quinta-feira, 15 de julho de 2010

O lado B

Anderson Cogo
Ana Marcia Nilson
Marlon Ortiz
Muito se fala das mulheres ocupando seu espaço no mercado de trabalho. Todos os dias vemos crescer o número de advogadas, engenheiras, jogadoras de futebol, skatistas e militares. Mas o contrário não é tão comentado assim, os homens em profissões onde as mulheres predominam.

José Ubaldo Dutra, 58 anos, é artesão e artista plástico, iniciou a carreira nas artes por necessidade: "vivo do meu trabalho e de pequenas ajudas, moro sozinho", afirma. Há mais de dez anos ele trabalha criando colares, brincos e pulseiras, dos mais variados modelos, cores e tamanhos.

Dutra diz que nunca foi discriminado por ser um homem que vende bijouterias, mas que já sofreu preconceito por ser humilde: "já fui discriminado, mas sou limpo, tenho condições para encarar isso".

Outro exemplo de homem numa profissão dominada por mulheres é Amauri Vieira, 63 anos. Agora aposentado, Vieira trabalhou por quatro décadas como costureiro. Aprendeu o ofício com sua mãe e, numa fase ruim de finanças, aderiu à profissão. Nunca mais parou.

Embora tenha sua aposentadoria, Vieira continua costurando, é sua alegria, mesmo com as dificuldades nas juntas: “eu trabalharia bem mais, adoro costurar, mas tenho muita dor nas mãos por causa da artrite, agora no inverno então... Mas sempre que eu posso eu estou costurando!”.

O número de encomendas de roupas é grande, o trabalho de Amauri hoje é reconhecido, apesar de, no começo, ter sido recriminado. “No início, nem minha mulher me apoiava. Porque pouco a gente vê homem costurando, ela tinha medo do que os outros iam falar. No fundo, acho que ela tinha ciúme por eu costurar melhor que ela!”, ele ri e olha pra esposa, dona Joana.

Anderson Lamana, 21 anos, ingressou no curso normal, antigo magistério no ano de 2006. Nesta semana, está terminando seu estágio probatório na Escola Estadual de Ensino Fundamental Tricentenário. A educação infantil é uma das áreas onde as mulheres historicamente predominam.

Atuando em um 3º ano, com crianças na faixa dos 8 anos, ele diz que tudo aconteceu com naturalidade, embora os alunos tenham estranhado no começo. “Elas disseram que esperavam uma estagiária e não um estagiário!”, comenta aos risos.
Apesar de não ser tão corriqueiro um homem lecionando nas séries iniciais, segundo ele, tanto os professores da escola quanto pais o acolheram muito bem.

Outra profissão onde as mulheres predominam é a enfermagem. Alaor Aguiar Wercher atua na área há 8 meses. “Resolvi seguir a profissão por influência da família. Minha mãe era enfermeira e sempre me identifiquei, quis exercer ”.
Para Alaor, o melhor da Enfermagem é a realização profissional: “Esse lado humano que a carreira proporciona, nada substitui.”. Ter atenção, dedicação e carisma com os pacientes para ele é fundamental.

O enfermeiro conta que muitos ainda veem a enfermagem como uma profissão de mulheres por sua origem: “No passado, as primeiras enfermeiras eram prostitutas que cuidavam dos soldados na guerra. Aí pode ter surgido esse senso comum”.

Ele diz que o preconceito hoje com homens na área é menor: “Hoje os centros de enfermagem necessitam da presença masculina por sua força em relação às mulheres. A profissão exige, em muitos casos, carregar pacientes, depende da força bruta que só o homem possui”.

Motocross: o sonho de uma família

Daíse Carvalho
Larissa Lucero
Lenise Morgental

A paixão pelo esporte sempre moveu Getúlio Acosta Júnior. Ainda criança, ele já demonstrava interesse pela velocidade. O incentivo veio de seu pai Getúlio Acosta, que presenteou o menino com uma pequena motinho motorizada ao completar sete anos. A partir daí a união com as motos só se fez mais forte. Hoje, o menino é um jovem de dezesseis anos que coleciona troféus espalhados pela sala, quarto e escritório da casa de seus pais, conquistados representando São Borja em campeonatos estaduais.

