dos palcos há 12 anos, Michael preparava seu retorno com a turnê “This is it”, mas não concretizou o projeto. Depois de sua morte, os pedidos de músicas de seu repertório nas rádios de São Borja cresceram: “Antes a música dele tocava só de vez em quando, na sessão de clássicos. Após o acontecimento, passamos a tocá-la durante todo o dia, manhã, tarde, noite”, comenta Marcos Rogério Rodrigues, programador musical de uma das emissoras.

“Na música pop, Michael trouxe um novo estilo, o pop teve uma grande mudança com ele”, destaca o tecladista Wagner Caetano. Referência para diversos artistas, Michael Jackson continuará a influenciar o mundo dos espetáculos por muitas gerações ainda. Nem mesmo a morte o tirou de cena.

Semana é de homenagens a Aparício Silva Rillo em São Borja

Liane Godoi
Michel Benites
Priscila Bicca

"Quanta carreira embrulhada
na cancha-reta da estrada
tu me fizeste ganhar!
Quanta tropa de mentira
repontei estrada afora
te cutucando com a espora nervosa do calcanhar!"
(Petiço Velho, in
Cantigas do tempo velho, 1959)

O autor do poema acima é um dos mais reconhecidos escritores tradicionalistas do Rio Grande do Sul. Natural de Porto Alegre, morou muitos anos em São Borja, onde escreveu e difundiu o seu trabalho. E para relembrar e homenagear sua vida e obra, está acontecendo desde a última terça-feira, a Semana Cultural Aparício Silva Rillo. De responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, a programação do evento está sendo realizada na cidade com atrações como: visita de escolas ao museu municipal, palestras, sarau poético e o relançamento de um livro do autor.

O evento, que acontece na cidade desde 1996, foi criado através do surgimento da Lei Numero 2.415/96, idealizada pelo então prefeito Luis Carlos Heize. Para a diretora da Biblioteca e Museu Municipal, Norma Buchet, a Semana Cultural é muito importante, pois essa é uma das formas para se divulgar não só o poeta que foi Aparício Silva Rillo: “Além de todo o trabalho dele que é enorme na poesia, para nós é importante ressaltar o historiador. Ele é um dos únicos que escreveu a história de São Borja. Essa é a principal importância para nós, o campo histórico, onde ele conta o surgimento do município”.

O Departamento de Assuntos Culturais (DAC), que é um dos organizadores da Semana Cultural, também está auxiliando no desenvolvimento da programação. Segundo a Assessora do DAC, Vaine Fonseca, o setor, que faz parte da Secretária de Educação e Cultura, teve papel muito importante para a realização do evento: “A nossa participação é com a mobilização, junto à família Rillo, aos leitores, a comunidade são-borjense, enfim, no incentivo de mostrar para o município quem foi Aparício Silva Rillo e sua expressão literária para São Borja”, ressaltou Vaine.

As crianças que estão visitando o Museu Municipal mostram-se bastante interessadas pelas obras do autor. A estudante do Colégio Municipal Sagrado Coração de Jesus, Karem Freitas Garcia, de 11 anos, foi uma das que demonstrou bastante curiosidade ao visitar o local: “Achei muito legal. Aqui todo mundo pode vir pegar livros e estudar a hora que quiser. Mas o que mais gosto é dele ser são-borjense”.

O professor Alvino Felício, do Colégio Estadual Getúlio Vargas, fez questão de levar os seus alunos para conferir a exposição sobre Rillo. Para ele, o poeta serve como exemplo para os jovens são-borjenses: “Qual é a cidade que tem o privilégio de ter um autor como ele? Se trabalharmos junto aos nossos alunos essa questão e mostramos a importância que isso tem, com certeza no futuro teremos muitos outros Aparícios”, falou Felício.

Dia 23 de junho é a data de falecimento do autor. Nessa data ocorreu o relançamento do livro “São Borja Em Perguntas E Respostas”, segunda edição, 1982. A Semana Cultural Aparício Silva Rillo prossegue até o próximo final de semana.

Artigos sexuais em evidência em São Borja

Ana Paula Kemerich

Luciano Costa


Lingeries eróticas, massageadores, óleos aromáticos, fantasias... artigos eróticos fazem parte de uma indústria que tem crescido muito nos últimos dez anos. No Brasil, a comercialização desses produtos tem movimentado cerca de um bilhão de reais anualmente. Mas não pense que a utilização de artigos eróticos é novidade do século XXI.

A história do strip-tease inicia-se com Inanna, deusa do amor e da atração sexual para os sumérios. Segundo a lenda, para recuperar seu amante, ela faz uma dança onde remove um por um dos seus sete véus, esse ritual está registrado nas tábuas sumerianas da Mesopotâmia de 4.000 a.C. A dança perpetuou nos séculos e existe até hoje como símbolo de sedução e fetiche masculino: a dança dos sete véus. Já a popularização do strip-tease deu-se no século XX, a partir da década de 30, com os famosos bordéis.

Outro item, o óleo de oliva, era utilizado na Grécia antiga de forma medicinal. Por volta de 350 a.C começou a ser usado como contraceptivo e tempos depois como acessório sexual. Porém, os primeiros lubrificantes naturais surgiram em 1653, quando médicos da época descobriram que a essência de certas ervas, além de estimular as mulheres, ajudava também no tratamento da histeria.

Na década de 40, em função da II Guerra Mundial, o governo alemão desenvolveu a primeira boneca inflável da história. Um dos motivos para sua criação foi para evitar a perda de soldados por contração de doenças venéreas com prostitutas em cabarés, porém, o invento não chegou a ser utilizado.

Atualmente, os artigos sexuais deixaram de ser um tabu, tanto na sociedade quanto na intimidade do casal. Felipe, 29, e Daniele, 25, (nomes fictícios) casados há três anos e que utilizam algumas dessas invenções. “Quem trouxe a novidade foi Daniele, algum tempo depois que começamos a namorar. Eu sempre achei interessante e pensava em sugerir algo, mas ela me surpreendeu”, conta o universitário.

O casal, que está junto há oito anos, diz estar sempre ligado em novidades e que existem muitos acessórios interessantes e divertidos, mas que ainda não experimentaram. Daniele conta que sempre conversa com as amigas, mas que uma boa parte delas tem um pouco de receio quando o assunto é sobre artigos sexuais, e que ela mesma sente-se um pouco constrangida em ir a lojas especializadas.

“Eu costumo comprar pela internet, em sites especializados e também compro direto de uma revendedora que vem direto à minha casa. Raramente vou à loja, mas quando vou, o Felipe me acompanha”, revela Daniele.

Ivana Robalo, 30, vendedora de sessão sexshop, afirma que: “todos os produtos são vendidos com êxito. Não há resistência na compra dos produtos, próteses, perfumes afrodisíacos, óleos e acessórios, são muito bem recebidos pelo público”.

