quinta-feira, 26 de março de 2009

Última Edição

Taxa de limpeza pública divide opiniões de contribuintes
Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa

São Borja terá Serviço de Atendimento Móvel de Urgência -SAMU
Por Felipe Severo e Daiele Tusi

Leishmaniose é preocupação em São Borja
Por Greice Meireles e Mariele Campos

Construção do segundo prédio da UNIPAMPA pode começar em agosto
Por Nelson Nicolli e Renato Ferigollo

Alterações Curriculares beneficiarão estudantes de jornalismo
Por Ligiane Brondani e Cristyeli Carvalho

Intolerância ao glúten: um desafio para quem sofre com a doença
Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

O bom senso deve falar mais alto
Por Silvana Paiva

Leishmaniose é preocupação em São Borja

Por Greice Meireles e Mariele Campos
Nos últimos meses, a cidade está mobilizada para combater a possível epidemia de Leishmaniose Visceral (L.V.), que ataca cachorros e pessoas. O município decretou situação de emergência em relação à doença. A falta de esclarecimento sobre alguns pontos, principalmente em relação à contaminação, aos poucos está sendo sanada.

A vigilância Sanitária de São Borja está recebendo grande número de denúncias de suspeita da doença em cães domésticos. Segundo a médica veterinária responsável por este órgão, Janaina Leivas, na maioria dos casos não há resistência, por parte das famílias, em entregarem seu animal de estimação contaminado para ser feita a eutanásia, uma vez que a doença não tem cura e o tratamento é inviável.

Os cães contaminados pela doença, depois de terem o diagnóstico por exame, estão sendo eutanasiados por uma equipe de veterinários da saúde pública em parceria com o 2º Regimento de Cavalaria Mecanizada (2º RCMEC). Depois de recolhidos de sua residência, o cão infectado é levado até um lugar demarcado e devidamente identificado. Logo depois, passam por uma anestesia e só então é aplicada uma injeção letal.

O aposentado Hermes Perreira Primo, 61 anos, suspeita que seu cachorro esteja contaminado, mas afirma só liberar seu animal para exames se for assistido por profissionais da área de saúde municipal. “Só levam meu cachorro veterinários da vigilância sanitária. Não confio nos particulares, eles só querem nosso dinheiro, prometem tratamento e depois matam o animal e ainda não dão as providências corretas”, exclama.

Janaina Leivas alerta ainda sobre a necessidade de prevenção à doença. Em cães, a saída imediata e segura é eutanásia. No caso dos flebotomos (inseto transmissor), a saída seria a dedetização em plantas, o que resultaria na degradação da vegetação. O controle de frutas e folhas caídas é necessário para o combate ao transmissor.

Em Humanos

A doença em humanos, em princípio, pode não apresentar sintomas. A manifestação deles varia de dias a meses. Quando há indícios, os sintomas são febre, perda de peso, anemia e inchaço significativo do fígado e baço. O diagnóstico é realizado através do exame de sangue coletado do paciente. Os exames coletados em São Borja são analisados em Porto Alegre, levando 7 dias para ficar pronto.

Em Cães

Na leishmaniose viceral canina, o fungo fica presente e baixa imunidade do animal. O cão apresenta sintomas como emagrecimento, conjuntivite, crescimento das unhas, lesões na parte posterior e queda de pêlos, entre outros. O diagnostico é feito por meio do exame de sangue.

Não há cura, a melhor maneira de proteger a vitalidade do ambiente e a saúde humana é a eutanásia dos animais positivos a doença. A vigilância sanitária da cidade presta o serviço gratuitamente. E nas clínicas veterinárias particulares o valor do exame é de 80 reais, caso positivo será 50 reais a eutanásia.
Mais informações:

Construção do segundo prédio da UNIPAMPA pode começar em agosto

Por Nelson Nicolli e Renato Ferigollo

Se os trâmites legais para a construção do segundo prédio da UNIPAMPA correrem normalmente, as obras começarão em agosto deste ano. Segundo o coordenador administrativo do campus, Alex Retamoso, após o início das obras a previsão é que fique pronto em 12 meses, estando disponível para os alunos somente no segundo semestre de 2010.

O coordenador administrativo informa que o novo prédio será maior que o atual. “Terá 2.200 m², sendo que o atual possui 1.600 m² e será construído ao lado do atual, onde ficarão interligados por passarelas e corredor”. Retamoso informa ainda que os três andares do novo prédio vão priorizar salas de aula. Um laboratório para telejornalismo também será construído nas novas instalações.