Ao todo, Getulinho, como é conhecido e chamado pelos admiradores, já conquistou mais de duzentos troféus, em diversas categorias pelas quais compete.

Ele sabe da responsabilidade que carrega, pois é patrocinado por empresas são-borjenses que acreditam na vitória e sucesso do garoto. “Para mim, encaro como se eu fosse o combustível da moto, quando corro, acelero pra ganhar distância e manter, além de velocidade, é preciso estar atento”, conta Júnior.

Por ser um adolescente e ter várias tarefas escolares para conciliar com os compromissos correspondentes às corridas, quem sempre o acompanha de perto é sua mãe Gisele Acosta. “Comecei a acompanhar as corridas desde o dia em que ele caiu e machucou o maxilar, desde esse dia ele não se feriu mais. É um ótimo filho, tem uma cabeça muito boa, mas não é nada dedicado aos estudos”, preocupa-se Gisele, que cobra e incentiva o garoto a não descuidar das notas.

As inscrições nos campeonatos, horários e datas são cuidados atentamente por Getulinho, que se responsabiliza por conta própria. Getúlio Jr. possui quatro motos com motores diferentes, seu mecânico é porto-alegrense, mas geralmente quem dá um retoque ou soluciona problemas de emergência é seu pai. O principal incentivador, hoje vibra com cada conquista, com cada pódio e fica ao lado da pista torcendo pelo filho.

Segundo Getúlio (pai),” a vontade dos pais muitas vezes se realiza nos filhos. Eu tinha o sonho de vencer veloterras e campeonatos, mas as coisas não aconteceram assim. É melhor ver meu filho agora conquistando prêmios, é a realização do sonho dele”. Getulinho está regulamentado burocraticamente pra representar a cidade de São Borja, venceu corridas em Santo Ângelo e geralmente nas corridas é um dos mais novos a competir. “Novo em idade não quer dizer inexperiência”, ressalta Marcelo Lopes, que prepara as motos para as corridas e trabalha com Júnior desde o início das competições, em 2006.

O curioso na história é que nem seu pai, nem Júnior, o Getulinho, pensaram em profissionalizar essa paixão. “Corro porque gosto, não para ganhar dinheiro”, explica o guri, que sem presunção afirma levar uma vida tranqüila e feliz ao lado da família que o incentiva sempre.

Eu não penso eu sair daqui e ir correr pelo mundo. Eu quero correr e ganhar cada competição. O que vai acontecer depois eu não sei, ainda é cedo para dizer.

Bebidas que aquecem!

Camila Schmidt
Carmen Costa
Marlova Martin
Rafaela Thevenet

As baixas temperaturas do inverno em São Borja favorecem a busca por bebidas que aquecem e trazem sensação de bem-estar. Se no verão o refrigerante e a cerveja são os mais procurados, na estação mais fria do ano existe um leque muito grande de bebidas que podem ser apreciadas em nossa cidade.

Segundo a nutricionista Carolina Ruzzanti Alves, o organismo, para proteger-se do frio, acelera o metabolismo, necessitando de mais energia para que o corpo se mantenha aquecido. Ela sugere bebidas que aqueçam e que tragam benefícios para a saúde.

Fomos para as ruas saber a opinião de algumas pessoas sobre o que elas preferem beber nesta estação:

O comerciante Valmir Bezpauko, 40 anos, nos conta que sua bebida preferida é o vinho, pois, além de ser saboroso é medicinal.

A estudante Tamara Finardi, 17 anos, diz que gosta do inverno porque pode tomar a sua bebida predileta, o chocolate quente.

