sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Última Edição
Por Francis Limberger e Vladson Ajala
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Vandalismo e pichações denigrem a imagem de São Borja
Por Marcio Cavalheiro e Flávio da Silveira
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Efetivo da Brigada Militar em déficit
Por Felipe Severo e Leonardo ÁvilaFotos: Guilherme Veiga
Combustível argentino prejudica carros brasileiros
Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa
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João Goulart recebe homenagens em São Borja
Por Adir Machado, Eduardo da Silva, Fábio da Silva
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Fim do Período de Adaptação à Lei do SAC
Por Ligiane Brondani, Cristyeli Carvalho e Franciéli Keller
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Projeto que prevê mudança no sistema de cotas tem apoio
Por Andréia Sarmanho, Chaiane Gomes e Margane Escobar
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Agrotóxicos contra a natureza
Por Luana Raddatz
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Casos Maria da Penha em São Borja
Por Deise Jeske e Sirlene Kaefer
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Acessibilidade para deficientes é precária em São Borja
Por Aline Donato, Bruna Bueno e Karin Franco
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Lei Seca não tem fiscalização
Nilton Mançoni, gerente de uma empresa de bebidas, conta que os motoristas continuam procurando bebidas alcoólicas em seu estabelecimento. Segundo ele, apenas no início a fiscalização ocorria e os condutores estavam mais receosos. Nesse período, a procura de motoristas por bebidas diminuiu, mas não afetou a empresa. Segundo Renata Santana, caixa e tele-atendente da mesma empresa, a procura por bebidas até aumentou, mas por telefone.
A fiscalização também é o problema apontado pelo taxista José Carlos Pimentel. Ele conta que nos principais bares e boates da cidade, as pessoas bebem explicitamente, e não são repreendidas. José Carlos, que teve uma procura maior por seus serviços somente no início da Lei Seca, lembra ainda que 99% de seus passageiros estão alcoolizados, e que o mesmo ocorre com os motoristas de carros particulares.
Segundo um agente de trânsito, a fiscalização realmente diminuiu com o passar do tempo. Até porque, os agentes de São Borja não têm bafômetro próprio, o que dificulta o trabalho. A conseqüência disto vem sendo o aumento do consumo novamente, e do descumprimento da lei. O temor é ainda maior agora, com as festas de fim de ano.
Um cidadão de 40 anos, que não quis se identificar, conta que se sentiu assustado logo que a lei foi aprovada, mas não deixou de beber e dirigir. Apenas começou a tomar mais cuidado, principalmente em relação aos lugares que passava. Apesar de desobedecer à lei, ele concorda com ela. Acredita que as pessoas estão notando uma diminuição de intensidade na fiscalização, de uns tempos pra cá, e por isso não estão respeitando a Lei Seca.
Vandalismo e pichações denigrem a imagem de São Borja
Para o diretor de Serviços Urbanos, Carlos Alberto Weber Barreto, as iniciativas de combate ao vandalismo devem partir da própria comunidade: “Pedimos aos moradores e às entidades que nos ajudem, mas cada vez aumentam mais as depredações, verificadas desde as praças até o cemitério”.
As escolas também vêm sendo alvo de pichações, em muitos casos perpetradas pelos próprios alunos. Em uma das maiores escolas do município, o Colégio Sagrado Coração de Jesus, localizado no centro da cidade, as pichações se acumulam ao longo de toda a extensão da escola que faz limite com a calçada.
A irmã Fernanda Cerutti aponta a educação familiar como fator determinante a esta problemática: “Eu acredito que o vandalismo só pode ser combatido quando tivermos uma educação forte de berço”.
A pichação é considerada no Brasil vandalismo e crime ambiental. Conforme o artigo 65 da Lei 9.605/98, com pena prevista de três meses a um ano de detenção mais o pagamento de multa. Se o crime se der em monumento histórico ou tombado pelo seu valor artístico ou arqueológico a pena mínima é de seis meses de detenção, além de multa.
Para o Tenente Fernando da Brigada Militar em São Borja, o principal motivo para a prática deste ato ilícito é o consumo excessivo de álcool, com os infratores estando geralmente na faixa etária de 16 aos 20 anos. “Geralmente, são jovens que cometem estes vandalismos, após terem ingerido álcool ou drogas”. Na grande maioria das vezes, os vândalos não são pegos em flagrante, o que dificulta a ação da polícia.
Em pesquisas e enquetes propostas na internet, a opção que é quase unanimidade entre os internautas aponta a punição como melhor medida para coibir as pichações e vandalismos, em detrimento da educação. Na página do Grupo Bandeirantes de Comunicação na internet, enquete sobre o tema traz o índice de mais de 75% de usuários defendendo a punição para os casos de vandalismo, contra pouco mais de 24% que preferem a educação.
Combustível argentino prejudica carros brasileiros
Segundo os profissionais da área automotiva de São Borja, a gasolina amarela é a vilã por conter chumbo, não sendo recomendada para os carros com injeção eletrônica. Segundo Jeferson Ferreira, mecânico, houve casos em que a utilização desse tipo de combustível já fundiu o motor de alguns carros. A recomendada, segundo ele, é a gasolina azul, que leva mais tempo para danificar o veículo. O real problema é que os carros brasileiros possuem um sistema de injeção eletrônica diferente dos carros argentinos.
