sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Combustível argentino prejudica carros brasileiros

Por Filipe Vieira e Natiele Corrêa

Desde a criação da Ponte de Integração São Borja – Santo Tomé, muitos brasileiros tem ido até a Argentina por questões como lazer e, principalmente, consumo. Um dos produtos mais procurados pelos brasileiros no país vizinho é a gasolina, por apresentar um baixo custo em comparação à brasileira. Apesar de fazer diferença no bolso dos motoristas brasileiros, a gasolina argentina prejudica o funcionamento dos carros com sistema de injeção eletrônica.

Segundo os profissionais da área automotiva de São Borja, a gasolina amarela é a vilã por conter chumbo, não sendo recomendada para os carros com injeção eletrônica. Segundo Jeferson Ferreira, mecânico, houve casos em que a utilização desse tipo de combustível já fundiu o motor de alguns carros. A recomendada, segundo ele, é a gasolina azul, que leva mais tempo para danificar o veículo. O real problema é que os carros brasileiros possuem um sistema de injeção eletrônica diferente dos carros argentinos.

Mesmo assim, alguns motoristas preferem arriscar e abastecer com o combustível argentino, como é o caso do militar Cristian de Melo, que mesmo sabendo que a gasolina do país vizinho pode danificar seu veículo, fato que, segundo ele, já aconteceu, ainda assim leva em consideração a diferença dos valores no preço dos combustíveis.

Apesar do elevado preço do combustível brasileiro, ainda existem motoristas que com receio de danificar seu veículo não abastecem no país vizinho. É o caso do empresário Augusto de Souza, que prefere utilizar o combustível brasileiro a trocar as peças danificadas pelo uso do combustível que não é apropriado para os carros brasileiros e acabar gastando mais.

Embora existam consumidores conscientes, alguns motoristas preferem arriscar. José Rodrigues, frentista, afirma que o número de carros abastecendo nos postos brasileiros hoje já é um pouco maior do que tempos atrás, pois segundo ele, muitos voltaram a abastecer no país em função de que seus veículos tiveram algum problema por causa do abastecimento com o combustível estrangeiro.

O carro com gasolina brasileira roda em média 45.000 km mantendo o bom funcionamento do sistema de injeção, ao passo que se for utilizada a gasolina argentina quando o carro atinge 30.000 km rodados já se faz necessária uma revisão.

Leia mais:
http://video.aol.com/video-detail/gasolina-brasil-e-argentina/3134815390
http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=1185
http://sopabrasiguaia.blogspot.com/2006/07/argentina-quer-aumentar-preo-da.html

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