A psicóloga Magda Rillo, 35, explica sobre a importância de se investir numa boa saúde sexual. “Pois no decorrer da existência humana, precisamos encontrar novas formas de nos satisfazermos, pois sexo atravessa qualquer um de nós, a todos nós, pois sem ele não estaríamos vivos. Então, a forma como ele acontece na vida de cada um é algo muito particular e principalmente, experimental. Sexualidade é aquilo que nos funda, é aquilo que nos faz homem e mulher e seres desejantes, sexo não diz de vida, desejo, busca... e não deve ser inibido”, conta.

Um novo caminho para as bicicletas

Luan Berti
Marcelo Reis
Tamela Grafolin

O artigo 255 do Código Brasileiro de Trânsito diz que conduzir bicicleta em locais não permitidos, como parques, praças e calçadas, ou guiá-la de forma agressiva, é infração média, sob pena de multa e remoção do veículo. Também é proibida a circulação de bicicletas no sentido contrário do trânsito, quando não houver ciclo-faixa nas ruas.

O problema é que, quando sete mil ciclistas (número estimado em São Borja, segundo o Departamento Municipal de Trânsito - DMT) resolvem ignorar as normas, em parte ou totalmente, o trânsito nas vias urbanas se torna ainda mais complicado e perigoso, acredita o diretor do DMT, Argeu Bogado.

“A maioria dos ciclistas desconhece as regras de trânsito. Cometem direção agressiva e fazem malabarismos nas ruas. Eles andam na contramão, se espalham pela rua, em vez de andar em fila, e ainda obstruem a passagem dos veículos motorizados”, explica Bogado.

A frota de veículos de São Borja chegou, em 2010, à proporção de um carro para cada três habitantes, segundo dados do Detran. Imagine essa quantia de automóveis se espremendo em vias estreitas, onde os principais bancos, cartórios e lojas se concentram em meia dúzia de ruas acopladas no centro da cidade. Para Bogado, a infraestrutura não acompanhou o crescimento da frota, e a cidade não está preparada para comportar adequadamente veículos motorizados e bicicletas, que passam a figurar como as principais responsáveis por acidentes em vias urbanas.

“Nestes últimos dois anos, tivemos mais acidentes com danos materiais, poucos com vítimas. Entre os acidentes com danos físicos, quase sempre é ciclista ou motociclista, que estão desprotegidos nesse trânsito conturbado”, afirma o diretor.

Para tentar desafogar o trânsito e diminuir o tráfego de bicicletas entre os veículos automotores, uma ciclovia foi projetada, através de recursos liberados pelo programa Mobilidade Urbana, criado pelo Ministério das Cidades, com o objetivo de reduzir o número de mortes no trânsito.

A ideia de se construir uma ciclovia surgiu em 2005, mas a liberação dos recursos só ocorreu em 2008, e a conclusão da obra ainda pode demorar, como explica o Diretor do Departamento municipal de Captação de Recursos, Julio Cezar Vieira: Falta abrir o processo licitatório para ver qual será a empresa que irá construir a ciclovia. Só que a assinatura do contrato só vai acontecer ano que vem, porque o ministério não pode repassar verbas durante esse período eleitoral. A partir da assinatura do contrato, o prazo é de seis meses para a empresa finalizar a obra”.

Com investimento de cerca de R$ 350 mil, a ciclovia terá dois quilômetros de extensão, na Rua Júlio Tróis, no sentido Norte/Sul, e na Rua Venâncio Aires no sentido Sul/Norte.

“A ideia é que uma rua vá e outra venha. Cada uma tenha um sentido”, explica Vieira.

De acordo com o projeto de engenharia, a ciclovia será pavimentada, terá faixa exclusiva e sinalização própria. E a utilização do espaço pelos ciclistas será obrigatória, informa a assessora do Departamento de Captação de Recursos, Gisele Siqueira: “Se o ciclista andar fora da ciclovia e se acidentar, ele não tem direito a nada. E pode ser penalizado por andar fora do local determinado. As bicicletas são consideradas meio de transporte e devem obedecer às leis de trânsito. Não podem andar contramão, por exemplo”.

Blogs e blogueiros...

Andressa Schneider

Donas de casa, jornalistas, estudantes, acadêmicos, adolescentes, manicures, médicos, desocupados, políticos e profissionais da Nasa. Se você precisasse saber a opinião de cada uma dessas pessoas sobre um determinado assunto, o que você faria?
Há 20 anos a solução seria obter dados através de uma daquelas pesquisas de mercado, com atendentes batendo de porta em porta e traçando perfis monetários e psicológicos através de questionários.
Mas, atualmente “opiniões” são infinitamente mais fáceis de encontrar. Em poucos segundos podemos abrir páginas na internet com opiniões de cada uma destas pessoas sobre determinado assunto.
Esse método incrível de identificação do indivíduo se chama BLOG.

Um exemplo:
A copa do mundo.
Em blogs esportivos havia a indignação de quem não teve seus jogadores favoritos convocados, enquanto outros aplaudiam o time que iria para a África. No setor da moda anunciavam esmaltes e coleções de lojas para a copa, além da “maleta da taça” feita pela grife Louis Vuitton.
Blogs dedicados à culinária postaram receitas de petiscos para oferecer durante os jogos da seleção, enquanto as páginas de decoração ensinavam a dispor os móveis ao redor da televisão para receber convidados e procuravam objetos para decorar a casa com “temas da copa”.
Os blogs de turismo selecionavam pousadas, parques turísticos, hotéis e restaurantes famosos na África do Sul. Sem falar na quantia de blogs variados dando “pitaco” em tudo o que achavam interessante.
Uma verdade hoje é a de que tudo pode ser blogável, e sempre tem um blogueiro de plantão.

A história:

Marcos Bonito é professor da Universidade Federal do Pampa, Mestre em Comunicação, especialista em cibercultura e TI, Comunicólogo, Pesquisador, Jornalista e blogueiro. Ele resumiu a história do surguimento dos blogs:

O Cenário: No início da década de 90 havia uma grande demanda de pessoas querendo publicar conteúdos próprios na rede, existiam para isso sistemas de páginas gratuitas como o Geocites e o HPG (Home Page Grátis).
Embora estes sistemas fossem bastante “toscos”, eles permitiram que "pessoas comuns", que apenas tinham intimidade com a navegação na internet, pudessem publicar seus conteúdos em páginas ou até mesmo sites.

As preocupações: O modelo de negócio não era lucrativo e naquele momento não se sabia como ganhar dinheiro com a internet.
Tanto os Geocites quanto alguns HPG’s desapareceram do mapa da web, e muita gente ficou "órfã".

