quinta-feira, 4 de junho de 2009

Campanha incentiva o parto normal

Por Karin Franco e Chaiane Gomes

Desde o dia 11 de maio, está sendo realizada a campanha “Natural é o Parto Normal”, no Hospital Ivan Goulart, em São Borja. A campanha visa incentivar o parto normal, já que a percentagem de cesarianas é elevada no Hospital. Cerca de 52% dos partos realizados no último trimestre foram de cesarianas.
A meta da campanha é reduzir os partos por cesária em 27%. A todas as mulheres que optam pelo parto normal é distribuido um kit, contendo fraldas, contonetes e outros objetos doados pela comunidade.
Segundo a assistente social Aline Henrich, a maioria das mães não optam pelo parto normal porque têm medo da dor e, também, acham mais cômodo marcar o dia do parto.

Para a enfermeira Cristina Rodrigues, o que também faz com que as cesárias aumentem é o desconhecimento do parto normal. Segundo ela, dentre as vantagens do parto normal está o fato da amamentação ocorrer logo depois do parto, dentro da própria sala de parto. Na cesária, o leite pode demorar para “descer”, e assim a mãe e o bebê demoram para estabelecer um vínculo.

“É uma cirúrgia como qualquer outra cirúrgia (..), com riscos como qualquer outra cirúrgia, até mais, porque é uma modificação orgânica na mulher. Na gravidez, ela muda toda a estrutura orgânica e fisiológica, então, ela tem que se recuperar daquela fase que ela passou da gravidez, e mais a recuperação para repor as estruturas agredidas durante a cirúrgia.”, esclare o médico Odil Pereira.
Outra vantagem é o fato de que na hora do parto normal, durante sua passagem, a criança é massageada no canal de parto: “[o parto normal] ajuda, durante o trabalho de parto, para o amadurecimento do bebê”, conta o médico.

Dentre as mães que optaram pelo parto normal está Alessandra Rodrigues, 31 anos. Ela acredita que a mãe que possui um bom pré-natal e um bom acompanhamento sente-se mais segura para o dia do parto. Nos dois filhos que teve, optou pelo parto normal, pois a recuperação é bem mais rápida e ela tinha medo da cirúrgia. “Deus deu um dom, porque não usá-lo?”, finaliza Alessandra.

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