quinta-feira, 26 de março de 2009

Leishmaniose é preocupação em São Borja

Por Greice Meireles e Mariele Campos
Nos últimos meses, a cidade está mobilizada para combater a possível epidemia de Leishmaniose Visceral (L.V.), que ataca cachorros e pessoas. O município decretou situação de emergência em relação à doença. A falta de esclarecimento sobre alguns pontos, principalmente em relação à contaminação, aos poucos está sendo sanada.

A vigilância Sanitária de São Borja está recebendo grande número de denúncias de suspeita da doença em cães domésticos. Segundo a médica veterinária responsável por este órgão, Janaina Leivas, na maioria dos casos não há resistência, por parte das famílias, em entregarem seu animal de estimação contaminado para ser feita a eutanásia, uma vez que a doença não tem cura e o tratamento é inviável.

Os cães contaminados pela doença, depois de terem o diagnóstico por exame, estão sendo eutanasiados por uma equipe de veterinários da saúde pública em parceria com o 2º Regimento de Cavalaria Mecanizada (2º RCMEC). Depois de recolhidos de sua residência, o cão infectado é levado até um lugar demarcado e devidamente identificado. Logo depois, passam por uma anestesia e só então é aplicada uma injeção letal.

O aposentado Hermes Perreira Primo, 61 anos, suspeita que seu cachorro esteja contaminado, mas afirma só liberar seu animal para exames se for assistido por profissionais da área de saúde municipal. “Só levam meu cachorro veterinários da vigilância sanitária. Não confio nos particulares, eles só querem nosso dinheiro, prometem tratamento e depois matam o animal e ainda não dão as providências corretas”, exclama.

Janaina Leivas alerta ainda sobre a necessidade de prevenção à doença. Em cães, a saída imediata e segura é eutanásia. No caso dos flebotomos (inseto transmissor), a saída seria a dedetização em plantas, o que resultaria na degradação da vegetação. O controle de frutas e folhas caídas é necessário para o combate ao transmissor.

Em Humanos

A doença em humanos, em princípio, pode não apresentar sintomas. A manifestação deles varia de dias a meses. Quando há indícios, os sintomas são febre, perda de peso, anemia e inchaço significativo do fígado e baço. O diagnóstico é realizado através do exame de sangue coletado do paciente. Os exames coletados em São Borja são analisados em Porto Alegre, levando 7 dias para ficar pronto.

Em Cães

Na leishmaniose viceral canina, o fungo fica presente e baixa imunidade do animal. O cão apresenta sintomas como emagrecimento, conjuntivite, crescimento das unhas, lesões na parte posterior e queda de pêlos, entre outros. O diagnostico é feito por meio do exame de sangue.

Não há cura, a melhor maneira de proteger a vitalidade do ambiente e a saúde humana é a eutanásia dos animais positivos a doença. A vigilância sanitária da cidade presta o serviço gratuitamente. E nas clínicas veterinárias particulares o valor do exame é de 80 reais, caso positivo será 50 reais a eutanásia.
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