Aline Donato, estudante de jornalismo do 5° semestre, quando informada que o laboratório de telejornalismo estará concluído apenas em agosto de 2010, quando espera estar cursando o último semestre do curso, demonstrou preocupação com o atraso. “Quando eu estiver no último semestre, poderei fazer apenas a disciplina de laboratório de telejornalismo I, sendo que no currículo são exigidos III”, salienta. A aluna ressalta ainda que, “gostaria que o laboratório fosse construído antes, no prédio atual, para que não atrase nossa formatura”.

Já Ricardo Moreira, membro da comissão de obras da UNIPAMPA, revela que a liberação da obra por parte da Prefeitura está mais atrasada que nas demais cidades que sediam a UNIPAMPA e que também construirão os seus segundos prédios. “As cidades de Itaqui, São Gabriel e Alegrete já estão com os projetos arquitetônicos liberados pelas suas prefeituras. Só São Borja que ainda não liberou”, polemiza. Moreira informa ainda que a professora Denise Silva, Diretora do campus de São Borja, marcará uma audiência logo com representantes da prefeitura para que o processo de liberação da obra seja agilizado.
Quanto ao cercamento e a construção de guaritas na Universidade, o processo está mais adiantado segundo Moreira. “O modelo já está definido, será de concreto e até o final deste semestre acredito que já estará pronto”, finaliza o representante da comissão de obras.

São Borja terá Serviço de Atendimento Móvel de Urgência -SAMU

Por Felipe Severo e Daiele Tusi
Durante visita do Secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra, foi encaminhado um documento explicando as necessidades do SAMU em São Borja. A expectativa era que fosse instalado dentro do primeiro semestre de 2009. Contudo, Auzani afirma que devido a questões burocráticas de liberação de verbas para ampliação de espaço físico do Hospital e contratação de profissionais, o serviço virá somente em setembro e será o primeiro a ser instalado na região Fronteira Oeste.

O Hospital Ivan Goulart possui grande demanda de atendimentos, pois recebe pacientes de sete municípios: Garruchos, Itacurubi, Itaqui, Maçambará, Santiago, Santo Antônio das Missões e São Luiz Gonzaga - que somados ultrapassam 200 mil habitantes. Em média, 150 pessoas por dia - 4.500 por mês - são atendidas no HIG. Com a vinda do SAMU, Auzani acredita aumentar em 20% a demanda, ou seja, 900 pacientes por mês, ou 30 por dia.

São Borja conta primeiramente com a ambulância da prefeitura para atender casos de urgência e emergência. Urgência é todo caso onde não há risco de vida, e emergência caracteriza-se pela situação onde há risco a vida. Os casos que exigem remoção de corpos e atendimento especializado caracterizam-se como emergenciais e faz-se necessário a presença de profissional qualificado.

Testemunha classifica como “péssimo” o atual serviço de emergência

A técnica em enfermagem, Keli Medianeira Lovato, afirma ter presenciado vários acidentes na cidade. Num deles, o socorro demorou mais de meia hora para chegar, ou então somente compareceu ao local o motorista da ambulância, devido à falta de profissionais para atender tamanha demanda. Keli caracteriza o serviço de atendimento de São Borja como “péssimo” e acredita numa melhora com a presença do SAMU. Testemunha de alguns acidentes graves, já viu pessoas serem mal transportadas pela falta de um pronto-atendimento correto. Ela conta que um civil não a deixou proceder como devia, movimentando a vítima de forma equivocada para levá-la até o hospital.

Secretário da Saúde é contra a vinda do SAMU e desconhecia a informação

O secretário Almir Bertim não sabia da implantação do SAMU em São Borja e disse que não tinha nenhuma informação oficial. Afirmou que essa responsabilidade de prestar primeiros socorros em casos de acidentes graves é do Estado, através do Corpo de Bombeiros. Comentou que a secretaria vem assumindo há algum tempo essas atribuições que não são da sua competência, e que futuramente o SAMU venha a ser um problema para o município. Almir é receoso em relação ao serviço, porque considera uma responsabilidade que foge à realidade municipal. Segundo ele, teria um custo muito alto, e como o município já encontra dificuldades com o atual serviço, há uma impossibilidade de mantê-lo, mesmo sabendo da parceria União, Estado e municípios. A parceria funciona da seguinte forma: a União disponibiliza as ambulâncias e os equipamentos, o Estado é encarregado de repassar a verba e o município entra com a manutenção e o combustível. “É aquele apoio que se recebe inicialmente, mas depois o custo de manutenção é do município”, afirma o secretário. “Pois toda a ambulância que vem pro município não vem com para-médico, não vem com combustível e nem com motorista, e tampouco com as diárias quando se tem que sair pra fora do município”, completa.
  • Quando chamar o SAMU?
    O SAMU realiza atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, vias públicas, locais de trabalho. Basta ligar para o telefone 192. A ligação é gratuita.

