quinta-feira, 18 de junho de 2009

Rastreabilidade beneficia produtores em São Borja

Por Aline Donato e Bruna Bueno

Grande parte dos pecuaristas visa a exportação de seus animais para o mercado externo, em especial, para a União Européia. Para que isso aconteça, no entanto, é necessário que a propriedade rural faça o rastreamento de seus animais. Este processo está sendo adotado por alguns pecuaristas do município de São Borja.

A rastreabilidade é um procedimento exigido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e é realizada por empresas certificadoras. Estas empresas fazem uma vistoria nas propriedades e avaliam se elas estão aptas ou não a receber o certificado do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV).

Após a aprovação, o pecuarista tem seu rebanho brincado, ou seja, são colocados brincos identificadores nas orelhas dos animais. Ao mesmo tempo, a propriedade recebe a denominação de Estabelecimento Rural Aprovado SISBOV – ERAS.

O processo de rastreabilidade compreende a identificação individualizada dos animais, garantindo um controle do rebanho, desde o nascimento dos animais até o abate dos mesmos. Além disso, ocorre um acompanhamento de todos os eventos relacionados à produção como, por exemplo, a vacinação, o controle de insumos, transferências e movimentações.

Conforme a gerente operacional de uma das maiores certificadoras que oferece o serviço no estado, Danúbia Moreira Alves, o município de São Borja apresenta um elevado número de fazendas que possuem o sistema de rastreamento: “Aqui em São Borja temos uma média de 12 produtores cadastrados e nenhum deles foi rejeitado pela União Européia”.

A gerente aponta ainda que o diferencial entre uma propriedade que tem seus animais rastreados de uma que não conta com os serviços está no fato de que o preço de venda no mercado é bem mais elevado. “O mercado paga um valor bem acima para quem rastreia, pois o controle é muito maior e são as certificadores que fazem essa monitoração”, conta.

Em São Borja, a adesão se dá, segundo Danúbia Alves, por uma visão empreendedora dos produtores da cidade: “A princípio o produtor sempre se assusta com o preço, mas depois entende que o retorno para quem consegue exportar é muito rápido”.

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