quinta-feira, 19 de março de 2009

Diretrizes curriculares de jornalismo poderão mudar

Por Kelen Rauber e Luana Raddatz

A comissão criada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para rever as diretrizes curriculares do curso de graduação de jornalismo realizará três audiências públicas para ouvir a sociedade, intelectuais da área, estudantes e profissionais inseridos no mercado de trabalho. A primeira audiência será no Rio de Janeiro em 20 de Março, a segunda em Pernambuco, dia 24 de abril, e a terceira no dia 18 de maio em São Paulo.

O objetivo é fazer com que o Jornalismo deixe de ser uma área da Comunicação Social e se torne uma ciência com diretrizes próprias e específicas. Um dos pontos mais polêmicos é a concessão de diplomas para bacharéis em apenas dois anos de curso, sugerida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em 2008.

O professor e coordenador do curso de jornalismo da Universidade Federal do Pampa, Miro Bacin, afirma que “A comissão de especialistas vem em boa hora, vem ajudar os cursos em todo país. Se formos observar os currículos hoje numa maneira geral há muitas situações caóticas, de cursos como, por exemplo, o de jornalismo da UNIPAMPA, que vem adaptando o currículo de uma universidade que não é da região e traz problemas na parte operacional. É mais que necessária essa comissão, que vão utilizar dados da realidade para elaboração de currículos factíveis, currículos que realmente formem pessoas habilitadas ao trabalho jornalístico.”

O acadêmico de jornalismo, Felipe Severo, diz: “A base de um curso de jornalismo deve ter uma carga horária considerável de disciplinas humanísticas, para que o aluno saiba entender os aspectos sócio-culturais do meio”.

O MEC está disponibilizando em seu portal uma página eletrônica para a participação do público, sobre os aspectos levantados pela comissão, o prazo encerra-se no dia 30 de março.
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