    Em que situações o serviço deve ser solicitado?

    Problemas respiratórios;
    Intoxicação exógena;
    Casos de queimaduras graves;
    Ocorrência de maus tratos;
    Em trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do bebê;
    Em tentativas de suicídio;
    Em crises hipertensivas;
    Acidentes com trauma e/ou vítima;
    Afogamentos;
    Choque elétrico;
    Transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.

    Tudo sobre primeiros socorros:
    http://members.tripod.com/~everton_herzer/primeirossocorros.htm

Taxa de limpeza pública divide opiniões de contribuintes

Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa
Em São Borja a cobrança da taxa de lixo causou surpresa aos seus moradores. A pedido dos contribuintes e com a colaboração de seus representantes foi realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores da cidade, onde os contribuintes solicitaram a separação da cobrança da taxa de coleta do lixo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

A taxa de lixo era cobrada juntamente com o imposto, e isso acabava causando prejuízo ao município, pois pessoas isentas do pagamento do IPTU automaticamente deixavam de pagar a taxa do lixo, mesmo que usufruindo do serviço.

De acordo com o coordenador de arrecadação tributária da Secretaria de Administração e Fazenda, Edison Zappe, o município arrecadava um valor inferior ao custo operacional pago a empresa prestadora do serviço de coleta do lixo.

A partir dessa correção, os contribuintes não podem ser isentados do pagamento da taxa de coleta de lixo como havia sendo feito quando a cobrança era realizada com o IPTU. A única exceção é com relação aos terrenos baldios, que são isentos do pagamento, já que se supõe que esses não produzam lixo. Segundo Zappe, o contribuinte que deixar de efetuar o pagamento da taxa de lixo será submetido a medidas judiciais de acordo com a lei 6830 de execuções fiscais, que é utilizada para a cobrança dos tributos municipais.

Para a dona de casa, Maria Oliveira, o serviço prestado pela empresa de coleta é ineficiente. Apesar disso, ela considera justo que a comunidade pague pelo serviço, mas que o custo deveria ser menor. O porteiro Jorge Adão não concorda com a cobrança, pois entende que o pagamento é dever do poder público.

Atualmente, o valor a ser pago é estipulado pelo metro da testada, que corresponde à metragem da frente do terreno e custa R$ 7,30 o metro. Este valor é estipulado pela Unidade de Referência Municipal (URM).

De acordo com Zappe, para 2010 está prevista uma correção nos valores. Ao invés de ser cobrado pelo metro da testada, a taxa de coleta do lixo será cobrada por zona fiscal.

Alterações Curriculares beneficiarão estudantes de jornalismo

Por Ligiane Brondani e Cristyeli Carvalho

Está prevista para o segundo semestre deste ano a aprovação de mudanças no Projeto Político Pedagógico (PPP) dos cursos de jornalismo em todo o Brasil. O projeto, que prevê a diminuição da carga horária mínima para 2700 horas, atingirá a Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), que hoje possui uma carga horária de 2900 horas.

Segundo o Coordenador do curso de jornalismo da UNIPAMPA, professor Miro Bacin, a mudança é positiva para os alunos: “Isso possibilitará que os alunos tenham mais tempo e que o currículo oferte mais horas para atividades complementares, viagens, seminários, cursos que sejam úteis para a sua formação. Pretendemos que ao mesmo tempo traga para o aluno outras perspectivas, que não sejam estas que todos os cursos oferecem”, ressalta.

O Coordenador ainda explica que após avaliações gerais com os professores da Universidade, algumas disciplinas serão reestruturadas e outras possivelmente retiradas do currículo. “A gente vai fazer uma avaliação geral das disciplinas, especialmente aquelas que são operacionalmente inviáveis, como por exemplo Agência de Notícia I e II, que exige uma superestrutura. Currículos como este temos hoje é para Instituições que já estão há anos no mercado”, relata Miro.

As discussões sobre a mudança no PPP estão ocorrendo através de audiências públicas, que vão contar com representantes das associações, entidades de classe e jornalistas profissionais que estejam no mercado de trabalho, segmentos da sociedade civil, movimentos sociais e organizações não-governamentais. A primeira audiência já ocorreu no dia 20 de março e contou com a presença de professores e intelectuais da área. Já as próximas ocorrerão nos dias 24 de abril e 18 de maio.

Em entrevista ao site Secretaria de Educação Superior (SESU), a Secretária de Educação Superior, Maria Paula Dallari Bucci, diz que as mudanças nas diretrizes curriculares vão atualizar projetos pedagógicos de universidades que estão fora da realidade.