Para Joana Saratt, funcionária do serviço de nutrição do hospital Ivan Goulart, o café é indispensável nesta estação, pois além de ser gostoso, tira o sono durante o expediente da manhã.

Natã Nicolli, estudante, 18 anos, afirma que prefere chimarrão. É uma bebida que aquece o corpo.

A partir da enquete, veja abaixo uma lista de bebidas alcoólicas e não alcoólicas que podem ser encontradas em São Borja e também dicas e receitas para aquecer seu inverno com outras bebidas saborosas.

CHÁS
Para quem quer se aquecer e ao mesmo tempo cuidar da saúde, uma boa pedida são os chás. A expressão "chá de ervas" ou simplesmente "chá" é freqüentemente usada para qualquer infusão de ervas ou frutas. Os chás mais populares são os de alecrim, alfazema, arnica, camomila, catuaba, erva cidreira e doce, hortelã, jasmim, carqueja, menta, malva, e maracujá. Veja abaixo algumas dicas de que chás procurar para diferentes finalidades:

-Sistema digestivo:
Diminuição da secreção de ácido clorídrico e pepsina: Espinheira Santa, guaçatonga, zedoária e mil em ramas.

Proteção da mucosa gástrica: Alcaçuz, malva, espinheira santa, tanchagem.

Diminuição de dor com analgésicos e espasmolítico: Camomila, melissa, macela, sálvia, hortelã.

Carminativo (contra gases) – Funcho, erva doce, zedoária.

Digestivo: gengibre, pimentas em geral (utilizar com muita moderação), limão, carqueja.

-Sistema nervoso:
Alfazema: tem efeito mais harmonizador, é tônico dos nervos, calmante, indutora do sono, estimulante do cérebro.

Erva Cidreira/ Capim Limão: calmante, sedativa, hipotensora.
Alecrim: Tônico cerebral e digestivo, excitante, antidepressivo. Tônico do Sistema Nervoso Central.

Dica:
Para nós muheres uma boa alternativa para manter a forma são os chamados “chás emagrecedores” que na verdade auxiliam na digestão e inibição de apetite.

-Chá emagrecedor:
Chá verde, Alcachofra, Chapéu de coro e Hibisco

Chimarrão
Há quem prefira se aquecer com a bebida típica dos gaúchos, o bom e velho chimarrão. Além de saboroso, o chimarrão possui propriedades beneficentes para a saúde. Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades nutritivas, fisiológicas e medicinais no produto, o que lhe confere um grande potencial de aproveitamento. Na constituição química da erva-mate são encontradas: cafeína, vitmaminas, proteínas, sais minerais e, segundo especialistas, a erva-mate é considerada um alimento quase completo, pois contém quase todos os nutrientes necessários ao nosso organismo. O chimarrão, segundo institutos de pesquisas internacionais, é um tônico estimulante do coração e do sistema nervoso: elimina os estados depressivos, conferindo ao músculo maior capacidade de resistência a fadiga, sem causar efeitos colaterais.

NÃO ESQUEÇA:
A nutricionista Fernanda Pedron fala da importância da água na nossa vida, e que devemos beber sempre não importa a estação, nem a temperatura. Ela afirma ainda que: ”as pessoas só lembram de bebidas saborosas e calóricas, esquecendo sempre da que é mais importante para nossa saúde”.

São Borja diz NÃO às drogas

Luan Berti
Marcelo Reis
Tâmela Grafolin

A partir do dia 16 de julho, em São Borja, ocorrerá a campanha “São Borja Contra as Drogas”, que visa mobilizar a comunidade para alertar, informar, conscientizar e ajudar na luta contra as drogas. Uma iniciativa do Governo do Estado, em parceria com a prefeitura e com a RBS, que já vem trabalhando com uma campanha estruturada contra o Crack.