O Desenrolar: O fim dos sistemas gratuitos de publicação de páginas abriu uma possibilidade para novos modelos de negócio. Várias empresas procuraram técnicos para desenvolver suas páginas, e surgiram os "webdesigners" amadores. Em seguida, os diversos cursos profissionalizantes e mais tarde os cursos universitários.

O surgimento: Neste meio tempo (entre o fim do HPG e do GEOCITIES) foi que os blogs apareceram.
Primeiro para servirem à nova geração de internautas, jovens que já foram alfabetizados com o computador, serviriam como um "Diário" para adolescentes...

Consequência: Como eram simples de se lidar, acabaram seduzindo à geração mais antiga que tinha inúmeras dificuldades para lidar com as novas ferramentas tecnológicas. Várias pessoas se apoderaram dos Blogs para publicar seus conteúdos personalizados, e criar um espaço próprio na web.

Identificação: Os profissionais que melhor se identificaram com os blogs após seu surgimento foram os jornalistas, que perceberam nele uma ferramenta diferenciada para publicação de conteúdo. Alguns jornalistas inclusive enxergaram nele a real possibilidade de se tornarem editores de seu próprio conteúdo.

Definição: O termo blog vem de "weblog". Ele foi criado a partir de um trocadilho feito pelo blogueiro Peter Merholz, que, de brincadeira, desmembrou a palavra weblog para formar a frase we blog ("nós blogamos") na barra lateral de seu blog Peterme.com.

Atualmente: Para criar um blog basta cadastrar-se em uma plataforma. As ferramentas Wordpress e Blogger são as mais populares, pois além do fácil cadastro permitem a personalização da página.

Como montar um blog:

Lia Camargo é responsável pelo blog da revista Capricho e da revista Gloss, e dona do blog Just Lia, um dos 100 blogs mais influentes do Brasil de acordo com o Technorati. Ela criou em seu blog um mini-manual baseado na própria experiência para auxiliar novos blogueiros na montagem de sua primeira página.
Lia destacou os seguintes itens:

1. Nome do blog – O nome do blog é o primeiro passo, e é na criação dele que o blog ganha seu endereço (URL). Não deve ser complicado, com muitas palavras ou de escrita difícil, pois as pessoas devem lembrar com facilidade –

2. Hospedagem - Existem duas opções: Gratuita e Paga. O ideal é começar com o gratuita e só trocar para o pago depois de algum tempo de experiência bem sucedida.
Gratuito: Se você vai fazer um blog gratuito, escolha um dos publicadores gratuitos e se cadastre: Wordpress, Blogger, BliG, Pop Blog, Blog-se, Blogger.com.br, My 1 blog, Pitas, Diaryland, LiveJournal, The Open Diary, Xanga.com, Blog-City , Blog Studio, WebCrimson, Blogsome. Para descobrir o melhor serviço, crie contas e teste, e navegue um pouco em blogs de outras pessoas que usam esses sistemas.
Pago: Se você vai pagar pelo blog, gastará com duas coisas: domínio e hospedagem. O domínio é pago uma vez por ano (cerca de R$30,00), já a hospedagem é paga mensalmente.
A diferença principal são as ferramentas de publicação que cada um oferece.

3. Layout - Os publicadores gratuitos possuem muitas opções de layout. Mas você pode googlar por “template shop” ou “wordpress themes” pra encontrar layouts bonitos e gratuitos pro seu blog.
Postagens

4. Assunto
Blogs focados em um determinado tema costumam fazer mais sucesso, pois viram referência daquele assunto e o blogueiro pode se dedicar totalmente. Nesse caso, o seu blog pode falar exclusivamente de algum seriado, filme, artista, sobre sapatos, sobre cachorros, etc.

5. Imagens
Postagens sem imagens são cansativas de ler. O ideal é tentar sempre ilustrar com alguma foto ou imagem.
Quando as imagens não forem suas não esqueça de linkar o site ou blog de onde você as retirou.
Socialização
Ter um blog legal, bem cuidado e bem atualizado fará com que os visitantes retornem. Porém, você precisa dedicar alguns esforços pra que as pessoas conheçam seu blog e possam se tornar visitantes:

6. Linkagem
Linke outros blogs que gosta e sugira troca de links para blogueiros com blogs que tem a ver com o assunto do seu (e nessa hora, cuidado: dar links deve ser uma coisa boa e espontânea e não uma troca obrigatória de favores).

7. Comentários
Comente sempre nos blogs que gosta e responda os comentários que deixarem no seu blog. Se você não mostrar que dá ouvido aos comentários do seu blog, as pessoas vão desistir de comentar.

8. Redes Sociais
Você pode se beneficiar de redes sociais pra divulgar seu blog. Twitter, por exemplo, te ajuda a contar aos seus seguidores que tem post novo no blog, uma comunidade no Orkut pode contribuir pra interação entre seus leitores.
Manutenção

9. Atualizações
O blog precisa ser atualizado pelo menos 4 vezes por semana. Se as pessoas voltam no blog e não vêem novidade, aos poucos elas vão esquecer e parar de visitar.

10. Falta de tempo / Falta de idéias / Falta de vontade
Você criou o blog e percebeu que não é a “sua praia” fica a seu critério deletar o blog, ou simplesmente deixar um post de Adeus. Mas não deixe ele largado sem explicação para sempre, no limbo da internet. Se matou, trate de enterrar!

Tendências Outono Inverno 2010

Camila Schmidt
Carmen Costa
Marlova Martin
Rafaela Thevenet

Cores da Estação
Uma das influências mais importantes para o Outono Inverno 2010 é a volta ao estilo dos anos 80. Todas as coleções têm sido muito coloridas, incluindo cores néon, como laranja, rosa, azul cobalto, tons de verde, amarelo, violeta e vermelho.
“Será um ano envolvido por uma onda de sensações, sentimentos e emoções. Será um show de atitude, respeito, personalidade, inovação, design e responsabilidade social”, relata a lojista Susi Torres.
Os tons suaves, inspirados nos elementos da natureza: terra, mar, legumes e frutas não ficarão de fora nesta estação.

O que calçar
Neste inverno, aquelas cores cheias de energia que apareceram no verão irão dar lugar a tons mais escuros e sóbrios, como preto e cinza. O colorido da temporada fica por conta de tons mais fechados de vermelho e vinho, além de azuis e verdes.
Segundo a vendedora Camila Jardim, as botas são o verdadeiro clássico para os meses de baixas temperaturas. A aposta em 2010 são os modelos com canos longuíssimos, que chegam às coxas, as ankle boots e também as de estilo country.
Os sapatos são aqueles com o bico mais arredondado. Os modelos aparecem tanto em versões mais básicas como em couros diferenciados, com textura, pele de píton, correntes, tachas, e entre outros.