O Presidente da Comissão que irá avaliar estas mudanças será o professor José Marques de Melo. Sugestões de alterações no currículo de jornalismo podem ser enviadas para o e-mail consulta.jornalismo@mec.gov.br até o dia 30 de março. Após a aprovação destas mudanças, outros cursos também serão reavaliados pelo Ministério da Educação.

O bom senso deve falar mais alto

Por Silvana Paiva

O cigarro é um dos principais causadores do câncer de pulmão. Cada cigarro contém mais de 4500 substâncias tóxicas e nicotina, que além de prejudicarem a saúde, causam dependência física e psíquica.

O cigarro não prejudica somente o fumante. As pessoas que convivem com eles, conhecidas como fumantes passivas, podem apresentar problemas respiratórios. “As pessoas que ficam na presença de fumantes, em pouco tempo, podem apresentar falta de ar, tosse e irritação nas narinas. Em longo prazo podem desenvolver enfisema pulmonar, câncer de boca, entre outras doenças”, afirma Glaucia Fenner, enfermeira do Hospital Ivan Goulart. Ansiedade e curiosidade são fatores que acabam influenciando os jovens a dar a primeira tragada, relata a enfermeira.

Acadêmico do curso de Serviço Social da Unipampa, Leandro da Silva diz que não encontra problemas em conviver com fumantes desde que eles respeitem os demais, que assim como ele, não fumam.

A diretora da Unipampa, campus São Borja, Denise da Silva enfatiza que a parcela de fumantes da instituição costuma respeitar os espaços e utiliza o bom senso, tomando cuidado na hora de descartar os filtros de cigarro.

A acadêmica do curso de Jornalismo da Unipampa, Raquel Balbueno, relata que fuma há dez anos e que começou num período em que teve que trocar de escola. “Eu me sentia deslocada do grupo por não fumar e isso acabou me influenciando a fumar também”, destaca Raquel.
Muitos locais acabam disponibilizando fumódromos, porém, muitas pessoas contestam a utilidade destes locais. Raquel acredita que estes espaços tornam-se desnecessários, considerando que as pessoas podem tomar atitudes simples como se retirar para um local aberto para fumar.

Intolerância ao glúten: um desafio para quem sofre com a doença

Por Andréia Sarmanho e Guilherme Veiga

Ainda que desconhecida pela maioria no país estima-se que a doença celíaca afete um em cada 600 brasileiros. Os portadores não podem comer alimentos que contenham glúten – proteína encontrada no trigo, no centeio, na aveia, na cevada e nos derivados desses cereais. Ao ingerir a mínima quantidade dessa proteína, o corpo do celíaco libera substâncias que irritam o intestino, fazendo com que ele deixe de absorver os nutrientes dos alimentos. Com isso, a imunidade cai e a pessoa, além de perder muito peso, fica vulnerável a outros problemas.

A doença pode ser detectada logo nos primeiros anos de vida, ou somente após a adolescência. “Às vezes tem um período, quando eles passam pela adolescência, sem crises. Depois, na fase adulta, voltam a ter diarréia”, explica o gastroenterologista do Hospital Ivan Goulart, de São Borja, Edgar de Matos.

Os sintomas, inicialmente, costumam confundir os pais, já que diarréia, dores no estômago e anemia são comuns em doenças mais conhecidas e menos perigosas, como infecções intestinais. Foi o que aconteceu com Patrícia Ortiz há um ano e meio, quando sua filha, então com quatro anos de idade, queixava-se de fortes dores abdominais e diarréia constante. “Ela sentia muitas cólicas e encolhia as pernas. Aí baixou hospital e não adiantou, então suspeitaram e fizeram um exame que constatou a doença”, conta Patrícia.

A doença celíaca não é temporária, e se não for tratada corretamente pode levar à morte devido ao emagrecimento constante do portador. Quando há suspeita de intolerância ao glúten, uma forma de se comprovar é deixando de ingerir o nutriente pelo período de três semanas a um mês, e depois o recolocando na dieta para saber se o glúten é mesmo o causador do mal-estar, pois os sintomas aparecem logo em seguida.

Após a comprovação, o único tratamento é a retirada completa do glúten da dieta. A nutricionista Fernanda Pedron explica que existem várias alternativas que podem suprir a ausência dos cereais que contém a proteína: “Os celíacos vivem normalmente sem ingerir os alimentos que contém glúten. Arroz, batata e mandioca, por exemplo, podem ser usados para fazer pães e bolos”.

O Ministério da Saúde obrigou as empresas alimentícias a colocarem nas embalagens de seus produtos as indicações caso contenha ou não o glúten, pois há derivados dos cereais “proibidos” aos celíacos que podem não aparecer de forma explícita até mesmo nos ingredientes do produto. Mesmo assim, geralmente a especificação da presença do glúten é de difícil localização na embalagem.

