sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Presídio Estadual de São Borja está com superlotação

Por Nelson Nicoli e Renato Ferigollo

Com capacidade para 76 apenados, hoje o Presídio Estadual de São Borja está com 133 presos, ou seja, quase o dobro de sua capacidade. O albergue comporta 24 vagas e está com 34 internos. Segundo o agente penitenciário e chefe de disciplina, Jorge Luís Pinto, há selas com capacidade inicial para quatro pessoas que hoje abrigam cerca de 10. Ele afirma, ainda, que o número normal de presos é de pouco mais de 100. Entretanto, há poucos meses, quando foram presos integrantes de uma quadrilha de abigeatários (21) e outros mandatos de prisão, o número de presos chegou a mais de 200.

Apesar da superlotação, o chefe da disciplina do presídio, Jorge Luís Pinto, ressalta que “problemas de falta de segurança não há”. O problema maior acaba sendo o de adequação dos apenados. Jorge destaca ainda que o princípio de motim ocorrido há poucas semanas, com a queima de colchões, foi um caso isolado por parte de quatro internos.

Quanto à ocupação dos presos em trabalho no presídio, a situação é a seguinte: na marcenaria existente trabalham apenas dois, na cozinha há 14 presos trabalhando, outros cinco apenados executam coleta lixo na cidade. No albergue anexo ao presídio, dos 34 detentos existentes, 26 deles trabalham fora durante o dia, recolhendo-se à noite. Para esses que cumprem o regime semi-aberto é preciso uma carta de emprego emitida por parte do empregador.

A partir da próxima segunda-feira estará sendo reaberto o artesanato, empregando mais 11 apenados. O agente penitenciário Jorge Luís afirma que “o ideal é que tivesse emprego para todos os presos”, pois a cada três dias de trabalho é reduzido um dia na pena do recluso.

Segundo o agente penitenciário, a perspectiva é de que sejam investidos recursos para a ampliação do presídio. Entretanto, isso depende de decisões políticas, sendo que em curto prazo não há nada definido. Enquanto isso, segundo o agente, com a proximidade do final de ano, a tendência é de aumento no número de presos. Ele ressalta que o que existe de concreto é uma parceria com a prefeitura para a reativação de uma horta naquele local. Também está prevista a criação de um leque de cursos a serem oferecidos aos reclusos por parte da prefeitura.

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