sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Lei Seca não tem fiscalização

Por Francis Limberger e Vladson Ajala


vários meses em vigor, a Lei Seca não vem sendo muito respeitada em São Borja. Os últimos acidentes no trânsito são-borjense envolvem motoristas embriagados, acarretando até mesmo vítimas fatais. O principal motivo para o descumprimento da lei é a falta de fiscalização.


Nilton Mançoni, gerente de uma empresa de bebidas, conta que os motoristas continuam procurando bebidas alcoólicas em seu estabelecimento. Segundo ele, apenas no início a fiscalização ocorria e os condutores estavam mais receosos. Nesse período, a procura de motoristas por bebidas diminuiu, mas não afetou a empresa. Segundo Renata Santana, caixa e tele-atendente da mesma empresa, a procura por bebidas até aumentou, mas por telefone.


A fiscalização também é o problema apontado pelo taxista José Carlos Pimentel. Ele conta que nos principais bares e boates da cidade, as pessoas bebem explicitamente, e não são repreendidas. José Carlos, que teve uma procura maior por seus serviços somente no início da Lei Seca, lembra ainda que 99% de seus passageiros estão alcoolizados, e que o mesmo ocorre com os motoristas de carros particulares.


Segundo um agente de trânsito, a fiscalização realmente diminuiu com o passar do tempo. Até porque, os agentes de São Borja não têm bafômetro próprio, o que dificulta o trabalho. A conseqüência disto vem sendo o aumento do consumo novamente, e do descumprimento da lei. O temor é ainda maior agora, com as festas de fim de ano.


Um cidadão de 40 anos, que não quis se identificar, conta que se sentiu assustado logo que a lei foi aprovada, mas não deixou de beber e dirigir. Apenas começou a tomar mais cuidado, principalmente em relação aos lugares que passava. Apesar de desobedecer à lei, ele concorda com ela. Acredita que as pessoas estão notando uma diminuição de intensidade na fiscalização, de uns tempos pra cá, e por isso não estão respeitando a Lei Seca.

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