Mesmo assim, alguns motoristas preferem arriscar e abastecer com o combustível argentino, como é o caso do militar Cristian de Melo, que mesmo sabendo que a gasolina do país vizinho pode danificar seu veículo, fato que, segundo ele, já aconteceu, ainda assim leva em consideração a diferença dos valores no preço dos combustíveis.
Embora existam consumidores conscientes, alguns motoristas preferem arriscar. José Rodrigues, frentista, afirma que o número de carros abastecendo nos postos brasileiros hoje já é um pouco maior do que tempos atrás, pois segundo ele, muitos voltaram a abastecer no país em função de que seus veículos tiveram algum problema por causa do abastecimento com o combustível estrangeiro.
O carro com gasolina brasileira roda em média 45.000 km mantendo o bom funcionamento do sistema de injeção, ao passo que se for utilizada a gasolina argentina quando o carro atinge 30.000 km rodados já se faz necessária uma revisão.
Leia mais:
http://video.aol.com/video-detail/gasolina-brasil-e-argentina/3134815390
http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=1185
http://sopabrasiguaia.blogspot.com/2006/07/argentina-quer-aumentar-preo-da.html
João Goulart recebe homenagens em São Borja
No sábado vai acontecer uma sessão solene no plenário da Câmara. A organização do evento é do Departamento de Assuntos Culturais (DAC) do município. O diretor do departamento, Sidney Fenerharmel, explica as atividades previstas: “O evento iniciou ontem [terça-feira] com a palestra do Christopher [Goulart, neto de Jango]. Continua com palestras e seminários até a sexta-feira.”
Fenerharmel explica que “o evento visa resgatar a memória do ex-presidente, que de certa forma foi obscurecida pelo regime militar de 64, e colocar a disposição da comunidade para ser objeto de estudo e pesquisa.”
O médico e psicanalista Marco Pinheiro, autor do livro “Jango, o Presidente Injustiçado”, afirma que a história do ex-presidente deve ser resgatada. “Nós julgamos ele um injustiçado. Foi o presidente que tentou fazer as reformas e não conseguiu, e é isso que estou tentando mostrar. Tenho a impressão de que estamos no caminho certo.” Pinheiro entende que as mudanças necessárias para o Brasil passam pelas reformas e pela participação da juventude.
Legado de Jango
Christopher Goulart ressalta o legado deixado pelo o ex-presidente para a política brasileira: “Um homem simples, que não se sustentava com as pompas do poder. Um legado de vanguarda, das reformas de base, da política externa independente. Um legado de jamais calar ante à opressão que o trabalhador brasileiro sobre diariamente.”
O escritor Pinheiro compara o discurso de Jango na Central do Brasil para 200 mil pessoas com a Carta-testamento de Getúlio Vargas. “Era um homem a frente de seu tempo”, conclui.
Efetivo da Brigada Militar em déficit
Falta de segurança preocupa cidadãos
Projeto que prevê mudança no sistema de cotas tem apoio
O projeto de lei, aprovado no dia 20 de novembro pela Câmara dos Deputados, em relação às cotas ainda divide opiniões. Caso se torne lei, todas as instituições federais de ensino devem destinar 50% das vagas a alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas. As vagas destinadas àqueles que se declararem negros, pardos e indígenas serão na proporção da população de cada Estado, conforme o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) é a única federal do estado já adaptada à nova norma. Para o professor Geder Parzianello, docente do curso de jornalismo em São Borja, o sistema de cotas é uma forma de inclusão afirmativa, que resgata um histórico desfavorável de quem não teve oportunidades até um passado recente. “As classes sociais que, reconhecidamente, não tiveram acesso à universidade pública no passado, agora com as políticas atuais de educação no ensino superior estão podendo apostar no ingresso na universidade gratuita”, declara, acrescentando: “não é uma questão de fenótipo, não é uma questão de pele, não é uma questão hereditária: é uma questão histórico-social”.
O professor Jorge Fonseca, diretor da Escola Estadual Getúlio Vargas, de São Borja, também se mostra favorável ao novo sistema, como forma de incentivar o aluno da rede pública de ensino. “É uma forma de compensar os estudantes do ensino público e também os negros, pelo passado histórico”, opina. Acrescenta ainda um dado que se repete com muitos alunos que concluem o ensino médio: “ocorre uma inversão, já que o aluno da rede pública na maioria das vezes não tem condições de disputar uma vaga nas universidades federais. Então quem cursou escolas particulares acaba ingressando nas universidades federais, enquanto os alunos das escolas públicas tendem a cursar o ensino superior em instituições privadas, quando têm condições”.
Entre os estudantes, as opiniões se dividem. A universitária Evelise Azambuja, que cursou o ensino médio em escola privada, mostra-se contrária ao sistema de cotas. “Todos têm as mesmas condições, embora o ensino público seja, às vezes, precário. Vai também da iniciativa do aluno buscar, estudar”, acrescenta. Gabriel Caetano, que conclui o ensino médio este ano, pela escola pública, considera justo o novo sistema de cotas. “As pessoas pobres dificilmente entrariam numa universidade sem as cotas”, acredita. Em relação às cotas raciais, acrescenta que “é uma dívida que o Brasil tem com os negros, que tanto contribuíram para a história do país”.