Além disso, o mercado ainda é bastante restrito, já que apresenta pouca variedade de alimentos para quem não pode ingerir a substância. Se não bastasse, a quantidade enviada a supermercados de cidades do interior é escassa e de difícil localização nas prateleiras. Sendo assim, a melhor saída é a busca de receitas caseiras com profissionais de nutrição e sites de entidades especializadas, como o da Associação de Celíacos do Brasil, a ACELBRA, que conta com algumas páginas regionais.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Última Edição

Transporte coletivo dos bairros para a Unipampa é “insuficiente”
Por Nelson Nicolli e Renato Ferigollo

ACISB escolhe nova diretoria
Por Adir Machado e Eduardo Silva

Prefeitura de São Borja realiza contratações emergenciais
Por Chaiane Gomes e Karin Franco

Curso “Despertar da sensualidade”atrai público feminino
Por Deise Kober e Sirlene Kaefer

Diretrizes curriculares de jornalismo poderão mudar
Por Kelen Rauber e Luana Raddatz

Inativos X Executivo
Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

Projeto de Extensão: Atividade que gera conhecimento
Por Aline Donato e Bruno Bueno

Projeto de Extensão: Atividade que gera conhecimento

Por Aline Donato e Bruno Bueno

Com a finalidade de promover a interação entre a comunidade universitária e a sociedade, além de complementar a formação dos acadêmicos, diversos Projetos de Extensão vão ser oferecidos por alguns professores do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Pampa – Unipampa – no campus de São Borja.

“Sessão Pipoquinha”

O “Projeto de Extensão Sessão Pipoquinha” é coordenado pelos professores Mara Ribeiro e Marcelo Rocha. Seu objetivo principal é analisar diferentes filmes a partir de um ponto de vista crítico. Essa proposta é uma forma de habituar o público a assistir aos filmes de uma maneira mais aprofundada, através da análise de questões como o cidadão e a sociedade brasileira, direitos, valores, economia e política.

A “Sessão Pipoquinha” engloba a apresentação tanto de filmes nacionais quanto estrangeiros. Antes da exibição, um embasamento teórico de no mínimo dois autores é apresentado ao público e uma questão orientadora, que expõe sob qual perspectiva o filme deve ser analisado, também é exposta. Ao final, acontecem debates e o professor faz um comentário sobre o filme e sua relação com os autores inicialmente apresentados.

Segundo a professora Mara Ribeiro, o projeto está aberto a toda comunidade e as primeiras exibições deste ano começam no mês de abril, na própria Universidade: “O objetivo é também tentar fazer exibições fora da Unipampa, para que as pessoas se sintam mais à vontade para participar. A idéia é de que a “Sessão Pipoquinha” se mantenha por um bom tempo e que a gente ajude a criar esse tipo de público, com um olhar mais preparado”, ressalta.


“Audiobook”

Já o Projeto de Extensão “Audiobook” é uma parceria entre as professoras Cárlida Emerim, do Curso de Jornalismo, e Roberta Thier, do Curso de Publicidade e Propaganda. A proposta desse projeto, que teve início no ano passado, é a criação de audiobooks, ou seja, a gravação de materiais didáticos e literários a fim de deixá-los disponíveis, primeiramente, para as pessoas portadoras de deficiência visual.

De acordo com a professora Cárlida Emerim, após a produção, o material vai estar disponível em diversos locais da cidade como na biblioteca municipal, APAE e em outras instituições que trabalham com este público-alvo em São Borja. “Também existe a possibilidade dos professores da rede pública retirarem esses trabalhos para utilizá-los nas salas de aula e também no auxílio de crianças que possuam déficit de atenção”, comenta.

Posteriormente, a idéia é inserir a comunidade neste projeto, utilizando as vozes das pessoas interessadas para a gravação das obras. As primeiras gravações para o “Audiobook” vão ser produzidas pelos alunos do 6º semestre do Curso de Publicidade e Propaganda, na disciplina de Áudios Publicitários. A professora Roberta Thier aponta que esse trabalho é uma forma de aliar projetos com a disciplina prática dos alunos: “Essa é uma disciplina bem prática na qual os alunos receberão instruções de rádio e poderão produzir além de materiais para o Projeto, gravações para serem utilizadas em sala de aula”.

“Catavento”

Sob a responsabilidade do professor Geder Parzianello, o Projeto de Extensão “Catavento” começou no ano passado, através da integração dos acadêmicos da disciplina de Comunicação Comunitária com a Fundação Teresa Verzeri. O Instituto cuida de 80 crianças de baixa renda no horário em que não estão na escola, realizando diversas atividades recreativas e educacionais com estas crianças.