O que vestir
As tendências são muitas para o inverno 2010. “Linhas retas, silhueta justa, cintura alta, leggins de tecido inteligente e em vinil, roupas curtas e a permanência dos vestidos bandage terão presença notável”, salienta a atendente de loja Gabriela Minussi. Tudo pensado para valorizar o corpo da mulher.
As mais tradicionais podem optar pelas roupas que remetem ao estilo alfaiataria, assim como as peças soltas ao corpo; reformuladas no corte, que receberam uma tendência oriental. “Para as românticas, peças de tule em tons pastéis e estampas suaves para as ocasiões mais básicas”, descreve o vendedor Anderson Krieger.
O clássico preto não ficou de fora nessa temporada. O tom vem acompanhado com aplicações de tachinhas, correntes, estampas, adaptação de brilhos e metais. É o punk altamente feminino, tudo remetendo ao rock na sua forma mais clássica.

Acessórios
A extravagância continua tomando conta neste inverno. Conforme Ana Paula Oliveira, vendedora, serão usados mega pingentes, correntes (sozinhas ou acopladas às roupas), pérolas, colares artesanais, maxi-golas em forma de cachecóis, chapéus e óculos modernos.
Os cintos chegam em modelos fluorescentes, ou levemente brilhantes. Eles recebem influência dos anos 80, com estampas gráficas, além de modelos referentes aos estilos emo e skatistas.
A meia-calça vem com força total para incrementar os looks e deixar as pernas de fora neste inverno. Elas aparecem rendadas, transparente, estruturadas, arrastão, estampadas, listradas, brilhantes e coloridas.

Quem disse que para flertar tem idade?

Ana Camila Costa
Marcia Solares
Gabriella Oliveira

No Asilo São Vicente de Paula, em São Borja, um casal de idosos vem mostrando que para amar não existe idade. O senhor Cláudio Martins da Silva, 76 anos, e Dona Marina Aquino Camargo, 60 anos, são protagonistas de um romance que há dois anos vem causando, no mínimo, curiosidade pelas pessoas que conhecem a sua história.

A velhice, que para muitos é motivo de tristeza, de sérios problemas de saúde e até mesmo a solidão, para o casal Cláudio e Marina não representa alterações no cotidiano, mesmo morando em um asilo. “Seu Claudinho”, como é conhecido pelos amigos, veio para o abrigo em 1995, natural de Porto Alegre. Ele conta que se identificou com o Asilo São Vicente de Paula: “no começo estranhei, me falaram que iriam me trazer para o interior, mas cheguei aqui e vi que era na cidade, e depois de alguns dias já fiz muitos amigos aqui dentro”.

Dona Marina já freqüentava o espaço de fisioterapia do asilo. O grave problema no joelho e também a solidão fizeram com que ela, há dois anos, mudasse para o local. “Meus filhos não queriam que eu ficasse sozinha e eu tinha a opção de ir viver com minhas filhas, mas uma mora em são Leopoldo e a outra tem um comércio, não tinha tempo para cuidar de mim e aqui tenho minhas amigas, que me dou muito bem”, ressalta dona Marina.

A ideia do namoro na 3ª idade é vista de forma positiva pela professora aposentada Elizabeth Weber, 64 anos. Ela não vê problema no romance nessa época da vida e acredita que a companhia nessa fase da é importante. “Não existe idade para se gostar de alguém. Claro que não precisa se expor ao ridículo”, ressalta a aposentada. Opinião da qual, o aposentado Adolfo Gonçalves, 70 anos, compartilha: “acho que é normal, pois o amor existe em qualquer fase da vida. Todo o ser humano necessita de um companheiro para compartilhar seus momentos, embora com essa idade seja mais difícil, pois muitas vezes enfrentamos a rejeição por parte dos filhos e da família”.

O casal Marina e Claúdio não pretende oficializar a relação, mas deseja daqui a um tempo sair do asilo e ter o seu espaço com mais privacidade. O namoro de dois anos tem tudo para continuar, segundo dona Marina. O namoro só faz bem ao casal.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Procura-se um artesão

Ana Marcia Caldeira Nilson
Anderson Cogo
Marlon Ortiz

Chapéu, roupas usadas... Quem quer? É difícil ler esta frase e não lembrar dos antigos caixeiros viajantes. Esta é mais uma entre tantas outras profissões em extinção.

Assim como os caixeiros viajantes que trilharam as estradas do país ao longo dos tempos, os sapateiros são profissionais que estão, aos poucos, perdendo espaço.

Jose Ajala é sapateiro há mais de 30 anos, aprendeu o oficio quando ainda era criança e hoje trabalha com dificuldade, pois é sozinho para elaborar todos os concertos de calçados que recebe. “Tenho dois filhos e nenhum quis aprender e exercer o ofício, também não tenho ajudante, gostaria que alguém soubesse executar o meu trabalho, para as próximas gerações”, completa.

O trabalho artesanal foi um meio de produção extremamente importante até Revolução Industrial. As lojas revendiam artigos feitos por artesãs que estavam começando um sistema de produção artesanal, porém, em quantidades maiores.

As costureiras também são exemplo de profissionais que estão diminuindo no mercado. Henriqueta Coelho, 85 anos, diz que começou as atividades na costura quando ainda era adolescente, e hoje mantém uma clientela de longa data. “Um cliente chega, a gente conversa, e com o tempo se forma uma amizade. Sempre que tenho um novo trabalho, seja fazer ou ajustar uma roupa, tomamos chimarrão e falamos de tudo”, relata.

Dos descendentes de Henriqueta, ninguém quis seguir o ofício, que ela adora elaborar. “Hoje em dia, os jovens só querem mexer com informática, trabalhos manuais, não necessariamente a costura, eles não tem o mínimo interesse”, relata a costureira.

Segundo Adão Mendes, de 55 anos, que tem uma sapataria e também faz chapéus, ele é o último chapeleiro de São Borja e está nessa profissão há mais de 20 anos. Ele conta que começou a confeccionar chapéus a partir do pedido de Telmo de Lima Freitas, um ilustre artista gaúcho. ”Ninguém quer aprender, é igual a outras atividades que estão terminando, nem meus filhos quiseram. Fico chateado, pois os serviços manuais vão terminar”, afirma Adão.

É em setembro que a compra de chapéus se torna mais intensa, é o que diz o Chapeleiro: “Sou bastante procurado, levo duas horas para criar um chapéu, os vendo por 60 reais, em média. A época que faturo mais é justamente na véspera da semana farroupilha”.



Acessibilidade, um desafio em São Borja

Ana Paula Kemerich
Luciano Costa

Vivemos hoje uma nova e propulsora face da inclusão social para deficientes físicos. O conceito atravessou a atividade básica antes vista apenas como alfabetização e independência dos deficientes, hoje não se busca só isso, mas também a acessibilidade a serviços e, principalmente, à informação.