Fim do Período de Adaptação à Lei do SAC
Agrotóxicos contra a natureza
Casos Maria da Penha em São Borja
Em São Borja, a Associação de Amparo à Mulher e ao Consumidor oferece assistência jurídica e psicológica às mulheres que procuram orientação em caso de violência dentro de casa.
Tipo de serviço mais procurado
79% Delegacia de mulher
29% Serviço de Atendimento à Mulher
23% Amigos e Família
14% Associações e Grupos de Saúde
11% Hospitais e Grupos de Saúde
07% Igreja-Líder Religioso
06% Atendimento telefônico/180 (disque denúncia)
02% Outros
Leia mais:
http://www.institutopatriciagalvao.org.br/
http://www.opas.org.br/
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
Acessibilidade para deficientes é precária em São Borja
A lei nº 10.098 considera que a acessibilidade tem que ser autônoma, ou seja, a pessoa deve conseguir se locomover com segurança em qualquer local, sem precisar de ajuda. Entretanto, isso não acontece, pois os deficientes da cidade necessitam do auxílio de outras pessoas para transitar.
Florindo Fenner, também deficiente físico, afirma que as calçadas e seus acessos são os principais inconvenientes para quem sofre com a deficiência. Nas localidades em que as rampas não foram construídas, as calçadas permanecem em condições precárias.
O presidente da Associação São-borjense dos Deficientes Físicos (ASADEF), José Artur dos Santos, também aponta que as condições das calçadas são o principal fator de dificuldade para os deficientes: “O problema, agora, não são mais as rampas, e sim, a situação das calçadas, mesmo”, diz.
Conforme o artigo 22, do Código de Posturas de São Borja, toda pessoa que tiver seu imóvel localizado em uma rua que possua meio fio é obrigada a calçar os passeios e a mantê-los em estado de conservação adequados. Se o imóvel for um patrimônio público, quem tem a responsabilidade de manter as calçadas conservadas é poder público da cidade.
A Prefeitura auxilia com a mão-de-obra no Programa de Recuperação dos Passeios Públicos. Para aderir ao programa, o proprietário do imóvel deve entrar em contato com a Secretaria de Infra-Estrutura do município, onde é realizado o orçamento para a aprovação do dono. Após a adesão, o proprietário compra o material de construção e a prefeitura oferece a mão-de-obra, que pode ser parcelada em até 24 vezes.
Segundo o engenheiro civil da Secretaria de Infra-Estrutura, Nelson Freitas, o programa tem sido bem aceito pela população: “Temos recebido muitos pedidos. O problema é que eles não podem ser executados, pois a prefeitura não possui mão-de-obra suficiente para realizar as obras”.
No início de 2007, foi criado o Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, que visa fiscalizar as ações do poder público e também da sociedade. Até o começo do mês de abril desse ano, o Conselho não estava em atividades. Hoje, ele conta com uma nova diretoria responsável por visitar os locais e averiguar as denúncias feitas.
É preciso conscientizar a população sobre a responsabilidade do cidadão para com a lei. José Artur dos Santos acredita que através de campanhas veiculadas nos meios de comunicação, é possível atingir um índice melhor em relação ao que é visto hoje.
A acessibilidade não é apenas um direito do deficiente físico, mas de qualquer pessoa, pois todos têm direito ao livre acesso em qualquer lugar público. Se cada cidadão se conscientizar e cuidar de seu espaço, a acessibilidade estará ao alcance de todos.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Última Edição
Por Aline Donato, Bruna Bueno e Karin Franco
São Borja na “melhor idade”
Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa
A volta do Bugre
Por Nelson Nicoli e Renato Ferigollo
Enade passa a ser obrigatório para todos os universitários em 2009
Por Irineu Fontela e Mireli Lersh
Movimento de torcedores se transforma em oportunidade
Por Francis Limberger e Vladson Ajala
Movimento de torcedores se transforma em oportunidade
Francis Limberger e Vladson Ajala
O movimento acontece porque boa parte dos jogos dos times gaúchos não é transmitida pelos canais abertos. Já a tevê por assinatura, onde todos os jogos estão disponíveis, apresenta custos elevados para a maioria das pessoas. Com isso, abre-se a oportunidade para donos de bares e restaurantes, que adquirem os pacotes de transmissão dos jogos de futebol e transformam isso em um atrativo para os seus consumidores. Para o torcedor Flávio da Silva, assistir os jogos do seu time em bares é muito mais acessível. “O preço da televisão a cabo é muito caro. Então, não é todo mundo que tem condições de pagar”, comenta.
Os gerentes dos locais que oferecem a transmissão de jogos de futebol aos clientes contabilizam bons lucros. Há uma estimativa, por parte dos gerentes, de que em dias de jogos o movimento e o consumo aumentam em até 80%. Joel Savrani, gerente de um estabelecimento local, credita esse movimento à paixão dos torcedores gaúchos. “Tendo o movimento, o pessoal passa e já chega para ver também. Isso com certeza aumenta o lucro do dia e ajuda no mês também”, afirma Savrani.
Atualmente é a Sport TV, da Rede Globo, que detém o direito de transmissão das partidas do campeonato brasileiro. Segundo informações divulgadas pelo grupo, o assinante tem o direito de transmitir comercialmente o conteúdo veiculado. Assim, não há nenhuma irregularidade no fato de bares e restaurantes transmitirem jogos de futebol.