No dia 16, haverá durante todo o dia palestras e exibições de vídeos de conscientização contra as drogas nas escolas da cidade. “É pedido para os pais que leiam e expliquem os folders da campanha para as crianças menores, para que elas entendam os riscos do uso das drogas. A droga nas escolas é uma vivência diária, não tem como esconder e dependendo da classe econômica e da educação familiar, se torna mais nítido o contanto com essas substâncias”, ressalta Nídia Severo, orientadora Educacional da 35ª Coordenadoria Regional de Educação.

Segundo Ana Alice Marques, docente do Senac, “a campanha é um trabalho preventivo de orientação, sendo que a principal função é chamar a atenção da sociedade para o esse problema”. Antes do início do projeto, os voluntários receberam cursos e treinamentos para tornar o trabalho de conscientização mais eficaz. “Nós ouvimos relatos de ex-dependentes químicos e tivemos cursos sobre o tema para explicar melhor para a população”, relata Nilza Vieira, auxiliar administrativa do Senac.

Nos folders que são distribuídos nas ruas e nas escolas são apresentadas algumas das principais substâncias que são divididas em três tipos: drogas que diminuem a atividade mental (tranquilizantes, álcool etílico, narcóticos e os solventes), drogas que aumentam a atividade mental (anfetaminas, cocaína e o tabaco) e as drogas que produzem distorções da percepção (maconha, alucinógenos e o Ecstasy). Conforme Robson Friedrich, auxiliar administrativo do Senac, “muitos não sabem que o uso inadequado de analgésicos pode levar à dependência química, também o álcool e o fumo, que são substâncias lícitas, mas que devem ser erradicadas do convívio de crianças e adolescentes”.

No dia 18 de julho ocorrerá mateada de encerramento da semana de combate às drogas no Cais do Porto. Nesse evento toda a família está convidada a comparecer, pois também estão previstos shows e conscientização para a população presente.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Radiestesia: a busca do equilíbrio entre as radiações

Camila Schmidt
Carmen Costa
Marlova Martin
Rafaela Thevenet

Radiestesia vem da união de dois termos: a palavra latina radius, que significa radiação, e a palavra grega aisthesis, que significa sensibilidade. Dessa forma, Radiestesia é a arte ou ciência que estuda as radiações naturais dos objetos, ambientes e seres vivos.

A história


Estudos dizem que a técnica é milenar, mas foi no século XVI, com o inicio do período Renascentista, onde Deus deixa de ser o centro das discussões e o homem torna-se o parâmetro do mundo, que a Radiestesia ganhou força e milhares de adeptos pelo mundo.
No Brasil, a Radiestesia teve seu marco inicial com os trabalhos do padre Jean Louis Bourdoux, na cidade de Poconé, Mato Grosso. Ele diagnosticava e prescrevia remédios naturais pela Radiestesia.

O que é a Radiesteia?


A Radiestesia pode ser utilizada para diversas finalidades, como na investigação, localização de objetos e pessoas desaparecidas, ou até mesmo para identificar o melhor local para construir uma casa e identificação de problemas em carros e aparelhos eletrônicos, entre muitos outros.


Mas, é na área da saúde que a Radiestesia tem ganhado notoriedade. Especialistas afirmam que através da técnica é possível descobrir as causas e também o tratamento mais indicado para a pessoa que está com determinada doença.


Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.


Radiestesia em São Borja


Em São Borja, o único especialista na área é o advogado e radiestesista Sani Carpes. Para ele, as radiações emitidas pelo corpo são captadas através de pêndulos que indicam possíveis doenças a serem tratadas posteriormente.


Segundo Carpes, também é possível achar determinados objetos que foram perdidos. Ele afirma que, a primeira experiência que teve como radiestesista foi quando comprou uma fazenda, próxima a São Borja, e descobriu nas terras uma lata com objetos e ouro, que pertenceram ao antigo proprietário do lugar. “A pessoa já nasce com essa vocação, o que eu fiz foi estudar sobre essa minha capacidade, descoberta há 20 anos”, conclui Sani.


O especialista atende, em um único dia, quatro pessoas que fazem tratamentos baseados na radiestesia. Ele cobra cinqüenta reais cada consulta e atende na galeria Presidente Vargas.


