quinta-feira, 24 de junho de 2010

Artigos sexuais em evidência em São Borja

Ana Paula Kemerich

Luciano Costa


Lingeries eróticas, massageadores, óleos aromáticos, fantasias... artigos eróticos fazem parte de uma indústria que tem crescido muito nos últimos dez anos. No Brasil, a comercialização desses produtos tem movimentado cerca de um bilhão de reais anualmente. Mas não pense que a utilização de artigos eróticos é novidade do século XXI.

A história do strip-tease inicia-se com Inanna, deusa do amor e da atração sexual para os sumérios. Segundo a lenda, para recuperar seu amante, ela faz uma dança onde remove um por um dos seus sete véus, esse ritual está registrado nas tábuas sumerianas da Mesopotâmia de 4.000 a.C. A dança perpetuou nos séculos e existe até hoje como símbolo de sedução e fetiche masculino: a dança dos sete véus. Já a popularização do strip-tease deu-se no século XX, a partir da década de 30, com os famosos bordéis.

Outro item, o óleo de oliva, era utilizado na Grécia antiga de forma medicinal. Por volta de 350 a.C começou a ser usado como contraceptivo e tempos depois como acessório sexual. Porém, os primeiros lubrificantes naturais surgiram em 1653, quando médicos da época descobriram que a essência de certas ervas, além de estimular as mulheres, ajudava também no tratamento da histeria.

Na década de 40, em função da II Guerra Mundial, o governo alemão desenvolveu a primeira boneca inflável da história. Um dos motivos para sua criação foi para evitar a perda de soldados por contração de doenças venéreas com prostitutas em cabarés, porém, o invento não chegou a ser utilizado.

Atualmente, os artigos sexuais deixaram de ser um tabu, tanto na sociedade quanto na intimidade do casal. Felipe, 29, e Daniele, 25, (nomes fictícios) casados há três anos e que utilizam algumas dessas invenções. “Quem trouxe a novidade foi Daniele, algum tempo depois que começamos a namorar. Eu sempre achei interessante e pensava em sugerir algo, mas ela me surpreendeu”, conta o universitário.

O casal, que está junto há oito anos, diz estar sempre ligado em novidades e que existem muitos acessórios interessantes e divertidos, mas que ainda não experimentaram. Daniele conta que sempre conversa com as amigas, mas que uma boa parte delas tem um pouco de receio quando o assunto é sobre artigos sexuais, e que ela mesma sente-se um pouco constrangida em ir a lojas especializadas.

“Eu costumo comprar pela internet, em sites especializados e também compro direto de uma revendedora que vem direto à minha casa. Raramente vou à loja, mas quando vou, o Felipe me acompanha”, revela Daniele.

Ivana Robalo, 30, vendedora de sessão sexshop, afirma que: “todos os produtos são vendidos com êxito. Não há resistência na compra dos produtos, próteses, perfumes afrodisíacos, óleos e acessórios, são muito bem recebidos pelo público”.

A psicóloga Magda Rillo, 35, explica sobre a importância de se investir numa boa saúde sexual. “Pois no decorrer da existência humana, precisamos encontrar novas formas de nos satisfazermos, pois sexo atravessa qualquer um de nós, a todos nós, pois sem ele não estaríamos vivos. Então, a forma como ele acontece na vida de cada um é algo muito particular e principalmente, experimental. Sexualidade é aquilo que nos funda, é aquilo que nos faz homem e mulher e seres desejantes, sexo não diz de vida, desejo, busca... e não deve ser inibido”, conta.

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