Enade passa a ser obrigatório para todos os universitários em 2009
Por Irineu Fontela e Mireli Lersh
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) será aplicado para todos os universitários no começo e no fim do curso avaliado, a partir de 2009. Atualmente, é coletada apenas uma amostra dos estudantes, os quais são sorteados para realizar a prova.
O Enade avalia, a cada ano, ingressantes e formandos dos cursos de um terço das áreas do conhecimento. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), fará a mudança para atender a reivindicação das universidades. Com essa mudança, será possível a adesão da Universidade de São Paulo (USP) ao Enade. Tal instituição não é obrigada a aderir à avaliação do MEC por ser Estadual.
O universitário precisa participar da avaliação para ter direito ao diploma. Caso não participe, ele deve justificar a sua ausência ao Inep para regularizar sua situação. Sobre essa nova norma, a acadêmica do 4º semestre do curso de Comunicação Social, hab. Jornalismo, Aline Donato, afirma que “no caso da Unipampa é complicado, pois a universidade ainda está em fase de implantação”, mas ela acrescenta que “nas universidades já estabelecidas, esta avaliação é muito importante para identificar as boas universidades e os cursos mais bem estruturados”.
A volta do Bugre
Na reunião, aberta para todos os desportistas da cidade, foi escolhido um colegiado para assumir a direção que irá desenvolver a volta do futebol profissional em São Borja. Sendo os quatro representantes o então deputado Cassiá Carpes, o ex-presidente do clube Edmundo Ferreira, o ex-jogador do Grêmio e hoje produtor rural local Gilberto Alvarez e, por fim, Beto Emanueli, presidente de clube amador da cidade.
Ficou definido que, primeiramente, o clube contará apenas com a categoria juvenil para disputar o campeonato gaúcho em 2009. O projeto busca a reestruturação do clube através de arrecadação de receita para dar sustentação futuramente com a volta do futebol profissional. O estádio Vicente Goulart está sendo reformado pela Prefeitura Municipal que administrará a sua manutenção.
São Borja na “melhor idade”
Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2025 nosso país deverá ter a sexta população mais idosa do mundo, com 34 milhões de pessoas acima dos 60 anos, o que representará 14% de nossa população.
Com pouco mais de 60 mil habitantes, São Borja adapta-se para oferecer infra-estrutura e condições adequadas para os idosos poderem desfrutar seus direitos.
No município, há dois órgãos de fundamental importância na assistência e defesa da terceira idade, o Departamento de Assistência ao Idoso e o Conselho Municipal do Idoso. O Departamento de Assistência ao Idoso promove algumas ações com cerca de 275 idosos que possuem poucos recursos econômicos. O Departamento também desenvolve oficinas, onde os idosos aprendem a fazer crochê, pintura, artesanato, pães e cucas, os quais são vendidos e auxiliam na sua renda familiar.
Já o Conselho Municipal do Idoso é um órgão normativo, que fiscaliza as ações do poder público e das entidades que trabalham com o Conselho para ver o que está sendo executado de acordo com os direitos dos idosos e, também, faz com que os direitos conquistados a partir da Constituição sejam respeitados. Segundo Rosa Soares, membro do Conselho, algumas medidas já estão sendo tomadas para fornecer uma qualidade de vida mais adequada aos idosos, como a construção de rampas.
Uma iniciativa do Conselho junto à Prefeitura foi um projeto que cria um espaço denominado Centro de Geração do Idoso, onde a terceira idade pode passar o dia participando de diversas atividades com pessoas da mesma faixa etária e a noite retornar para o convívio familiar. Empresas também procuram exercer sua responsabilidade social. É o caso de uma empresa de transportes da cidade, que mantém um convênio com o asilo disponibilizando alguns de seus veículos para a melhor locomoção dos idosos.
A saúde é um fator determinante na qualidade de vida da terceira idade. De acordo com a enfermeira Maria Angélica Lul, do posto de saúde Ricardo Pinheiro, localizado no bairro do Passo, dos 100 idosos atendidos, a maioria tem problema referente ao diabetes e à hipertensão, doenças bastante comuns nesse grupo de pessoas e que podem ser facilmente controladas com uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas com acompanhamento médico.
O que fazer na hora de transferir o veículo?
De acordo com a responsável pelo posto do DETRAN de São Borja, Raquel Letícia Welfer Kirinos, o comprador é quem tem a obrigação de efetuar a transferência do veículo junto ao Departamento: “Transferir é uma tarefa do comprador. Ele tem 30 dias para procurar o CRVA [Centro de Registro de Veículo Automotor] e transferir o seu veículo. Se passar de 30 dias, ele recebe uma multa e cinco pontos na carteira”, diz.
Se acontecer algum ato ilícito com o veículo, como roubo ou transporte de drogas, quem sofrerá as conseqüências vai ser a pessoa que estiver com o nome registrado no documento. Por isso, é muito importante transferir o veículo.
A transferência pode ser feita utilizando os serviços de um despachante ou, então, o comprador pode se dirigir ao CRVA, onde se localiza o posto do DETRAN.
Saiba a documentação necessária para a transferência:
- recibo de compra e venda devidamente preenchido e com firma reconhecida do vendedor;
- cópia da identidade;
- CPF;
- comprovante de residência do comprador;
- pagamento de uma taxa que varia segundo o ano do veículo.