Por mais que a radiestesia exista há muitos anos, existem pessoas que acreditam e outras que não. Ana Letícia Valiatti, estudante, 20 anos, afirma não acreditar na radiestesia para diagnosticar doenças e para achar objetos perdidos. “Pra mim, essa técnica não tem nenhum fundamento cientifico, parece impossível um pêndulo ser capaz de detectar uma doença”, afirma.


Já para Filipe Kirinus, 25 anos, dentista, a radiestesia e outras formas de medicina alternativa só trazem benefícios para as pessoas: “Tem muitos amigos meus que se tratam a partir dela e estão muito satisfeitos com o resultado”.

Culto à balança

Por: Andressa Schneider


“Talvez você, para não ter o trabalho de dietas e preocupações, tenha resolvido que não é gorda – é apenas gordinha.
Desculpe, mas é mesmo? Quantos passos além de “gordinha” você já deu? Cada pessoa tem seu próprio tipo. Mas ser gorda não é tipo; é talvez o tipo engordado. E isso não ajuda a ser sedutora.
Será que você não tem nenhum motivo para querer adelgaçar-se? Quero dizer com isso o seguinte: será que não há nada tão precioso para você obter e que a incentive o bastante a ponto de você considerar bem empregado o esforço de afinar-se?
Está bem, suponhamos que você é apenas gordinha. O que não tem mal. No entanto, há o perigo de você ser “ainda gordinha” – o que significa um futuro progressivo rumo ao “gorda”.
Cuidado, pois, enquanto ainda é muito simples tomar cuidado. “Gordota” já não é tão bom como “gordinha”. E “gorda” já piora o engraçadinho de “gordota”.
Clarice Lispector – Só para mulheres

No dia 3 de março deste ano, o estilista Mark Fast causou “furdunço” na semana de moda em Londres – algumas peças de sua nova coleção foram exibidas pela modelo Hayley Morlev, tamanho 48. Consideravelmente maior que as outras modelos, tamanho 32 ou 34. O jargão utilizado no ramo é “modelo pluz size”.