Para dar maior visibilidade à Fundação Teresa Verzeri, fortalecendo o seu papel social, os alunos da Unipampa produziram um projeto de mídia impressa e audiovisual sobre o Instituto. O projeto conseguiu atingir seus objetivos: “A prova disso foi o apoio do banco Itaú. A entidade conseguiu 200 mil reais de apoio a partir do projeto, que nós nos orgulhamos muito e que foi feito não apenas por estudantes, mas por pessoas da comunidade”, informa o professor Geder Parzianello.

Inativos X Executivo

Por Fabio da Silva, Francis Limberger e Vladson Ajala

O abono remuneratório, auxílio pago aos inativos do município de São Borja, é o centro do impasse. A discussão, envolvendo o Sindicato do Municipários e a Prefeitura Municipal, foi originada por um desacordo em relação ao valor a ser pago a partir do ano de 2009.


O executivo municipal não tem obrigação de pagar tal gratificação, tendo em vista que não há uma lei local que o regulamente e a União e o estado não disponibilizam recursos para o pagamento deste valor. Assim, o pagamento fica a critério de cada administração municipal.


Em 2008 o auxílio, no valor de R$ 166,00, era pago mensalmente. Nesse modelo, o valor total do benefício beirava R$ 2000,00 ao ano. Entretanto, houve uma condenação do Tribunal de Contas da União, que não permite tal prática. A saída encontrada foi o pagamento em cota única (ou parcelamento em até três vezes), o que é permitido pelo TCU. Criou-se um impasse a cerca do valor proposto pela administração municipal: enquanto o SIMUSB esperava por um reajuste do abono, que chegaria em R$ 2244,00, a Prefeitura fez uma proposta de redução para R$ 675,00.

Mediante a posição do administrador do município, no último dia 13 de março, uma representação da classe dos aposentados pelo município, que foram afetados pelo corte do abono remuneratório realizou, com apoio do SIMUSB, manifesto pacífico na praça XV de Novembro, em frente à prefeitura de São Borja, com intuito de sensibilizar o prefeito Mariovane Weis com sua situação.

Olga Gonçalves, funcionária inativa e sócia fundadora do SIMUSB, defende que a falta do abono remuneratório afeta muito a vida dos aposentados, pois, em muitos casos este valor servia para a compra de remédios e para ajudar na cesta básica.

Sobre este impasse entre o administrador da cidade e a classe dos inativos, Olga argumenta que: “ ...é difícil uma resposta positiva do Sr. Prefeito.”, tendo em vista projeto mandão pelo mesmo à câmara de vereadores que não inclui os aposentados no recebimento do referido abono, somente gratificando conselheiros tutelares e ocupantes de cargos de confiança.

Um decreto emitido em março pela prefeitura prevê contenção de gastos de 20% por dois meses, o que adia a decisão final sobre o abono. Tânia Pinheiro (foto), presidente do SIMUSB, acredita em um acordo com a prefeitura. Entretanto, se ao final do período de vigor do decreto as reivindicações do sindicato não forem atendidas, a questão poderá ser levada aos tribunais.

Uma ajuda da Câmara de Vereadores pode ser um ponto importante para o acordo entre as partes. O poder legislativo se propõe a pagar metade do valor do abono, o que corresponde a R$ 1122,00. Como a prefeitura já ofereceu a quantia de R$ 675,00, faltariam apenas R$ 450,00 para a solução do impasse.

Nossa equipe ainda não conseguiu contatar o prefeito Mariovane Weis.

Diretrizes curriculares de jornalismo poderão mudar

Por Kelen Rauber e Luana Raddatz

A comissão criada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para rever as diretrizes curriculares do curso de graduação de jornalismo realizará três audiências públicas para ouvir a sociedade, intelectuais da área, estudantes e profissionais inseridos no mercado de trabalho. A primeira audiência será no Rio de Janeiro em 20 de Março, a segunda em Pernambuco, dia 24 de abril, e a terceira no dia 18 de maio em São Paulo.

O objetivo é fazer com que o Jornalismo deixe de ser uma área da Comunicação Social e se torne uma ciência com diretrizes próprias e específicas. Um dos pontos mais polêmicos é a concessão de diplomas para bacharéis em apenas dois anos de curso, sugerida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em 2008.

O professor e coordenador do curso de jornalismo da Universidade Federal do Pampa, Miro Bacin, afirma que “A comissão de especialistas vem em boa hora, vem ajudar os cursos em todo país. Se formos observar os currículos hoje numa maneira geral há muitas situações caóticas, de cursos como, por exemplo, o de jornalismo da UNIPAMPA, que vem adaptando o currículo de uma universidade que não é da região e traz problemas na parte operacional. É mais que necessária essa comissão, que vão utilizar dados da realidade para elaboração de currículos factíveis, currículos que realmente formem pessoas habilitadas ao trabalho jornalístico.”