Última edição
Por Nelson Nicoli e Renato Ferigollo
O que se lê em São Borja
Por Francis Limberger e Vladson Ajala
Aumento do número de vereadores significa diminuição do repasse de recursos
Por Márcio Cavalheiro e Flávio da Silveira
Atividade física é sinônimo de saúde
Por Filipe Vieira e Natiele Correa
PIC movimenta comunidade no bairro do Passo
Por Deise Kober e Sirlene Kaefer
Projetos sociais amparam crianças pedintes em São Borja
Por Andréia Sarmanho, Chaiane Gomes e Margane Escobar
DORT– Será que você tem?
Por Aline Donato, Bruna Bueno e Karin Franco
Som: um perigo ao ouvido
Por Karin Franco
Câmara de Vereadores de São Borja vai ter maioria governista
Por Eduardo Silva e Fábio Silva
SÃO BORJA x DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Por Andréia Sarmanho, Chaiane Gomes e Margane Escobar
Nova forma de escrever
Por Aline Donato e Bruna Bueno
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Presídio Estadual de São Borja está com superlotação
Com capacidade para 76 apenados, hoje o Presídio Estadual de São Borja está com 133 presos, ou seja, quase o dobro de sua capacidade. O albergue comporta 24 vagas e está com 34 internos. Segundo o agente penitenciário e chefe de disciplina, Jorge Luís Pinto, há selas com capacidade inicial para quatro pessoas que hoje abrigam cerca de 10. Ele afirma, ainda, que o número normal de presos é de pouco mais de 100. Entretanto, há poucos meses, quando foram presos integrantes de uma quadrilha de abigeatários (21) e outros mandatos de prisão, o número de presos chegou a mais de 200.
Apesar da superlotação, o chefe da disciplina do presídio, Jorge Luís Pinto, ressalta que “problemas de falta de segurança não há”. O problema maior acaba sendo o de adequação dos apenados. Jorge destaca ainda que o princípio de motim ocorrido há poucas semanas, com a queima de colchões, foi um caso isolado por parte de quatro internos.
Quanto à ocupação dos presos em trabalho no presídio, a situação é a seguinte: na marcenaria existente trabalham apenas dois, na cozinha há 14 presos trabalhando, outros cinco apenados executam coleta lixo na cidade. No albergue anexo ao presídio, dos 34 detentos existentes, 26 deles trabalham fora durante o dia, recolhendo-se à noite. Para esses que cumprem o regime semi-aberto é preciso uma carta de emprego emitida por parte do empregador.
A partir da próxima segunda-feira estará sendo reaberto o artesanato, empregando mais 11 apenados. O agente penitenciário Jorge Luís afirma que “o ideal é que tivesse emprego para todos os presos”, pois a cada três dias de trabalho é reduzido um dia na pena do recluso.
Segundo o agente penitenciário, a perspectiva é de que sejam investidos recursos para a ampliação do presídio. Entretanto, isso depende de decisões políticas, sendo que em curto prazo não há nada definido. Enquanto isso, segundo o agente, com a proximidade do final de ano, a tendência é de aumento no número de presos. Ele ressalta que o que existe de concreto é uma parceria com a prefeitura para a reativação de uma horta naquele local. Também está prevista a criação de um leque de cursos a serem oferecidos aos reclusos por parte da prefeitura.
O que se lê em São Borja
Pesquisa revela números inéditos sobre o hábito da leitura em São Borja. A leitura de jornais é a mais comum.
As características sócio-econômicas e culturais de uma região costumam determinar boa parte do comportamento de sua população. O hábito de ler com freqüência pode ser definido pelo grau de escolaridade da população. Já o conteúdo desta leitura geralmente está vinculado às raízes culturais ou às necessidades cotidianas.
Em São Borja, a população de aproximadamente 65.000 habitantes tem várias opções no mercado da leitura. Como neste mercado também há custos financeiros, a preferência é por materiais de menor preço. Sendo assim, o jornal desponta como o veículo mais lido em São Borja. Uma pesquisa realizada no Centro da cidade indica que de cada trinta pessoas, vinte e cinco costumam ler jornais. Dezesseis pessoas afirmaram que lêem revistas e doze dedicam tempo aos livros.
A tese se confirma quando comparamos o número de jornais, livros e revistas que circulam na cidade (clique aqui e veja a relação complete). Embora a leitura de livros e revistas seja significativa, são os jornais que tem mais público.
No caso dos jornais locais, circulam semanalmente em São Borja cerca de 11.000 exemplares. Há também os jornais regionais, como o Correio do Povo e a Zero Hora. Estes atingem a marca diária de 2.000 exemplares.
Quando se trata da venda de revistas, os números também mostram uma boa média. As três bancas mais representativas da cidade registram juntas uma venda diária de 80 materiais impressos.
A leitura de livros também tem uma boa representação. Nas três livrarias consultadas registra-se uma venda mensal de aproximadamente 100 livros. Já na Biblioteca Pública Municipal, os quase 2000 associados emprestam mensalmente em torno de 1300 livros, além de fazerem mais de 2000 pesquisas.
Estes índices ganham forma quando comparados com a população total da cidade. A coordenadora da Biblioteca Pública Municipal, Norma Boucheit, destaca que apesar de ainda serem baixos, os índices de leitura em São Borja vêm crescendo.
