Por Felipe Severo e Daiele Tusi
Durante visita do Secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra, foi encaminhado um documento explicando as necessidades do SAMU em São Borja. A expectativa era que fosse instalado dentro do primeiro semestre de 2009. Contudo, Auzani afirma que devido a questões burocráticas de liberação de verbas para ampliação de espaço físico do Hospital e contratação de profissionais, o serviço virá somente em setembro e será o primeiro a ser instalado na região Fronteira Oeste.
O Hospital Ivan Goulart possui grande demanda de atendimentos, pois recebe pacientes de sete municípios: Garruchos, Itacurubi, Itaqui, Maçambará, Santiago, Santo Antônio das Missões e São Luiz Gonzaga - que somados ultrapassam 200 mil habitantes. Em média, 150 pessoas por dia - 4.500 por mês - são atendidas no HIG. Com a vinda do SAMU, Auzani acredita aumentar em 20% a demanda, ou seja, 900 pacientes por mês, ou 30 por dia.
São Borja conta primeiramente com a ambulância da prefeitura para atender casos de urgência e emergência. Urgência é todo caso onde não há risco de vida, e emergência caracteriza-se pela situação onde há risco a vida. Os casos que exigem remoção de corpos e atendimento especializado caracterizam-se como emergenciais e faz-se necessário a presença de profissional qualificado.
Testemunha classifica como “péssimo” o atual serviço de emergência
A técnica em enfermagem, Keli Medianeira Lovato, afirma ter presenciado vários acidentes na cidade. Num deles, o socorro demorou mais de meia hora para chegar, ou então somente compareceu ao local o motorista da ambulância, devido à falta de profissionais para atender tamanha demanda. Keli caracteriza o serviço de atendimento de São Borja como “péssimo” e acredita numa melhora com a presença do SAMU. Testemunha de alguns acidentes graves, já viu pessoas serem mal transportadas pela falta de um pronto-atendimento correto. Ela conta que um civil não a deixou proceder como devia, movimentando a vítima de forma equivocada para levá-la até o hospital.
Secretário da Saúde é contra a vinda do SAMU e desconhecia a informação
O secretário Almir Bertim não sabia da implantação do SAMU em São Borja e disse que não tinha nenhuma informação oficial. Afirmou que essa responsabilidade de prestar primeiros socorros em casos de acidentes graves é do Estado, através do Corpo de Bombeiros. Comentou que a secretaria vem assumindo há algum tempo essas atribuições que não são da sua competência, e que futuramente o SAMU venha a ser um problema para o município. Almir é receoso em relação ao serviço, porque considera uma responsabilidade que foge à realidade municipal. Segundo ele, teria um custo muito alto, e como o município já encontra dificuldades com o atual serviço, há uma impossibilidade de mantê-lo, mesmo sabendo da parceria União, Estado e municípios. A parceria funciona da seguinte forma: a União disponibiliza as ambulâncias e os equipamentos, o Estado é encarregado de repassar a verba e o município entra com a manutenção e o combustível. “É aquele apoio que se recebe inicialmente, mas depois o custo de manutenção é do município”, afirma o secretário. “Pois toda a ambulância que vem pro município não vem com para-médico, não vem com combustível e nem com motorista, e tampouco com as diárias quando se tem que sair pra fora do município”, completa.
- Quando chamar o SAMU?
O SAMU realiza atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, vias públicas, locais de trabalho. Basta ligar para o telefone 192. A ligação é gratuita.
Em que situações o serviço deve ser solicitado?
Problemas respiratórios;
Intoxicação exógena;
Casos de queimaduras graves;
Ocorrência de maus tratos;
Em trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do bebê;
Em tentativas de suicídio;
Em crises hipertensivas;
Acidentes com trauma e/ou vítima;
Afogamentos;
Choque elétrico;
Transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.
Tudo sobre primeiros socorros:
http://members.tripod.com/~everton_herzer/primeirossocorros.htm
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