No mesmo dia, a ilustradora e blogueira Garance Dorè fez um comentário em seu blog: “Não deveria ser tanta comoção mostrar mulheres com corpos diferentes, mas às vezes isso é tratado como piada, ou é feito para chocar, como as modelos plus-size extra na passarela da Semana de Moda de Londres. Não é sempre uma coisa boa mostrar modelos plus-size porque não é fisicamente saudável e nem sempre favorece a moda. Seria legal a idéia de corpos diferentes serem tidos como normais em alguns anos, mas ainda não chegamos a esse ponto”.
Mark escreveu sua justificativa em seu próprio site: “Hayley é uma mulher maravilhosa, sexy e incrível. É importante continuar usando modelos mais curvilíneas, pois quero que saibam que minhas roupas vestem todos os tipos de corpos. Há mulheres reais que querem usar roupas de moda como qualquer outra pessoa independentemente do seu tamanho”.
Enquanto isso, na Semana de Moda em Nova York (que acontece nos mesmos dias da Semana de Moda em Londres) a modelo Coco Rocha recorria ao jornal The New York Times alegando ter sido barrada de desfiles por estar acima do peso. O problema teriam sido suas pernas, já que a modelo, que hoje usa tamanho 36, usava 34 no começo da carreira. Ela mede 1,78 e pesa 46kg, não se considera gorda – atribui o aumento no manequim a um simples fato: “Era uma adolescente e agora sou uma mulher, isso é absolutamente normal”. Coco causou comoção e revolta em diversos internautas descrevendo a realidade de outras modelos em seu blog pessoal.
No mesmo mês, a revista Vogue, especializada em moda, colocou no ar um site chamado Vogue Curvy. Feito apenas para modelos e mulheres Pluz Size. O site fala sobre moda, estilo, beleza, entrevistas, celebridades, saúde, dentre outros assuntos do mundo curvilíneo Além de um diferencial, a sessão stories, onde a revista digital busca referências de blogs e sites de mulheres com curvas que já tratavam deste tipo de assunto.
Na mesma semana foram divulgadas as fotos do editorial da revista Elle Francesa, também especializada em moda. Um ensaio de 20 páginas com a modelo Tara Lynn, tamanho 48. A modelo chega a aparecer seminua em algumas fotos.
O editorial veio com justificativa da própria editora chefe, Valérie Toranian:“Como jornalistas de moda, o que nos inspirou foi indagar se poderíamos utilizar modelos acima do peso e falar de moda, só isso. Não queremos desviar a atenção ao fato de que as modelos estão acima do peso. Usamos mulheres realmente gordas e não as que apenas são cheinhas. É muito mais interessante mostrar que as mulheres gordas também podem ser vistas de forma incrivelmente sexy.”
Também na metade de março o blog Love Magazine publicou fotos das modelos que desfilariam para a Louis Vuitton (consagrada marca de bolsas francesa) na Semana de Moda da França– as fotos com as modelos na ordem do desfile acabaram “vazando” na internet. Foram mais de 1800 comentários no blog, os adjetivos mais usados para descrever as modelos foram: anêmicas, cocainômanas, anoréxicas, alienígenas, horrorosas, heroinômanas, ossudas, depressivas e alucinadas. A própria Louis Vuitton teve de intervir para abafar as fortes polêmicas levantadas pelas fotos das meninas sem maquiagem.
Em mais um paralelo de todos esses eventos, durante uma palestra no INTEGRAMODA, que é o maior evento do ramo na Serra Gaúcha, o pesquisador e professor de moda Marco Antônio Hamerski palestrava sobre as macro-tendências mundiais de comportamento. A principal delas era a volta da feminilidade, da sensualidade e das curvas. Esse era um fenômeno mundial, e não apenas de “competição entre magazines”.
Talvez, a citação de Clarice colocada no início do texto, se publicada hoje em um blog qualquer, repercutisse 1800 comentários, igual ao caso da Louis Vuitton. E talvez fossem atribuídos a autora adjetivos como: “alienada” ou “comedora de alface”.

Doenças respiratórias se acentuam no inverno

Ana Marcia Nilson
Anderson Cogo
Marlon Trindade Ortiz

Rinite alérgica, resfriado, asma, gripe. São inúmeras as complicações causadas pelo frio. O inverno chegou e os cuidados com a saúde devem ser redobrados. É neste período que a procura por antibióticos e antitérmicos aumenta. Crianças e idosos são os mais afetados, geralmente por decorrência de seu sistema imunológico mais delicado.

Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia Cérvico-Facial, a cada sete pessoas no mundo, uma sofre com problemas respiratórios. Com dados da ABO, no inverno cada pessoa tem uma reação, que varia muito conforme as condições do organismo. Nosso sistema respiratório fica mais vulnerável, e as defesas do corpo operam com menos eficácia devido às baixas temperaturas.

A atenção deve ser redobrada com as crianças: “O pediatra recomendou para ela muita água, chazinho caseiro, frutas e verduras, para o organismo ter resistência”, conta Marizane Soares, mãe de Mariana, nove meses.

“O inverno pra mim é a pior estação, por causa da rinite alérgica. A todo o momento tenho dores de cabeça em função da alergia. Fiz a vacina da gripe A e melhorei uns 15%, mas ainda não estou normal”, conta Tiago Weis, que sofre da alergia há alguns anos.

O problema gera aumento no atendimento dos hospitais e também a procura de medicamentos nas farmácias e postos de saúde. Farmacêuticos confirmam que no inverno cresce a demanda por antibióticos e antigripais: “A procura por esses medicamentos aumentou 60% em relação a outro período do ano”, conta a farmacêutica Mara Munhoz.