Já o professor de letras Marcelo Rocha acredita que a leitura em São Borja está dentro dos padrões brasileiros, onde em média cada pessoa lê dois livros por ano. Rocha destaca várias vantagens no hábito de ler, entre elas, a possibilidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Aumento do número de vereadores significa diminuição do repasse de recursos
Para o vereador Farelo Almeida (foto), a proposta, se aprovada, cria uma disparidade na disputa eleitoral realizada em outubro último. “Eu concorri sabendo que eram dez vagas, poderia entrar ou não, foi assim pra todo mundo. Se aumentar as vagas agora, muita gente que poderia ter entrado na disputa vai ser prejudicada”, declara o vereador.
Atividade física é sinônimo de saúde
Não pense que corpo esculpido, músculos grandes e braços fortes são as causas das academias cheias em São Borja, que em média contabilizam cerca de 2000 alunos por ano. A preocupação com a saúde é o principal motivo que atrai esse grande número de freqüentadores para as academias de São Borja, que abrange desde adolescentes até idosos.
O que está causando o hábito da prática esportiva regular, segundo Rogério Ramos, instrutor, é a quantidade de informações disponíveis em relação à saúde ligadas à atividade física, e a conscientização das pessoas quanto aos malefícios do sedentarismo.
Como há nas academias perfis diferenciados, são realizadas avaliações, chamada anaminese, que é um questionário utilizado para coletar informações que contém perguntas a respeito do aluno e do seu histórico familiar, seguindo-se de uma avaliação física onde são realizadas as medições corporais e testes físicos. Essas avaliações são necessárias para evitar que surjam lesões posteriores.
Prevendo esse público diferenciado, as academias procuraram se adaptar, planejando um local que pudesse ser usufruído por pessoas de qualquer idade. São proporcionadas atividades para jovens, como musculação, e para idosos, como dança e ginástica. Segundo a instrutora Karlise Rizzatti, “a atividade física para idosos é muito importante, pois, a partir dos 50 anos, o corpo vai perdendo flexibilidade, massa e força muscular, a gordura corporal aumenta e o exercício físico é uma das alternativas mais saudáveis para prevenir essas mudanças ocasionadas pela idade”. Por causa dessa nova visão, a academia deixou de ser um sinônimo de jovialidade física e passou a significar qualidade de vida.
Uma opção para aquelas pessoas que sofrem com problemas de coluna e nas articulações são os exercícios realizados dentro das piscinas. Essa alternativa fortalece os músculos, melhora a circulação sanguínea e a capacidade respiratória.
Segundo Karlise, são freqüentes lesões, ocasionadas geralmente pela indisciplina dos alunos. Essas lesões desencadeiam luxações, bursites e rompimento das fibras musculares, que são os tipos mais comuns de danos causados pela execução errada dos exercícios. Os riscos de lesões aumentam 30% no inverno, pois a musculatura perde parte de sua flexibilidade.
Independente da época do ano é indicado não interromper a atividade física. Com a chegada do inverno é comum diminuir o número de freqüentadores nas academias e isso pode fragilizar o organismo.
A prática esportiva beneficia também a saúde mental. Como há a integração social nas academias, os transtornos psiquiátricos como ansiedade e depressão diminuem. Karine Pitorini, psicóloga, afirma que a atividade física pode contribuir para a diminuição do estresse físico e mental. Ela diz que a atividade física administrada juntamente com medicamentos e atendimento psicológico auxilia no tratamento da depressão e ansiedade.
O exercício físico ajuda no funcionamento do organismo auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares, no sistema respiratório e no condicionamento físico. Além de todos esses benefícios, também é um ótimo remédio para a insônia e o estresse, pois quem realiza atividade física libera a endorfina que é responsável pela sensação de prazer e bem estar.
PIC movimenta comunidade no bairro do Passo
Saiba mais sobre este assunto em:
www.unipampa.edu.br
www.orkut.com.br/comunidadepic
Projetos sociais amparam crianças pedintes em São Borja
Segundo a conselheira tutelar Maria Martins, os recursos arrecadados pelo Comdica são destinados para projetos da cidade que amparam a essas crianças. “O principal objetivo do projeto é conscientizar a sociedade no sentido de coibir o hábito de dar esmolas em frente aos estabelecimentos comerciais”, explica ela.
Quando o Conselho Tutelar registra algum caso de crianças pedindo nas ruas, o menor é encaminhado para um Centro de Referência em Assistência Social, o CRAS, que é responsável pelo atendimento das crianças e de suas famílias. Cada CRAS é situado em uma região diferente da cidade, contando com assistente social, psicólogo e outros profissionais.
Além de orientar a família, o papel dos profissionais do CRAS é verificar se a criança está freqüentando a escola e se está havendo um comprometimento da família com a saúde do menor. Normalmente, a criança é encaminhada para uma unidade de Apoio Sócio-Educativo em Meio Aberto, as ASSEMAs. Nesses ambientes, a criança conta com reforço escolar, alimentação, oficinas e lazer, em turno inverso ao da escola. A psicóloga Iara Bittencourt lembra a importância do suporte desses projetos: “as pessoas acham bonitinho a criança buscar um troquinho pra ajudar a família, mas não é essa a função dela. Aquela criança não tem que estar ali, e nas ASSEMAs ela pode realmente ser uma criança”.