Em São Borja, o Centro de Atendimentos Múltiplos, CAM, oferecem cursos didáticos para deficientes visuais e auditivos. Em 2009, em parceria com a Biblioteca Pública Municipal, foi lançado o projeto “Uma mão ensina a outra” na Feira do Livro, onde professores e alunos puderam ter contato direto e interagir com os visitantes da feira, apresentando a leitura em braile e a língua dos sinais.

Segundo Tauana Jeffman, 25, agente de biblioteca e responsável pelos projetos na Biblioteca Pública Getúlio Vargas, “os alunos do CAM são convidados especiais no projeto “Biblioteca 50 anos”, onde podem aproveitar apresentações em libras e um acervo de 300 obras em braile”.

Cristiele Lopes Carvalho, 21, estudante de jornalismo da Universidade Federal do Pampa, é a única sócia com deficiência visual da Biblioteca Municipal. A biblioteca oferece muitas obras literárias e em diversos formatos, como audiobooks, porém, peca na escolha das obras. “A maioria dos livros são de auto-ajuda e livros didáticos de português e história, por exemplo, mas os livros da área que estudo não há nada. Porém, essa é uma realidade em todo lugar. Há poucos lugares preparados para receber deficientes visuais com obras que realmente são necessárias”, salienta.

Tereza Marques, 55, considera “a inclusão de crianças e adolescentes portadores de diferentes tipos de deficiências um processo que atuará com eficácia somente no momento que escolas e professores receberem preparo pedagógico especializado para portadores de deficiência, além de estrutura física e material de apoio”. Professora há 21 anos na rede pública e estadual, Tereza afirma que o espaço que deveria ser de inclusão é muitas vezes de exclusão, pois a criança ou adolescente muitas vezes não acompanha o rendimento dos demais, principalmente por falta de material pedagógico especializado.

A Escola Estadual Getúlio Vargas, onde a professora atua, possui cinco alunos com diferentes deficiências, eles usufruem das mudanças e adequação da estrutura física da escola que adapta-se para recebê-los, um processo ainda lento mas um bom exemplo para as demais instituições de ensino da cidade.

Projeto Música na Escola: a arte na formação das crianças

Daíse Carvalho
Larissa Lucero
Lenise Morgental

As escolas de São Borja estão aderindo didáticas diferenciadas para a formação de seus alunos. Um exemplo é a música, que está se tornando cada vez mais freqüente nas salas de aula.

A Escola Duque de Caxias, que fica no bairro Itacherê, passou a oferecer aulas de música para seus alunos desde 2009. Através do projeto Música na Escola, a instituição se antecipa e reconhece a importância da Lei Federal nº. 11.769, que exige o ensino obrigatório da música na grade curricular de séries iniciais. “A música tem um papel importante na formação de jovens e crianças, desenvolve coordenação motora, melhorando a atenção”, salienta Verônica Merljak, pedagoga da escola.

A inserção de cultura no ensino fundamental melhora o desempenho em sala de aula, raciocínio, sensibilidade musical, a percepção aumenta assim como concentração e ritmo. “Essas crianças muitas vezes não tem apoio da família para fazer aula de música, e a maioria delas são de baixa renda, então quando elas tocam para alguém, a auto-estima delas se eleva e, com isso, elas continuam aprendendo”, salienta o professor de música, Cecílio Guimarães, músico instrumentista, responsável pelo Projeto “Nessa Escola”.

Sob a coordenação do DAC, pelo menos mais cinco escolas no município aderiram a este projeto e cada vez mais crianças estão tendo contato com a música. “Eu adoro fazer aula de música, o professor é legal, tem paciência. Minha família tem muitos músicos e quero seguir nesse mesmo caminho”, explica Joice Ferreira, menina de 12 anos que faz aula de Flauta doce.

Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil inicia sábado

Rafaela Thevenet
Marlova Martin
Camila Schmitt
Carmen Costa

Neste sábado, dia 12, será realizada a primeira etapa de vacinação contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Crianças de todo o Brasil, aquelas com idade até 4 anos, 11 meses e 29 dias, serão vacinadas e receberão as gotinhas. Quem já tiver completado 5 anos não será imunizado.

Este ano, a Campanha tem como tema a Copa do Mundo, com o slogan “Vacinou, é gol”, lembrando a importância da imunização. Somente a prevenção, por meio da vacina, garante que a criança fique livre da paralisia infantil.

A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda. Ela atinge principalmente crianças de até 5 anos e pode se caracterizar por paralisia, principalmente dos membros inferiores. A pólio pode deixar seqüelas graves e, em alguns casos, levar à morte. (FONTE: portal terra)

Portanto, os pais ou responsáveis tem um compromisso importante neste sábado: a vacinação contra a poliomielite. Não esqueça de levar a carteira de vacinação do seu filho. São apenas duas gotinhas que podem ser tomadas das 8h às 17h.

Em São Borja, além dos Postos de Saúde e da Central de Vacinas (antigo Hospital São Francisco), a gotinha também será aplicada em outros locais da cidade para facilitar o acesso, sendo estes: Rede Vivo Supermercados da Avenida Bernardo de Melo, Supermercado Simone, Nacional Supermercados, Igreja Luterana do Bairro Pirahy, Saguão da Prefeitura, Companhia de Engenharia, Estação Rodoviária, Polícia Rodoviária Federal, Associação de Moradores da Vila Umbú, Nhú-Porã, Escolas Vicente Goulart, Neith Aragon Motta e Arneldo Matter.

No Rio Grande do Sul, a meta é vacinar aproximadamente 704 mil crianças. Já em São Borja, o objetivo corresponde a 4.335 crianças, conforme o diretor de comunicação da Prefeitura Municipal de São Borja, Tarol Fornasier.

De segunda-feira (14/06) à quinta-feira (17/06) serão disponibilizadas vacinas no interior da cidade, para aqueles que ainda não tiveram acesso. A segunda etapa da Campanha acontecerá no dia 14 de agosto.
GRIPE A – Também no dia 12/06, as pessoas que ainda não se vacinaram contra a Inluenza (H1N1) poderão ser vacinadas, conforme a Secretaria Municipal de Saúde. Devem comparecer todos os grupos determinados pela campanha.

E as crianças de até 9 anos que ainda não fizeram a segunda dose da vacina, devem voltar aos posto; já que sem a segunda dose a criança não fica imunizada contra a gripe A.

Saúde x Polio
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/flash/polio_futebol.swf

Saiba mais nos sites:

http://www.cives.ufrj.br/informacao/polio/polio-iv.html

http://www.saude.ms.gov.br/index.php?templat=vis&site=116&id_comp=544&id_reg=109587&voltar=home&site_reg=116&id_comp_orig=544

http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI126106-EI1712,00.html

Colecionador nato

Luan Berti

Para alguns, colecionar moedas pode ser um hobby e para outros uma profissão, pois existem leilões especializados direcionados a colecionadores e curiosos. Em São Borja, Ramão Aguillar, escritor e historiador, coleciona moedas brasileiras a mais de 30 anos. Na sua coleção você encontra desde moedas do tempo do Brasil colônia, como réis, cruzeiros, cruzeiro novo, cruzados, moedas comemorativas, até as atuais.