As crianças e os idosos são os que mais buscam prevenção através dos antibióticos: “A gente observa uma presença maior deles. Pois possuem o sistema imunológico mais sensível e os remédios auxiliam no tratamento e ajuda a evitar os sintomas, que fazem muito bem. É melhor prevenir”, completa Mara.

Infelizmente, a poluição atmosférica se maximiza em ritmo acelerado, trazendo uma série de complicações respiratórias, causando transtornos para a população que vive em zonas urbanas. É comum conhecer alguém que tenha alergias como a rinite e bronquite.

Vacinação contra a paralisia infantil foi prorrogada em São Borja

Liane Godoi
Michel Benites
Pricila Bicca

“Vacinou é Gol”. O slogan da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, conhecida popularmente como Paralisia Infantil, não foi seguido a risca em São Borja. Com apenas 65% das crianças vacinadas, a Secretária Municipal da Saúde prorrogou, por tempo indeterminado a vacinação na cidade. A meta estabelecida é de imunizar pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos.

A campanha foi finalizada oficialmente no sábado, dia 12 de junho, em todo o país. Uma semana após o encerramento, o Ministério da Saúde fez um balanço geral de todos os municípios do Brasil. Ao checar os dados de São Borja, deparou-se com um número considerado inferior ao que foi estabelecido como meta oficial. Segundo o Secretário da Saúde e Vice-Prefeito, Jefferson Homrich, o resultado demonstra a necessidade de se aumentar a divulgação na cidade. “Infelizmente foi baixa a procura nesta faixa etária, por isso vamos intensificar a campanha para atingir, ou quem sabe até ultrapassar a meta”, falou Homrich.

Apesar da meta não ter sido alcançada, muitos pais já levaram seus filhos para receber a sua dose na Central de Vacinas. Joseane Pereira é uma delas. A empregada doméstica já levou sua filha, Raiana, de 2 anos, para receber a primeira dose da vacina. “Com certeza, já levei sim. Isso é muito importante para nossa saúde, afinal, devemos ter o máximo de cuidados com os nossos filhos”, disse Joseane.

A vacinação prossegue na Central de Vacinas, que funciona no antigo Hospital São Francisco de Borja, de segunda a sexta, das 7h às 20h. Até o momento, 7, 3 milhões de crianças foram vacinadas no Brasil. A meta é vacinar 14, 8 milhões. Dia 14 de agosto será aplicada a segunda dose da vacina.

Projeto de Lei Municipal visa segurança para a construção civil

Luan Berti
Marcelo Reis
Tamela Grafolin

A Câmara Municipal de Vereadores, em parceria com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), criou um projeto de lei que torna obrigatória a realização de vistorias periódicas nas edificações da cidade. O Projeto de Lei foi proposto com a finalidade de evitar que acidentes ou desabamentos ocorram no município.

O Engenheiro Civil e Membro da Comissão de Engenharia Civil da Inspetoria do CREA-RS de Uruguaiana, Edi Pessano, explica que as normas para a vistoria dos prédios foram criadas pelo CREA e servem para todas as cidades. De acordo com o Engenheiro Civil, a fiscalização feita por um profissional habilitado junto ao Conselho deve ser feita da seguinte maneira: “O fiscal, habilitado pelo CREA, apresenta uma notificação ao proprietário, ou representante legal do prédio, estipulando um prazo de 30 dias para que seja apresentado um Laudo Técnico e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do laudo. Se não cumprido esse prazo, o fiscal retorna ao local e entrega um auto de infração ao proprietário e, em seguida, ele receberá uma multa.”

Mesmo sendo uma cidade com prédios antigos, São Borja não possuía uma lei que salientasse a importância da fiscalização tanto das novas construções como de edifícios mais antigos. A fiscalização e manutenção dessas edificações são uma forma de precaução para que não ocorram casos como o do desabamento de uma boate em Porto Alegre, há um ano, onde 94 pessoas ficaram feridas.