Segundo a assistente social, Edvandra Saldanha, o trabalho de conscientização das famílias é complicado, pois, em muitos casos, envolve uma questão cultural: “Porque é mais fácil um adulto dar dinheiro para uma criança, do que dar para uma pessoa adulta, que não quer se ajudar, não quer trabalhar, não quer buscar melhores condições para a família”, declara.
Se, mesmo após várias tentativas, não houver o comprometimento da família do menor para que ele deixe as ruas, freqüente a escola e as ASSEMAs, a última alternativa é encaminhar o caso à promotoria. Conforme for a situação da criança, os pais podem perder a guarda temporariamente, e o menor ser encaminhado para um abrigo.
DORT– Será que você tem?
A DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – agrupa um conjunto de doenças que prejudicam determinados tipos de trabalhadores, principalmente, os que exercem atividades fundamentadas na prática de esforços repetitivos ou quando existe uma postura inadequada dos membros superiores do indivíduo.
Para que a doença seja considerada como conseqüência do ambiente de trabalho, o funcionário deve passar por uma avaliação na perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “O perito avalia a capacidade laborativa da pessoa e se ela ainda tem condições de exercer sua profissão. Se confirmada a doença, o indivíduo fica em período de Benefício de Recuperação, que dura 15 dias”, afirma o médico perito do INSS de São Borja, Rogério dos Santos da Rocha.
Após esse período, o beneficiário tem estabilidade garantida de um ano no emprego. No entanto, muitos portadores de DORT não comunicam à empresa que sentem dor, pois temem a demissão. Isso ocorreu com a bancária Marlize Corim: “Eu era a única caixa bancária da agência. Sentia dor no meu braço e um ano depois, descobri que tinha DORT. Fui ao médico e fiquei de licença por 15 dias. Eu deveria ter ficado um tempo maior em reabilitação, mas tinha medo que me demitissem”, declara a bancária.
De acordo com a fisioterapeuta Alessandra Gonçalves, as DORT mais freqüentes são a bursite e tendinite de ombro, lesões de punho e dores lombares. Os profissionais mais prejudicados por essas doenças do trabalho são os digitadores, os bancários e os operadores de caixa em supermercados.
O médico ortopedista Ary Poerscke (foto) aponta que para o paciente saber se tem alguma DORT, primeiramente, ele deve procurar um médico que fará uma avaliação: “Ele lhe diagnosticará ou não a doença. Mas, deve ficar claro que, depois de um dia exaustivo de trabalho, é normal que apareçam esporadicamente dores corporais. O cansaço que normalmente acompanha tal situação desaparece com repouso adequado”, diz.
O ortopedista conta ainda que a maioria dos atendimentos que realiza estão relacionados a essas doenças do trabalho: “Os casos mais freqüentes que eu atendo são de DORT. Cerca de 60% dos meus pacientes reclamam, principalmente, de dor lombar e na coluna cervical. E esses problemas são resultantes, muitas vezes, da má postura com a qual exercem suas atividades”, afirma.
Como forma de prevenção das DORT, pequenos atos no dia-a-dia são fundamentais: “Não dormir de bruços, se agachar quando for pegar algum objeto do chão, sentar corretamente na cadeira”, afirma o ortopedista. A fisioterapia também é uma grande aliada no combate à doença, trabalhando com o paciente na fase da dor, além de ter papel de reforço muscular e orientação no trabalho.
Som: um perigo ao ouvido
O barulho é algo que está presente cada vez mais em todas as cidades. São carros de som, trânsito e ruídos. Todo esse barulho pode trazer uma conseqüência maior e irreversível: a perda auditiva.
De acordo com o médico otorrinolaringologista, Luciano Loureiro, o principal dano de se expor a sons altos ou qualquer ruído contínuo é o desgaste de uma célula do ouvido interno: da cóclea, que é uma célula ciliar do órgão do corte. Ele explica: “Essas células ciliadas é como se fossem um trigal, uma plantação de trigo. Então, quando o som é bem alto, aquele trigal deita. Se você continuar fazendo som alto, aquele trigal, com o tempo, ele não consegue levantar mais, e aí que acontece a lesão para sempre. Ela é irreversível”.
A fonoaudióloga Carmem Regina Balbé diz que depois que o dano é diagnosticado, além de aconselhar o paciente a não se expor mais a esses sons, é indicado uma prótese auditiva para melhorar a audição.
Tanto o ruído baixo quanto o ruído alto são danosos ao ouvido. Os especialistas dizem que em torno de 85 decibéis é o ponto que começa a prejudicar o sistema auditivo. Porém, o que faz com que o dano seja mais grave é o tempo em que a pessoa fica exposta a esse som:
“Uma exposição continuada em torno de 60 decibéis por 8 horas por dia, 40 horas por semana, dez, quinze anos (...) é o suficiente para fazer todo o estrago”, esclarece o médico otorrinolaringologista.
Os principais sintomas que aparecem é o zumbido, a perda auditiva (que ocorre em vários níveis), tonturas, dor de cabeça, stress e aumento de pressão arterial.
Não há tratamento para essa perda, e por isso que a prevenção é o lema dos médicos entrevistados. A fonoaudióloga Carmem Regina Balbé afirma que o volume ideal que a pessoa ouça é o volume que lhe dê conforto, um volume nem a mais e nem abaixo do seu tom.