Isso se relaciona à numismática, que é a ciência que tem por objetivo estudar moedas e medalhas, mas a preocupação maior é para a moeda. Atualmente, o conceito de colecionar moedas virou uma forma de investimento, sendo que as mais antigas costumam se valorizar ao passar dos anos.

Algumas moedas estão disponibilizas para venda na internet, mas Ramão conseguiu as da sua coleção por doações: “Participei do bricão da cidade e passou uma senhora falando que tinha várias moedas que sua mãe queria doar, depois que comecei a comentar que estava colecionando, começaram a me doar”.

A coleção de Aguillar agora está nas mãos da sua filha, Graziela Aguillar, que também mostrou interesse em colecionar.

Aguillar ressalta que alguns colecionadores conseguem as suas moedas de forma curiosa: “Existia um senhor que morava próximo ao cemitério, onde juntava moedas para vender. E existia uma crença que colocavam uma moeda na boca do defunto para pagar o ingresso no céu. Depois que removiam os caixões, então ele procurava no entulho as moedas”.

Segundo Aguillar, sua coleção começou do nada, foi juntando e quando deu por si, tinha uma vasta coleção. “Sempre guardamos uma moeda no fundo da gaveta, é só ir juntando”, salienta o numismata.

Talento São-borjense



Liane Godói
Michel Benites
Priscila Bicca Urach

São Borja destaca-se não apenas por ser “A terra dos Presidentes”, mas também por possuir muitos valores artísticos. No contexto das artes são-borjenses, entra em cena a artista plástica Carmem Thalita Chagas, que atua como professora de artes desde 1987.

Thalita obteve formação profissional com renomados mestres pintores. Atualmente, ministra cursos e seminários no Rio Grande do Sul e na Argentina sobre pintura em tela, vitrofusão, arte francesa, porcelana e artigos de madeira.

A artista diz buscar inspiração em seu atelier localizado em sua própria casa: “No meu atelier a inspiração flui. Se perco o sono durante a noite, venho para cá trabalhar com minhas artes”.

Suas obras estão expostas nas galerias “Só Arte”, em Santa Maria, na “Arte Nossa”, em São Luíz Gonzaga, e também na “Sempre Viva Decorações”, em São Borja.

Segundo Eliziane da Rosa Ferigollo: “Já conhecia o trabalho dela, e a Thalita além de ser minha colega de universidade é uma profissional super competente”.

Ainda conforme Thalita: “Desde 2005 venho me dedicando à arte francesa, além das telas abstratas. Os florais, mercado de flores, são a ênfase do momento. Na linha de madeira o ponto forte são os porta notebook e caixas revestidas de tecido”.

Esse ano, através do ENEM, conseguiu uma vaga no curso de jornalismo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campos São Borja. “Estou encantada com o curso e acho que jornalismo tem tudo a ver com arte”, afirma Chagas.

Confira as obras da artista no orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?uid=13315728673403617784

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Moda: dos pés à cabeça

Anderson Cogo
Ana Marcia Nilson
Marlon Ortiz

Com a queda da temperatura, a preocupação com um casaco, um cachecol e um par de luvas a mais acaba tirando a atenção de um dos grandes fortes do visual: o cabelo.

Curto, comprido, cacheado, liso, alinhado, bagunçado, o cabelo fala muito da personalidade e do estilo de vida de uma pessoa. É também elemento chave para obter um look de sucesso.

Para o inverno 2010, há o ressurgimento de alguns estilos usados por nossas mães e avós. O visual romântico da década de 40 volta com tudo, através dos cachos delicados e assimétricos, com volume bem distribuído. Da década de 80, o estilo rock chic traz cabelos mais longos e frisados, a raiz é mais lisa e o comprimento mais volumoso.

Para as mulheres de personalidade forte, ou as que gostam de cabelos curtos, a tendência é o corte pixie, com franja e totalmente desfiado.

Para os homens, em alta estão os desfiados e os desalinhados, estruturados à base de pomadas modeladoras. Os jovens, mais ousados, podem também abusar das cores.

Um bom corte de cabelo contribui também para a alto-estima, Mosquito, cabeleireiro masculino, destaca: “as pessoas não devem ter medo de mudar de visual, tanto no cabelo, quanto na roupa, porque depois de um tempo a pessoa se olha no espelho e vê sua imagem, vê que o tempo passou e ela continua com a mesma cara de 10 anos atrás, de repente ela muda o corte de cabelo, ou troca a cor, e se vê com uma imagem renovada e totalmente feliz”.

Mas é preciso tomar cuidado para não exagerar, com afirma Bia Ifran, cabeleireira: “na hora de escolher um corte ou um penteado, é preciso levar em conta o formato do rosto. Para que o cabelo fique bem, ele tem que combinar com o rosto da pessoa e com sua personalidade”.

E lembre-se: criatividade é fundamental!

Fotos: divulgação

Curso de micro-ondas com a especialista Cátia Schnorr

Liane Godói
Priscila Bicca Urach
Michel Benites.

Pela segunda vez São Borja recebeu a especialista em receitas feitas em micro-ondas, Cátia schnorr, que ministrou um curso no dia 17 de maio, no Clube Recreativo Sãoborjense.

O curso teve um total de 582 inscrições. Mesmo com chuva as pessoas não deixaram de comparecer e aprender receitas de doces e de salgados feitas em micro-ondas.
Segundo a especialista Schnorr: “Tudo que cozinhei no forno e no fogão testei no micro, acredito que irão gostar e aplicar essas deliciosas receitas ao seu dia-a-dia. Aprenderão que um micro-ondas pode ser fundamental na cozinha”.
Esse curso percorreu vários estados como, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, onde mais de cinco mil pessoas já participaram do mesmo.
Conforme Eugenia Bicca: “Nunca pensei que pudesse cozinhar tanta coisa em pouco tempo utilizando o micro-ondas. No fogão levaria o dobro do tempo. Adorei o curso e com certeza vou por em prática todas essas receitas maravilhosas”.
Ano que vem o curso retorna a São Borja, trazendo mais receitas feitas no micro para facilitar nossa vida na cozinha.