O acadêmico de jornalismo, Felipe Severo, diz: “A base de um curso de jornalismo deve ter uma carga horária considerável de disciplinas humanísticas, para que o aluno saiba entender os aspectos sócio-culturais do meio”.

O MEC está disponibilizando em seu portal uma página eletrônica para a participação do público, sobre os aspectos levantados pela comissão, o prazo encerra-se no dia 30 de março.
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Curso “Despertar da sensualidade”atrai público feminino

Por Deise Kober e Sirlene Kaefer
Empresa local promoveu palestra “despertar da sensualidade” para revendedoras de peças íntimas e para o público em geral, especialmente o feminino, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março. O evento aconteceu no salão de atos da Escola Sagrado Coração de Jesus, no dia 15 de março e contou com mais de 200 mulheres.

O objetivo da palestra foi proporcionar às mulheres mais conhecimento sobre seu próprio corpo, sua sensualidade e a natureza feminina. O evento também abarcou temas como sexualidade feminina, auto-estima e comportamento.

A palestrante, Gisa Pyl, natural de Cascavel (PR), atualmente está em turnê pelo Rio Grande do Sul, discutindo o tema sensualidade. Gisa é esteticista e empresária no ramo de sex shop e se considerada autodidata no campo da sexualidade. Possui turmas de várias faixas etárias, de adolescentes a idosos.
Segundo Gisa, a mulher moderna deve esquecer que falar de sexo é errado, “procurar colocar fora tudo o que é sujo pela cultura”, pois muitas vezes, o tema sexo é visto como “sujo”, conceitos ainda arraigados na sociedade e adotado como um tabu. Gisa apontou dicas de como se vestir melhor, potencializar o lado positivo, minimizar os pontos negativos e, assim, ficar mais resolvida.
“Todas nós somos seres sensuais e sexuais”, afirma Gisa, por isso, a vaidade é necessária para a sensualidade e sexualidade. A responsabilidade na relação saudável caminha para um relacionamento cada vez mais evolutivo, e a mulher saber que tem o seu sex apeal só traz benefícios para a relação. De acordo com Gisa, o principal problema das mulheres que não se conhecem sexualmente é resultado da timidez, que corrobora para a baixa auto-estima.
Por isso, um dos temas discutidos foi o polêmico “pompoarismo”, que é o autoconhecimento através do toque. “É a mulher conhecer o próprio corpo e saber do que ela é capaz. As pessoas somatizam doenças porque são mal resolvidas sexualmente”, declara Gisa. “O fato de a mulher se ‘pompoar’ só traz benefícios para a saúde. Já está comprovado”, acrescenta.

Uma das frases de efeito da palestrante é “mulher poderosa se valoriza, mulher poderosa se resolve!”. Gisa enfatizou, ainda, a importância do uso do preservativo, mesmo quando a relação for monogâmica, pois os homens sabem separar sexo de amor, e em muitos casos, um dos parceiros é infectado com alguma Doença Sexualmente Transmissível (DST) pelo próprio companheiro, mesmo em uma relação monogâmica.
Conforme dados recentes, 60% dos casais estão insatisfeitos sexualmente, 20% enfrentam problemas relacionados com filhos ou problemas financeiros e somente 10% vivem o ápice da sexualidade. Por isso, a intimidade do casal está decaindo e 50% dos divórcios acontecem por problemas relacionados com a relação íntima do casal. “As pessoas estão cansadas dessa mediocridade, por isso devem ficar mais responsáveis e criar ‘anticorpos’ contra isso”, concluiu Gisa.
Para a revendedora de roupas íntimas, Maira Guimarães, a procura e venda de acessórios aumentou consideravelmente, contribuindo para os negócios do ramo. Maira completa dizendo que “a palestra foi aberta ao público feminino, para propor e desenvolver a performance sensual e sexual. Já as revendedoras tiveram um treinamento específico para escolher com mais conhecimento o acessório correto”.
Para os interessados em assistir a palestra, a previsão da próxima realização do evento é para o segundo semestre deste ano, sem data prevista. Para mais informações, acesse o site de contatos http://www.gisapylcursos.com.br/.

Transporte coletivo dos bairros para a Unipampa é “insuficiente”

Por Nelson Nicolli e Renato Ferigollo

Alunos da Unipampa que dependem do transporte coletivo dos bairros até a Universidade reclamam da disponibilidade de ônibus e de passagens para o transporte.