Poluição Sonora é qualquer ruído que seja elevado e que prejudique alguém. Qualquer som, seja de carros de propaganda ou obras que incomodem algumas pessoas pode ser considerado crime pelo artigo 54, da lei federal n° 9.605 de 1998.
Cada área de cada cidade possui determinado volume de som permitido. Um exemplo são as áreas residenciais, os hospitais e as escolas, onde o volume tolerado durante o dia é de 50 decibéis, e durante a noite, 45 decibéis.
Desde 2001 que o 2° Pelotão Ambiental da Brigada Militar fiscaliza aqui em São Borja. Em média são de 10 a 12 ocorrências por mês.
Além da multa, é realizada a apreensão do equipamento que produz o excessivo volume.
As denúncias são feitas tanto pelo 190 da Brigada Militar, quanto pelo número 3430-3417.
Câmara de Vereadores de São Borja vai ter maioria governista
O resultado da eleição municipal de 2008 em São Borja foi inédito na história política da cidade. Desde a redemocratização, em 1985, nunca uma coligação havia conseguido reeleger o prefeito e, simultaneamente, atingir a maioria dos votos para o Legislativo. Na gestão 2009-2012, o prefeito Mariovane Weis, do PDT, em princípio, vai contar com o apoio de seis dos dez vereadores na Câmara Municipal: Farelo Almeida, Valério Cassafuz, Roque Feltrin e Celso Lopes do PDT, Beto Souza do PTB e Jeovane Contreira do PPS.
O secretário de planejamento e coordenador da campanha do PDT, Léo Tatsch, analisa o resultado eleitoral: “Foi um bom trabalho realizado e isso acaba refletindo também na Câmara de Vereadores. Fica mais fácil para o vereador trabalhar, por ter o que mostrar durante a campanha. Eles tinham o que falar sobre as obras”.
Para um dos eleitos, o vereador Celso Lopes, do PDT, a vitória governista é explicada tanto pela votação do prefeito quanto pela relação dos vereadores que concorreu: “O prefeito Mariovane se elegeu com uma diferença de certa forma expressiva e isso puxa toda a nominata, mas a qualificação dos candidatos do PDT fez com que também tivéssemos esta eleição majoritária”. Lopes, que foi reeleito, projeta um segundo mandato mais tranqüilo para o Executivo, já que “o prefeito vai poder trabalhar em sintonia com o Legislativo, o que ocorreu muito pouco nesse mandato (passado)”, ressaltando que espera poder participar mais da próxima administração.
No lado da oposição, o vereador Carmelito Lunardine do Amaral, do PT, que não conseguiu a reeleição, ironiza: “Não vai ter mais desculpa. As portas estão abertas para o desenvolvimento”, entendendo que o atual prefeito por vezes culpou a oposição no Legislativo por projetos não aprovados.
O taxista João Cândido Alves de Souza salienta a expectativa em relação ao próximo governo: “A tendência é melhorar, ele tem maioria na Câmara, pode ser que surja algum lá que queira ajudar ele a administrar, que vote um projeto bom dele, ajude na administração. Nós estamos com esperança”.
SÃO BORJA x DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Apesar de São Borja contar com uma comissão de capacitação de órgãos, ainda existe muita resistência por parte dos familiares dos pacientes para autorizar a doação. Na maioria dos casos, isso se deve à falta de informação das pessoas.
A Comissão de Capacitação de Órgãos existe desde 2004, no Hospital Ivan Goulart. A equipe é composta de um médico responsável pelo Centro de Terapia Intensiva (CTI), uma enfermeira e uma psicóloga. Apesar dos esforços do grupo, até o momento não houve nenhum caso de doação de órgãos na cidade.
O hospital tem autorização para a coleta de órgãos, mas ainda não houve nenhum caso
Portal SocialA psicóloga da comissão, Lara Dubal, afirma que muitas doações deixam de ocorrer pelo desconhecimento do processo por parte da família. Segundo ela, o procedimento passa por algumas etapas: “se tem algum paciente em estado muito ruim na CTI, as enfermeiras já ficam monitorando e nos avisam se for um potencial doador. São realizados os exames então, para constatar a morte encefálica”.
Segundo o médico coordenador da comissão, Dr. Paulo Fraga, a expectativa da equipe, desde sua formação, é facilitar o processo de doação. Apesar da intenção, o projeto não conseguiu a resposta pretendida. “Quando formamos essa equipe, nós imaginávamos que por causa da mídia, do conhecimento, da televisão, que seria fácil, mas não tem sido assim”, lamenta o médico.
Um fator apontado pela comissão como agravante na resistência dos são-borjenses à doação de órgãos é a demora na liberação do corpo. Caso a família autorize a doação, o hospital entra em contato com a central de transplantes, em Porto Alegre, que envia uma equipe para realizar a retirada dos órgãos. Só o processo cirúrgico leva em torno de quatro a cinco horas, seguido ainda pela recomposição do corpo. “É uma espera muito angustiante para a família”, complementa o coordenador.
Doadores vivos - São casos mais restritos. Podem doar um dos rins ou parte do fígado, mas apenas para familiares. Existe ainda o banco de medula óssea, onde o doador pode se cadastrar e ficar à disposição caso surja alguém compatível, que necessite de transplante.
Em ambos os casos o doador deve estar livre de doenças infecciosas.