E Cátia ainda ressalta: “pessoa bem nutrida é mais feliz”.
Confira as receitas no site:

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Igreja Católica pede "fidelidade" aos sacerdotes

Diogo Rodrigues
Ricardo Bolson

Na noite desta quarta- feira, dia 13, o Papa Bento XVI, se pronunciou pela primeira vez sobre os casos de pedofilia praticados por padres no mundo todo. Segundo informações do Jornal France Presse, o Pontífice disse que "A maior preocupação de todo o cristão, em particular das pessoas consagradas, deve ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação" e que "A fidelidade à própria vocação exige valentia e confiança, mas o Senhor quer também, que saibam unir forças, ajudar-se uns aos outros e apoiar-se fraternalmente". Num momento em que a Igreja tem sido alvo de inúmeras acusações de abuso sexual em vários paises, entre os quais Alemanha, Irlanda, Estados Unidos, Brasil, Suíça e Itália, Bento XVI pediu "para que não faltem vocações, para que não cedamos ao egoísmo, às seduções do mundo e às tentações do maligno".

Algumas das denúncias atingiram o próprio papa, que teria deixado de punir um sacerdote acusado de ter molestado 200 crianças surdas nos Estados Unidos e sabia que um padre pedófilo alemão retomara as atividades pastorais na arquidiocese de Munique e Freising, na época comandada por ele.

No Brasil, um dos casos mais polêmicos foi o que envolveu o Padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, em São Paulo. Em meados de 2005, o morador de rua e ex-presidiário Anderson Batista teria chantageado Lancellotti, que, para continuar mantendo relações sexuais com Anderson, teria dado a ele uma quantia de 50 000 reais e um carro Mitsubishi Pajero. Além disso, o padre teria abusado também do enteado de Anderson, que na época tinha oito anos.

O padre João Ubaldo Weindelfeller, da paróquia de São Borja, comentou algumas das acusações feitas à igreja. Segundo ele, a maioria das suspeitas é falsa, e envolve interesse político, principalmente em países como a Itália, em que a Igreja Católica ainda mantém uma estreita relação com o poder público. No entanto, o padre não nega que a pedofilia seja uma prá tica cada vez mais freqüente.

Novo imposto preocupa produtores rurais

Liane Godoi
Priscila Bicca Urach
Michel Benites

A cobrança de um novo imposto preocupa os produtores de rurais de São Borja. Está para ser votado, na Câmara de Vereadores, um projeto que prevê a cobrança para utilização das águas de rios e barragens na irrigação de lavouras.

Essa discussão teve inicio no final do ano passado. Preocupados com o uso sem fiscalização dos mananciais do município, o poder executivo criou o projeto de regulamentação do uso das águas.

Com isso, os órgãos legisladores poderão controlar e ao mesmo tempo cobrar impostos dos produtores. O valor arrecadado será revertido para programas ambientais do município, como destaca o Secretário do Meio Ambiente, José Enio de Jesus: “Não queremos apenas arrecadar dinheiro com isso. Nosso principal objetivo é fiscalizar essa questão e arrumar uma forma de conseguirmos fundos para nossos projetos”.

Mas os arrozeiros da cidade não vêem com bons olhos essa questão. Segundo o responsável pelo escritório do Instituto Riograndense do Arroz, IRGA, Edson Luiz Prado, esse é um debate antigo. Ele destaca que essa questão há muito tempo é protelada pelos órgãos legisladores e que se caso seja aprovada, irá refletir no valor final que o consumir irá pagar: “O produtor não é contra. Mas caso seja aprovado é mais um tributo que o produtor terá que pagar, e isso irá se refletir no valor que o consumidor paga no mercado. Mas se é lei, o que temos que fazer é cumprir”, falou Prado.

O projeto ainda não tem data para ser votado na Câmara de Vereadores de São Borja. Pretende-se fazer uma sessão pública para debater a questão, antes da votação. Caso seja aprovado, o valor do imposto ainda será calculado.

CURIOSIDADES:
O que são mananciais de água
http://mundoestranho.abril.com.br/ambiente/pergunta_287123.shtml
Como funciona a irrigação das lavouras

Em busca de diferentes culturas

Daíse Carvalho
Larissa Lucero
Lenise Morgental

A vontade e a curiosidade de conhecer outros países, culturas e idiomas diferentes são algumas das razões que levam, todo ano, cerca de 20.000 estudantes de ensino médio e superior a deixarem o país para estudar em outras partes do mundo, sendo que a maioria (95%) vai para os Estados Unidos.

Para concretizar essa idéia, nada melhor do que se programar, ver quais são os gastos que você vai ter com passagem aérea, terrestre, hospedagem, e algumas outras despesas que possam surgir no decorrer da viagem. O aperfeiçoamento do segundo idioma é o principal atrativo para os adolescentes que hoje apostam no conhecimento de outra língua como um dos itens mais importantes para se ter sucesso no mercado de trabalho. A estudante Vitória Faccin, 15 anos, nos conta que ao terminar seu curso de Inglês a idéia de fazer um intercâmbio passou a estar em seus planos. Ela e sua mãe começaram a procurar agências que oferecessem programas de intercambio, mas foi em um Clube que freqüenta que conheceu uma proposta de viagem com duração de um ano que a agradou.

Assim, no período em que ficará no exterior, que começa no mês de julho, vai se hospedar em três casas de diferentes famílias. Hoje, ela espera ansiosa pela indicação das atividades que vão fazer parte do seu intercâmbio.

Mas, nem tudo é tão fácil quando se trata de outro lugar e pessoas totalmente desconhecidas. É preciso pesquisar e conhecer ao máximo o país escolhido, como vocabulário, costumes e até mesmo manias da população. O inglês é um idioma mundialmente falado, o qual se for de conhecimento do turista será possível ter uma fácil comunicação, no entanto nem todos os países aderem a essa idéia. A estudante Paola da Silva, 15 anos, que foi comemorar seu aniversário de 15 anos em Paris, revela que os franceses não têm muita simpatia com o Inglês e que preferem que os turistas falem o idioma local ou espanhol. “As pessoas se tornam antipáticas quando tentamos nos comunicar em inglês”, diz ela. Além disso, o clima é muito diferente do que estamos acostumados e para se manter aquecidos somente estando em um ambiente fechado o que é muito difícil quando se é turista. Na maioria das vezes, os filhos embarcam nessa aventura sozinhos, o que deixa os pais com uma enorme preocupação. É necessário conhecer muito bem as agencias e quem ficará de responsável caso algo aconteça. A boa organização na parte de documentos pode garantir ao turista um bom intercambio e uma viagem tranqüilidade.

São Borja tem a I Mostra SESC de Música Gaúcha do estado

Luan Berti
Marcelo Andrade
Tâmela Grafolin

Um novo evento musical entra para a agenda cultural de São Borja. Durante os dias 13, 14 e 15 de maio, a cidade prestigiará apresentações de artistas representantes da música gauchesca. A I Mostra SESC de Música Gaúcha faz parte da programação do projeto “Arte SESC Cultura por toda parte”, para desenvolver atividades culturais nos municípios do RS.