É o caso da estudante de jornalismo Mariele Dornelles, que depende da linha bairro Pirahy - Unipampa. Ela afirma que nos dias em que tem aula às 7h30min não existe ônibus disponível do seu bairro até a Universidade, precisando então pegar um ônibus até o Centro e outro até a Unipampa. Sendo que na volta o processo se repete, consequentemente, gastando o dobro. “Muitas vezes, com todo esse processo, acabo por chegar à Unipampa atrasada para as aulas”.

Já o estudante de Jornalismo Adir Machado, que também utiliza a linha Pirahy – Unipampa queixa-se que o número de passagens disponíveis para estudantes é de 50. Sendo que estudantes como ele necessitam de mais, já que precisam pegar dois ônibus nos dias em que tem aula às 7h30, ou quando perde o único ônibus dessa linha, às 08h00min. “75 passagens para um estudante como eu seria suficiente”, afirma o universitário.

O gerente operacional da Santa Ignês Transportes, empresa que realiza o transporte coletivo, Floriano Fontoura, explica o porquê da pouca disponibilidade de ônibus nos bairros para a Universidade: “É preciso uma demanda de no mínimo dois alunos por quilômetro rodado para que se disponha outro coletivo”. Ele afirma que não havendo essa demanda de usuários é inviável para empresa dispor de outro ônibus em horário alternativo.

Quanto à disponibilidade de passagens para estudantes, Fontoura afirma que cada aluno pode adquirir até 100 passagens, se comprovado que utiliza dois ônibus para o transporte até a Universidade. Fontoura afirma ainda que será instalada uma ouvidoria esta semana na Unipampa para ouvir os alunos sobre o transporte e que após estudos, se comprovada à demanda, serão colocados mais ônibus disponíveis nos bairros para os estudantes e que será adquirido um ônibus 0 Km com elevador para fazer a linha da Unipampa, melhorando assim esse serviço.

Prefeitura de São Borja realiza contratações emergenciais

Por Chaiane Gomes e Karin Franco

Um sorteio parou quem passava pela Praça 15 de novembro, em São Borja, nesta quarta-feira, dia 18. O sorteio público foi realizado para preencher vagas de uma contratação emergencial para a Prefeitura Municipal.

Devido ao grande número de inscritos para algumas vagas, a comissão que organizou a contratação emergencial e a Câmara de vereadores decidiram pelo sorteio, pois não havia nenhuma previsão de prova no edital, e os organizadores queriam simplificar o processo.


Foram quase 1500 inscritos ao todo, porém apenas as vagas de pedreiro, servente, merendeira, serviço geral, eletricista, mecânico e soldador/chapeador estavam sendo sorteadas. O restante das vagas foi preenchido através de uma seleção, onde se apresentou currículos e entrevistas com psicólogas.

Durante o sorteio, três pessoas foram convidadas a subir no palco para acompanhar o processo de perto. Entre elas estava Rosa Maria Pereira Becker, 53 anos, que conseguiu uma vaga para servente. Ela destacou que se sente preparada para o cargo, já que possui experiência, porém ela acredita que a pessoa que não tiver experiência irá desistir logo.

Segundo o Secretário de Administração e Fazenda, Bruno Maurer, os próximos processos seletivos para cargos da prefeitura poderão ser informatizados. Isso possibilitará que as inscrições sejam realizadas pela internet, assim evitando as longas filas que se formaram na semana passada, quando abriram as inscrições.

O resultado do sorteio está disponível a partir de hoje na prefeitura de São Borja. Quem foi sorteado, a partir de segunda-feira, deve levar a documentação restante para o Departamento Pessoal da Secretaria da Educação. As informações sobre quais documentos levar estão disponíveis no mesmo local.

ACISB escolhe nova diretoria

por Adir Machado e Eduardo Silva

A Associação Comercial, Industrial, de Prestação de Serviços e Agropecuária de São Borja (ACISB) elegeu em Assembleia Geral Ordinária na última quinta-feira, 12 de março, a sua nova diretoria. O evento foi realizado no auditório da sede da entidade, na Rua Olinto Silva.

O empresário Wolmi de Oliveira, presidente no período 2007-2009, foi reconduzido ao cargo por aclamação, já que liderava uma chapa única escolhida por consenso. O presidente reeleito fez um balanço a respeito da gestão que se encerra: “Esses últimos dois anos foram fundamentais e bastante representativos, pela importância da Acisb no contexto regional”.

Oliveira destacou o ano de 2008, quando a associação comemorou o seu centenário lançando uma revista sobre a data. “O quadro social da associação obteve nesses dois anos um acréscimo de 15%, coisa que vinha estagnada há muitos anos,” explica.

Para o próximo mandato, o objetivo é a ampliação de cursos e novas parcerias, como a já existente com a ONG Parceiros Voluntários, além da atuação junto à comunidade, sobretudo em avanços na questão logística do município.