Se aprovada, a lei prevê que todos os edifícios da cidade apresentem um Laudo Técnico de Inspeção Predial. Através do laudo serão verificadas as condições de estabilidade, segurança, salubridade, desempenho e habitalidade dos prédios. O Laudo Técnico deve ser elaborado e fornecido por um engenheiro ou arquiteto habilitado e com registro junto ao CREA-RS para ser apresentado à Prefeitura. Se for constatado, através da vistoria, que o prédio precisa de reparos, o seu proprietário ou representante legal possui 90 dias para efetuar as modificações necessárias.

Semana de Prevenção contra Incêndios

Ana Paula Kemerich
Luciano Costa

O Corpo de Bombeiros de São Borja iniciou neste sábado, 26 de junho, a Semana de Prevenção Contra Incêndios. A programação se estenderá até sexta-feira, dia 2 de julho, dia do bombeiro.

O comandante da corporação, sargento Adilson Araújo, atenta para as diversas atividades programadas. Ele lembra que o Corpo de Bombeiros realiza ações de prevenção durante todo o ano, sendo intensificada ainda mais durante o decorrer desta semana.

“Serão ofertadas palestras nas escolas, exposição de materiais e equipamentos na praça XV de Novembro, distribuição de material educativo, entre outros, e no fim da semana serão desenvolvidas atividades internas da corporação, atividades esportivas e confraternização, com almoço, da 3º Seção de Combate a Incêndio”, conta o sargento.

Segundo a professora da rede municipal de ensino, Tereza Marques, 55, promoções como estas “estimulam a população, e principalmente os aluno, a reverem suas atitudes diárias em casa, principal local onde ocorrem incêndios por descuido”.

O corpo de bombeiros ainda promove visita de estudantes às instalações do quartel, exposição da rotina da corporação, desde o chamado de atendimento de ocorrências, procedimento de locomoção e atuação em incêndios.

Além disso, intensificam-se as atividades da Campanha do Agasalho 2010, com recolhimento de donativos, que serão encaminhados à Secretaria de Assistência Social do Município.

Unhas coloridas: beleza e personalidade

Ana Camila Costa
Gabriella Oliveira
Marcia Solares


O costume de pintar as unhas surgiu provavelmente na China há aproximadamente 3000 anos a.C e as cores estavam relacionadas à posição social do individuo. Os primeiros esmaltes eram feitos de uma mistura de goma arábica, cera de abelha, clara de ovo e gelatina. Na época não havia muitas opções de cores.


Hoje, sem pretensões históricas, as cores azul, amarelo, verde, rosa e laranja, com variações nos tons e combinações, são as marcas registradas da moda e da beleza nas mãos.


Em São Borja, os esmaltes coloridos foram aderidos pelas mulheres. A acadêmica de jornalismo Suelen Soares, que tem o hábito de pintar suas unhas, mudou o tom da cores que costumava usar. “Eu sempre gostei de esmaltes mais claros e discretos, mas no verão passado veio esta tendência dos coloridos, então eu resolvi testar, até porque não é toda cor que fica bem para pele negra e acabei gostando. Eles combinam com as minhas roupas e com o meu estado de espírito”, afirma a acadêmica.



As manicures tiveram que variar suas opções de tons para agradar as clientes. Por ser frequentadora assídua dos salões, a auxiliar administrativa Daniele Balbueno é um exemplo de jovem que gosta da variar as cores. “Gosto de estar com as mãos bem feitinhas, me sinto bem. Faço uma vez por semana com manicure, tenho horário fixo com ela, as minhas cores preferidas são o vermelho e o rosa, mas agora, com a Copa do Mundo, o verde e amarelo são as que eu mais uso”, conclui.


O colorido das unhas não está só associado à beleza para mulheres, mas também é sinônimo de personalidade e auto-afirmação em alguns grupos de adolescentes ou “tribos”. Quem ganha com tudo isso são os fabricantes, que laçam no mercado novas cores ou tons para a felicidade daquelas que sempre procuram estar na moda.