Promovida pelo Sistema Social do Comércio (SESC) de São Borja, a iniciativa é inédita não só na cidade, como no estado. Para produção da Mostra o SESC da cidade, baseou-se nos moldes do Festival de Música, Cidade e Canção (FEMUCIC), que acontece no município de Maringá, no Paraná. A cidade paranaense recebe artistas de todas as regiões do país nos dias em que o festival ocorre, e esse também é o ideal do SESC para o futuro da Mostra de Música Gaúcha. Segundo o gerente do Sistema Social do Comércio de São Borja, Mauro Perobelli, a idéia é que o evento avance para uma mostra com artistas nacionais e também apresente novos talentos.

O departamento cultural do SESC apóia diversas atividades culturais, trazendo artistas e promovendo shows, mas nunca teve seu próprio evento, e para produzir a Mostra inédita, 10 pessoas ficaram encarregadas do planejamento e execução dos números musicais, estrutura para os shows e preparação dos artistas. Toda mobilização dos funcionários do SESC se justifica pela expectativa do alcance do evento. De acordo com a Auxiliar de Cultura e Lazer, Odete Rosa, o SESC espera que o público lote o auditório, cuja capacidade é de até 500 pessoas.

Durante os três dias da Mostra, artistas renomados como Mário Barbára, Jorge Dornelles, Jorge Guedes e família, Mulheres Pampeanas e o grupo Buenas e M’Espalho se apresentarão no Auditório do Colégio Sagrado Coração de Jesus, a partir das 20h. Os ingressos são vendidos na sede do SESC, em São Borja, e também com funcionários que circulam pelas ruas.

Por uma nova chance de inclusão social

Ana Camila Costa
Gabriella Oliveira
Márcia Solares


Em paralelo às discussões sobre a maioridade penal, Organizações Não-Governamentais ajudam crianças e adolescentes a encontrarem alternativas de conduta social. Para isso, também foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O ECA dividi-se em Leis e Artigos, que visam proteger os menores, assim como estabelecer direitos e deveres aos mesmos.

Segundo o ECA, Artigos 117, 118 e 119, quando verificada a prática de ato infracional por adolescentes, autoridades competentes podem aplicar medidas sócio-educativas como: advertência, obrigação de reparar dano, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade, internação em estabelecimento educacional.

Confira o que diz o ECA: http://www.blogger.com/www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm


O Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDEDICA), Órgão Não-Governamental (ONG), executa as medidas sócio-educativas em meio aberto de Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) e de Liberdade Assistida (LA). A instituição objetiva tornar viável a execução das Medidas Sócioeducativas (MSE), na área de abrangência da Comarca de São Borja.

O público alvo são adolescentes entre 12 e 18 anos, autores de ato infracional em cumprimento de MSE em meio aberto de PSC e LA, estes por sentença ou remissão. Para efeitos do ECA, a prática do ato infracional deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato, portanto, pode ocorrer dos adolescentes cumprirem a MSE até os vinte e um anos.

O CEDEDICA teve inicio em Santo Ângelo, em 1994, com a instalação da Comarca daquela cidade do Juizado Regional da Infância e da Juventude. Em São Borja, foi criado em 2005, a partir da percepção da necessidade de uma associação que executasse as Medidas Sócioeducativas.

A medida de Prestação de Serviço à Comunidade consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente há seis meses, junto a entidades assistenciais, escolas, e outros estabelecimentos, bem como em programas comunitários ou governamentais.

Conforme a estagiária Thieny Oliveira de Moura, 22 anos, “as tarefas devem ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de maneira que não prejudique a freqüência escolar ou a jornada normal de trabalho, sendo atribuídas conforme as aptidões do adolescente”.

Em São Borja o CEDEDICA conta com uma secretária, quatro estagiárias, um voluntário e com a Assistente Social, Sheila Kocourek, que coordena a ONG. Segundo Aline Lucero da Silva, 23 anos, estagiária, “atualmente são assistidos 26 adolescentes com idade entre 12 a 21 anos, sendo a maioria do sexo masculino”.
Além de assistir esses jovens, o CEDEDICA encontra dificuldades para que as medidas sócioeducativas sejam aplicadas. Em sua maioria, essas atividades são desviadas para outras ações, que passam a ser punitivas, uma decisão que acaba prejudicando o adolescente, nessa caminhada em busca da inclusão social.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tendências e destêndencias...


“O conforto possui formas. O amor cores. Uma saia é feita para se cruzar as pernas e uma manga para se cruzar os braços. A moda sai de moda, o estilo jamais.”
Coco Chanel

Antes do começo das semanas de moda brasileiras Fashion Rio, 27 de maio, e São Paulo Fashion Week, 9 de junho, resolvi conversar com quatro meninas/mulheres que se identificam e/ou tem alguma ligação com o mundo da moda. Cada uma deu sua opinião sobre o que entra e o que sai das araras e vitrines nessa estação.

1ª Entrevistada – Deisi Laux, dona do blog DLD - Deise é estilista formada pela Universidade de Caxias do Sul.
a) O que é que vai embora das araras nessa estação?
Acredito que as blusas com corte muito “grande”, as de manga morcego, por exemplo. A tendência agora é que as modelagens fiquem mais femininas, já que as saias esvoaçantes estão voltando com muita força.
b) O que é que vai para as vitrines?
Gosto muito das confecções e malharias gaúchas. O tricô vem definitivamente com muita força nessa estação.
2ª Entrevistada – Mariana Spezzato – Mariana é vitrinista de uma loja de sapatos no Shopping Iguatemi Caxias e pesquisa a moda dos anos 30.
a) O que é que vai embora das araras nessa estação?
Acredito que as tachas. O estilo “grunge” anos 90 manteve-se firme no mínimo pelas quatro últimas estações, acho que agora vai amenizar um pouco.
b) O que é que vai para as vitrines?
Plumas! Saias, blusas com ombros bordados com elas (ombro marcado já é tendência...), esse ar meio “França anos 30”.

3ª Entrevistada – Luana Brumm – Luana fez curso de designer em moda pelo Senac, e trabalhou como voluntária no Polo de Moda, em Caxias do Sul.
a) O que é que vai embora das araras nessa estação?
O delineador – tomara – o olho muito preto vai perder espaço para o nude. Além do mais, eu nunca consegui usar direito! (risos) Os paetês também vão ficar em baixa.
b) O que é que vai para as vitrines?
O floral, com certeza!
4ª Entrevistada –Letícia Bassani Moreschi – Letícia estuda odontologia na PUC, e moda por conta própria.
a) O que é que vai embora das araras nessa estação?
Acho que os tons terra e coral vão estar em baixa, apesar do nude estar bem presente nessa estação.
b) O que é que vai para as vitrines?
Estilo militar, esta demorando para “pegar” aqui no Brasil, mas é uma super tendência.

Post - Andressa Schneider